segunda-feira, 28 de setembro de 2009

TRANSTORNO E DEFICIT DE ATENÇÃO / HIPERATIVIDADE. (TDAH)




Este é um transtorno que tem como principais características a dificuldade em manter o foco da atenção, controle da impulsividade e a agitação, que é a hiperatividade.

Como identificar?
A seguir, são apresentadas as principais características do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, mas lembre-se: para obter um diagnóstico correto e preciso, consultar um especialista . Alguns sintomas permanecem por pelo menos 6 meses.
Vejamos:

Desatenção:
• não presta atenção em detalhes e comete erros por descuido
• tem dificuldades para manter a atenção em tarefas
• parece não escutar quando lhe dirigem a palavra
• não segue instruções e não termina deveres escolares, tarefas domésticas ou profissionais.
• Tem dificuldade em organizar tarefas e atividades
• Evita envolver-se com tarefas que exijam esforço mental constante
• Perde coisas ou atividades
• Distrai-se facilmente
Hiperatividade:
* agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.
* abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado
* corre ou escala em demasia, em situações em que não deveria
* tem dificuldades para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer
* fala demais.

Impulsividade:
• Dá respostas rápidas sem que as perguntas tenham sido terminadas.
• Dificuldade em aguardar sua vez.
• Interrompe ou se mete em assuntos dos outros.

É comum?
Algumas crianças apresentam excesso de atividade desde que começam a engatinhar, porém isso nem sempre é indicativo do transtorno. Um diagnóstico mais preciso só será obtido depois que a criança começa a frequentar a escola e demonstrar falta de ajuste.

Quando começa?
O transtorno é diagnosticado pela primeira vez durante as primeiras séries , quando a criança não consegue se ajustar à escola. É relativamente estável durante o início da adolescencia, e na maioria dos indivíduos os sintomas diminuem durante o final da adolescência e idade adulta. E uma minoria pode ter o quadro completo até os anos intermediários da idade adulta.
Dá para ter uma vida normal?
O transtorno de certa forma se estabiliza no início da adolescência e os sintomas começam a diminuir no final da adolescência. Em algumas pessoas o transtorno pode quase desaparecer na idade adulta. Mas alguns sintomas que causam prejuízo funcional prevalecem.
Fonte: MEC

sábado, 26 de setembro de 2009

DISLEXIA: COMO TRABALHAR COM ELA?

Dislexia não compromete a inteligência
Autor: João Bittar/Arquivo MEC

Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é genética e hereditária e atinge cerca de 5% a 17% da população mundial. De acordo com a Associação Internacional de Dislexia, o distúrbio “é uma das várias distintas inabilidades de aprendizagem. É uma desordem específica da linguagem, de origem constitucional e caracterizada por dificuldades na decodificação de palavras isoladas”.
Para a professora titular do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ângela Maria Vieira Pinheiro, são consideradas disléxicas as crianças com extrema dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita, embora apresentem pelo menos inteligência média e ausência de problemas gerais de aprendizagem. Além disso, suas dificuldades de leitura não devem estar associadas a fatores tais como deficiências sensoriais não tratadas, desvantagem socioeconômica, problemas emocionais, oportunidades educacionais inadequadas ou faltas freqüentes à escola.
Psicóloga, com doutorado em psicologia cognitiva pela Universidade de Dundee, na Escócia e pós-doutorado pela Universidade de Educação de Ludwigsburg, na Alemanha, Ângela Pinheiro tem experiência na área de Processos Cognitivos Básicos. Sua atuação se dá, principalmente, na área da linguagem escrita: reconhecimento de palavras, desenvolvimento da leitura e da escrita, construção de medidas de reconhecimento de palavras e dislexia do desenvolvimento.
Ela explica que a dislexia é um profundo déficit fonológico que se manifesta – mas não exclusivamente – na leitura e na escrita, e pode existir até mesmo em culturas não letradas. Segundo a psicóloga, a descoberta mais consistente, tanto na pesquisa psicológica como na neurociência, é que o principal problema de leitura dos disléxicos é um vagaroso e impreciso reconhecimento de palavras. “Nessa área, a dificuldade reside no processo de decodificação fonológica: a transformação de letras e de seus padrões em um código fonológico. Esse código é que permite o acesso à pronúncia da palavra e também ao seu significado,” argumenta.
Ângela Pinheiro adianta que a dislexia não compromete a inteligência e uma vez tratado, o disléxico pode vir a se destacar inclusive na carreira acadêmica. O tratamento é feito por meio de intervenções explícitas e intensivas em leitura, que diferem de acordo com o tipo de dislexia. Ela diz que, devido ao distanciamento entre o meio acadêmico e as escolas, é de se esperar que as professoras, por desconhecerem os avanços da ciência da leitura, não estejam preparadas para a inclusão de alunos disléxicos. A questão, destaca, é até que ponto deve ser possível fazer intervenções de alta qualidade para todas as crianças que precisam de assistência.
Transformar em prática todo o conhecimento adquirido seria um desafio para os pesquisadores, acredita a psicóloga. De acordo com ela, é necessário dispor de condições de financiamento para o treinamento de professores de forma a garantir que todas as crianças recebam o tipo de instrução em leitura que as transformarão em bons leitores.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PRIMAVERA


Primavera é a estação do ano que sucede o inverno e antecede o verão. No hemisfério norte, a estação é denominada “Primavera Boreal”, que se inicia em 20 de Março e termina em 21 de Junho. No hemisfério sul, a mesma é chamada de “Primavera Austral”, iniciando em 23 de Setembro e terminando em 21 de Dezembro. Se olharmos sob o ponto de vista astronômico, a primavera se inicia nos equinócios de Setembro (Sul) e Março (Norte) e termina nos solstícios de Dezembro (Sul) e Junho (Norte).

A característica mais marcante da estação é o reflorescimento da flora e da fauna. Muitos animais aproveitam a temperatura ideal da estação para se reproduzir. No Brasil, a chegada da primavera ocasiona uma mudança no regime de chuvas e temperaturas. Na maioria das regiões começam a aparecer as primeiras pancadas de chuva pelo final da tarde, resultado do aumento de calor e umidade característico da primavera. No entanto, na região Sul ocorrem poucas alterações em relação à quantidade de chuvas; no Nordeste permanece a seca.

Primavera
Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

DIA DA ARVORE - 21 DE SETEMBRO

No dia 21 de setembro comemora-se o dia da árvore, e a escolha da data originou-se em razão da chegada da primavera. Mas antes da escolha dessa data, acontecia no país, na última semana de março, a festa Anual das Árvores, instituída pelo presidente Castelo Branco, a partir de 1965.
Mais adiante, a árvore ganhou um dia especial em virtude de sua importância para a vida humana e também com a chegada da primavera, onde ganham nova vida, abrem lindas flores que dão origem a novas árvores.
Com a chegada da primavera podemos ver as cidades mais alegres, pois essas se enchem de flores de todas as cores.
Muitos pensam que a árvore que simboliza o Brasil é o pau-brasil, em razão do nome, mas esse título cabe ao ipê amarelo, uma das cores que representam o nosso país. O pau-brasil encontra-se em extinção, pois foi muito contrabandeado por ser uma madeira de cor avermelhada e de aparência nobre. Além dessa, o jacarandá, o mogno e o pinheiro também se encontram nas mesmas condições de extinção.
As árvores são plantas que possuem um caule lenhoso e são constituídas por raiz, caule, folha, flor, fruto e sementes. São elas que nos fornecem o ar que respiramos, além das frutas e outros tipos de alimentos; a madeira para construção de móveis, casas, objetos decorativos, cercas; também fornecem remédios; celulose, matéria-prima para a fabricação de papel.
Em face da vida moderna e do aumento da população mundial, às necessidades dos homens em construir novas moradias e melhorar suas condições de vida, as árvores acabaram sendo alvo de destruição, pois grandes áreas foram desmatadas para a construção das cidades.
O contrabando de madeiras também fez com que grandes áreas fossem destruídas, principalmente na floresta amazônica, onde o acesso a outros países é mais fácil e próximo. Os prejuízos seriam menores se fossem plantadas novas árvores nos lugares das devastações, mas o tempo que levam para crescer é muito grande.
O homem precisa ter consciência de que as plantas também são seres vivos e que levam tempo para se desenvolverem. Uma árvore leva longos anos para ficar bem desenvolvida e algumas são tão velhas que são tombadas como patrimônio histórico, devendo ser preservadas.


domingo, 20 de setembro de 2009

ANALFABETISMO NO BRASIL

SEGUNDO PNAD 2008, BRASIL AINDA TEM 14,2 MILHÕES DE ANALFABETOS COM 15 ANOS OU MAIS

O Brasil ainda tem 14,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, segundo os dados mais recentes da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O estudo foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (18) e tem informações referentes ao ano de 2008.

Segundo a Pnad, um em dez brasileiros com 15 anos ou mais não consegue ler ou escrever um bilhete simples. Esse é o conceito de "analfabeto" para o IBGE. A taxa de analfabetismo divulgada neste ano na Pnad é de 10%, dado semelhante ao ano passado, quando a taxa ficou em 10,1%.
Para Maria Clara Di Pierro, professora da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), enfrentar o analfabetismo não é estritamente uma questão de políticas educacionais, mas de políticas multissetoriais. Ela explica que o analfabetismo ocorre em duas vertentes: como resultado do contingente que hoje tem mais de 40 anos e não foi à escola e como consequência de condições precárias de vida de parte da população.

Mais de 25 anos
Dos 14,2 milhões de analfabetos, 95% têm 25 anos ou mais. É um contingente de 13,5 milhões de brasileiros. O Nordeste concentra mais da metade do total de analfabetos com mais de 15 anos, com 7,5 milhões. Nesses Estados a taxa de analfabetismo alcança 19,4% - ou seja, quase um em cinco habitantes da região não sabe ler nem escrever. A taxa do Norte é a segunda maior do país, com 10,7%.
Por ser a região mais populosa, o Sudeste fica em segundo lugar no ranking em números absolutos, com 3,6 milhões de analfabetos. O Sul continua com a menor taxa de analfabetos (5,5%), mas, ainda assim, acumula 1,1 milhão de analfabetos. O Centro Oeste, por sua vez, tem a menor quantidade de analfabetos, com 839 mil e taxa de 8,2%.
Analfabetismo funcional
O número de analfabetos funcionais continua alarmante: apesar da queda de 0,8% em relação à última taxa divulgada, em 2007, o Brasil ainda concentra 21% de pessoas com mais de 15 anos e com menos de 4 anos de estudo completos. Esse percentual representa, segundo os dados divulgados hoje, 30 milhões.

O analfabeto funcional sabe ler, mas não consegue consegue participar de todas as atividades em que a alfabetização é necessária para o funcionamento efetivo de sua comunidade. Ele não é capaz de usar a leitura, a escrita e o cálculo para levar adiante seu desenvolvimento, segundo a Unesco.

Há mais homens entre os analfabetos funcionais: a taxa é de 10,2%. No grupo das mulheres, o percentual é de 9,8%. Todas as regiões registraram queda na taxa e o Nordeste continua sendo a que tem mais pessoas nessa condição, com 31,6% da população. A segunda maior taxa está no Norte, com 24,2%, seguida pelo Centro Oeste, com 19,2% e pelo Sul (16.2%). A região Sudeste é a que tem menor concentração de analfabetos funcionais: a taxa é de 15,8%.

Analfabetismo de 10 a 14 anos
Pelo Brasil, ainda há 492 mil crianças de 10 a 14 anos que não conseguem redigir bilhetes simples. O analfabetismo atinge 2,8% desta faixa etária no país. Isso significa que, a cada mil crianças, 28 são analfabetas.

O Nordeste é a região que tem, proporcionalmente, mais crianças em fase escolar analfabetas - ao todo, 5,3% da faixa dos 10 aos 14 anos. Segundo o consultor em educação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, Célio da Cunha, o número é preocupante. "O Brasil continua fabricando analfabetos", diz. Mesmo com o quadro insatisfatório, houve melhora de 2007 para 2008. A proporção, segundo a pesquisa anterior era de 3,1% - 0,3 pontos percentuais maior. Na contramão das estatísticas gerais do país, aparecem as regiões Sul e Sudeste - nas duas houve aumento do percentual de analfabetos (de 1% e 0,9%, respectivamente, para 1,3%).

terça-feira, 8 de setembro de 2009

PROFUNCIONARIOS

Lula sanciona lei que valoriza funcionários de escolas públicas
A partir de agora, funcionários das escolas públicas de todo o Brasil, devidamente habilitados, passam a ser oficialmente reconhecidos como educadores. A lei 12.014/ 2009 foi sancionada na quinta-feira (6) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada na sexta (07) no Diário Oficial da União. “É um momento histórico para a educação brasileira. Finalmente, esses profissionais tiveram sua dignidade resgatada”, comemora Roberto Leão, presidente da CNTE.
A sanção da lei, cujo texto foi mantido na íntegra pelo presidente da República, ocorreu menos de um mês após o projeto da senadora Fátima Cleide (PT/RO) ter sido aprovado no Senado. O texto modifica um dos artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394/96), discriminando as categorias de trabalhadores que se devem considerar profissionais da educação, mediante a formação em cursos reconhecidos.
“Agora, o novo desafio é exigirmos a aplicabilidade da legislação e cobrar do Ministério da Educação maior empenho no desenvolvimento do Programa Profuncionário e a criação de cursos superiores para as áreas de apoio escolar”, afirma Leão. Ele diz que a sanção sem vetos da lei 12.014 valoriza mais de um milhão de trabalhadores em educação, e “é um incentivo à formação profissional dos funcionários de escolas, para que tenham o merecido valor na contribuição da melhoria da educação brasileira”.
O secretário adjunto de políticas sindicais da CNTE, José Carlos Prado, lembra que muitos estados ainda não oferecem o Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação (Profuncionário). "Sem essa capacitação, os trabalhadores não se profissionalizam. Este é o próximo desafio a ser vencido", pontua.
Sobre o curso
O Profuncionário é um curso de educação a distância ou presencial, em nível médio, voltado para os trabalhadores que exercem funções administrativa nas escolas das redes públicas estaduais e municipais de educação básica.
Ele forma os profissionais nas seguintes habilitações: gestão escolar, alimentação escolar, multimeios didáticos, e meio ambiente e manutenção da infraestrutura. (CNTE)