quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Professores permanecem acampados na Assembleia até a próxima terça-feira

Deputados tiveram de suspender sessões plenárias devido ao excesso de barulho por parte dos educadores
21/09/2011 18h26
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MÁBILA SOARES
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FOTO: ALEX DE JESUS/O TEMPO
Greve de fome iniciada nessa segunda-feira (19) por dois educadores também prossegue

Os professores da rede estadual, em greve há 106 dias, vão permanecer acampados nas entradas da Assembleia Legislativa, no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de Belo Horizonte, pelo menos até a próxima assembleia da categoria, que acontece na terça-feira (27). Segundo Paulo Fonseca, diretor de comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sind-UTE/MG), a greve de fome iniciada nessa segunda-feira (19) por dois educadores também prossegue.

Os grevistas passaram a noite acampados em barracas como parte das manifestações pela implantação do piso salarial para a educação no Estado.

Durante a manhã desta quarta-feira (21), os professores obstruíram a garagem do Palácio da Inconfidência, com o objetivo de evitar a entrada dos deputados no Parlamento. A ocupação da garagem já havia sido feita na tarde dessa terça-feira e teve a intenção de impedir a saída dos parlamentares.

A tropa de choque da Polícia Militar foi acionada, mas, em negociação liderada pelo presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), desocuparam a passagem sem que houvesse necessidade de confronto.

De acordo com o Estado, 11.113 professores estão em greve, o que representaria 6% do total. O balanço do Governo aponta que 22 escolas estão totalmente paradas e 706, parcialmente. O sindicato afirma que 50% da categoria mantém a adesão à greve.

Presidente da ALMG
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), e outros onze parlamentares receberam no gabinete da Presidência, representantes do sindicato. O objetivo foi intermediar a negociação entre Governo e grevistas, que paralisaram os trabalhos há 106 dias e reivindicam o cumprimento imediato do Piso Salarial Nacional.

O Sind-UTE disse que o presidente da Assembleia se comprometeu a fazer as negociações avançarem. Segundo ele, o sindicato acredita num diálogo que propicie o cumprimento do piso, e espera que o Governo recue da possibilidade de demissão dos professores designados que aderiram à greve.

Extraordinária
Ás 20h desta quarta-feira, os deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) participam de uma reunião extraordinária, depois de suspenderem as sessões plenárias devido ao excesso de barulho por parte dos professores. Durante a tarde, o deputado Gustavo Corrêa discursava em plenário e, devido à movimentação do lado de fora teve de suspender a reunião.

Reposição
Para as instituições que retornaram às atividades na segunda-feira (19), após 62 dias de aula perdidos, o ano letivo de 2011 deve se prolongar até o dia 17 de fevereiro, com a utilização de 19 sábados, a contar do próximo. A SEE determina que as escolas utilizem todos os sábados, além dos meses de dezembro e janeiro. Ficam resguardados apenas os feriados de outubro (dia 12), novembro (dias 2 e 15) e o recesso de fim de ano entre os dias 24 de dezembro e 1º de janeiro.

Para a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira, não se pode falar em reposição enquanto a greve não acabar.

Decisão
Na liminar do TJMG, concedida no último dia 16, após uma ação civil pública do Ministério Público Estadual (MPE), o desembargador Roney de Oliveira determinou o retorno imediato das aulas, sob pena de multa de R$ 20 mil hoje, R$ 30 mil amanhã, R$ 40 mil na quarta e R$ 50 mil por dia a partir de quinta, chegando ao valor máximo de R$ 600 mil. Ele considerou a greve abusiva por sua longa duração, que estaria causando prejuízo aos alunos, com a possível perda do ano letivo. O mérito da ação ainda será julgado.

Acampados na Assembleia Legislativa de Minas e em greve de fome, professores fazem novo protesto nesta quarta-feira

MÁRCIA XAVIER
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FOTO: LEO FONTES 15.9.2011
Trabalhadores reivindicam o piso salarial de R$1.597,87, para jornada de 24 horas

Professores da rede estadual estão reunidos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (21), onde fazem mais um protesto para reivindicar reajuste salarial para a categoria.

Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), alguns educadores estão em greve de fome e outros acampados na ALMG no intuito de conseguirem atenção de autoridades e negociações para o fim da paralisação que já dura mais de cem dias. Manifestos devem ser feitos na Assembleia durante todo o dia.

De acordo com a BHTrans, motoristas que trafegam pela região Centro-Sul devem ter atenção redobrada. Devido ao protesto dos professores, o trânsito é complicado na rua Matias Cardoso e na rua Rodrigues Caldas.

Na terça-feira (20), cerca de nove mil educadores se reuniram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e votaram pela continuidade da greve por tempo indeterminado. A categoria se reunirá em Assembleia Estadual na próxima terça (27) para discutir os rumos do movimento.

Os trabalhadores reivindicam o piso salarial de R$1.597,87, para jornada de 24 horas e nível médio de escolaridade. Minas Gerais paga hoje o piso de R$ 369 que, de acordo com relatório da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), é o pior Piso dentre os 27 estados brasileiros.