O sistema educacional brasileiro e mundial passa por quatro crises distintas que, a cada dia, tornam-se mais intensas. Tais crises se devem ao fato do próprio cenário mundial no qual nos encontramos nos dias atuais: globalização, crescente urbanização, migrações, diferenças culturais – mais, e, principalmente, num país como o Brasil, onde a maior parte de sua população é formada por grupos miscigenados -, além das novas tecnologias de informação.
Porém, de que forma estes fatores afetam a educação no Brasil e no mundo? Como o próprio cenário mundial interfere de maneira muitas vezes negativa no cenário educacional?
De acordo com o Relatório da Pesquisa sobre o Sucesso e Fracasso Escolar no Ensino Fundamental desenvolvido pela UNESCO/Brasil, com apoio do Ministério da Educação e Cultura e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, é possível observar que, há pelo menos 60 anos, pouco tem sido feito para mudar o quadro de altas taxas de reprovação e evasão escolar.
Logo, se tal perspectiva se mantém por tanto tempo, precisamos contextualizá-la historicamente a fim de abolirmos a ideia de que estas problemáticas são naturais e, assim, não devem ser questionadas. Muito além do processo pedagógico, o fracasso escolar está em raízes econômicas e políticas constituídas ao longo da história de cada aluno, e suas razões precisam ser explícitas.
As Quatro Crises | ||
Fracasso Escolar | Racismo | |
Desigualdade Social | Habilidades Sociais |
As mudanças da sociedade moderna e a transformação da família, juntas configuram o aluno com um perfil que se difere de gerações passadas. Este perfil, por sua vez, é pautado pela realidade das quatro crises apresentadas acima.
Envolver e motivar o aluno do século 21 - dinâmico e carente de habilidades sociais devido às transformações da sociedade atual e do perfil da família moderna - envolve não somente a atualização da prática pedagógica e a formação do professor, mas também a escolha assertiva da metodologia a ser aplicada na sala de aula.
A metodologia de ensino da Aprendizagem Sistêmica foi desenvolvida sob evidências científicas de que dois tipos de habilidades têm enorme influência sobre o sucesso pessoal e profissional de uma pessoa. O primeiro grupo de habilidades refere-se às capacidades cognitivas, aquelas relacionadas ao QI. Igualmente relevante, o segundo grupo apresenta habilidades emocionais, relacionadas à motivação e ao convívio social. Embora, por muitos, o segundo grupo seja considerado menos importante, no programa da Aprendizagem Sistêmica ele é visto de forma tão relevante quanto o primeiro.
Há mais de trinta anos, a Aprendizagem Sistêmica vem transformando a educação e a vida de muitos alunos ao redor do mundo. Suas experiências de sucesso comprovam que o desenvolvimento pleno dos alunos atinge pontualmente o desempenho escolar. (Veja abaixo o resultado da aprendizagem dos alunos na escola Catalina Ventura – Arizona/EUA). Atualmente, o programa compreende países de diversos continentes, como: Índia, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, México, China, Austrália etc.
Catalina Ventura é uma escola de ensino fundamental com mais de 1300 alunos. Catalina Ventura fica localizada em Phoenix, Arizona e é parte do distrito de escolas de ensino fundamental Alhambra. Catalina é uma escola de interior com uma alta taxa de pobreza. Durante os últimos anos, os professores da escola foram treinados extensivamente para o uso das estruturas da Aprendizagem Sistêmica na sala de aula. As notas dos alunos nos testes do governo aumentaram durante o uso das estruturas da Aprendizagem Sistêmica.
Diante dessa constatação, o programa Aprendizagem Sistêmica nasce no Brasil propondo uma educação de qualidade, com o objetivo de desenvolver nos alunos não apenas habilidades cognitivas, mas também propondo o desenvolvimento social e emocional através da cooperação.
Fonte: www.planetaeducacao.org.br
Editado por: Adão Maximo Trindade
Teologo e Graduando em Pedagogia