sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pais ou heróis? Feliz Dia dos Pais!

Quando transferimos aos nossos pais a ideia de heroísmo, não podemos de maneira alguma impor sobre eles a condição de seres inabaláveis, pois cada pai é um ser como qualquer outro, o que o difere é, na verdade, a forma tão especial que um dia ele se assumiu como pai, como nosso pai.

Contudo, a ideia de heroísmo pode ser perfeitamente defendida se, com herói, quisermos dizer que ele, nosso querido papai, é (co) protagonista de uma grande história, a história da nossa vida, a qual foi e está sendo construída sobre as bases de ensinamentos indispensáveis para cada um de nós.

Cada pai é um herói que não tem poder de vencer, sozinho, os muitos obstáculos impostos a nós pela vida, mas todos os momentos em que alguma pedra quiser nos impedir de continuar, bem sabemos que o nosso herói estará sempre ali por perto, sempre disposto a nos confortar, ainda que seja apenas com a sua presença, a sua indispensável presença em cada instante de nossas vidas.

O heroísmo que por muitos é defendido só existe na ficção, mas mesmo assim ainda podemos identificar traços de um verdadeiro “homem de ferro”, que não obstante se imaginar tão forte como as características deste precioso metal, o que o torna forte mesmo é o amor sem reservas que ele tem por nós, mesmo não sabendo demonstrar muitas vezes.

É comum este amor tentar embaraçá-lo nas coisas do dia a dia, às vezes a mamãe precisa ser mãe dele também, puxando a orelha quando nos ajuda a bagunçar a casa, depois de momentos em sua amada companhia. Nossa, dá o maior trabalho colocar as coisas novamente no lugar depois de um domingo em casa com o papai...

O mais engraçado é que não há amor sem reservas nos super-heróis que aparecem na TV, como, então, podemos chamá-lo assim? Ele é o nosso herói porque é e sempre será lembrado por nós pelas atitudes de coragem, ainda que esta coragem seja para nos acompanhar na hora de tomar uma injeção quando estamos doentes.

Às vezes nosso herói tira seu uniforme e vai conosco, numa tarde de domingo, ao parque perto da nossa casa para nos ajudar a fazer um gol ou a soltar pipa. Engraçado quando eles agem como nós, deve ser por isso que é tão complicado impor sobre eles uma imagem de algo distante como são os super-heróis da TV.

Pai é herói porque busca ser nosso companheiro a todo custo, nem que seja por meio de um telefonema fora do horário comercial, quando já estamos cansados e querendo dormir. Pai tem mesmo destas coisas e é isto que o diferencia de todos os demais homens, ele é especial em ser tão comum em muito do que faz, mas mesmo assim consegue atrair nossa atenção para ele... Será que tem superpoderes para conseguir tal proeza?

Pai, com o seu dia aproximando, é importante lembrá-lo que jamais nenhum herói vai fazer por nós o que o senhor já fez. O senhor é muito mais forte quando está consertando o carro que quebrou a caminho do passeio do fim de semana do que os super-heróis que conseguem erguer carros gigantes apenas com a força do braço e poderes especiais. Os seus poderes são muito mais especiais quando determina o horário que teremos de voltar para casa, ainda que façamos cara feia quando isto nos é imposto.

Não somente neste dia tão especial que se aproxima, o senhor sempre será o herói que dá mais audiência na história da nossa vida, a qual foi e está sendo edificada e sustentada pelos seus poderes mais do que especiais.

Feliz Dia dos Pais!

Fonte:Erika de Souza Bueno Consultora-Pedagógica de Língua Portuguesa do Planeta Educação. Professora de Língua Portuguesa e Espanhol pela Universidade Metodista de São Paulo. Articulista sobre assuntos de língua portuguesa e família. Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br)

Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando : Licenciatura em Pedagogia - UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto - Minas Gerais

  • Capacitando em :Tecnologia Assistiva, Projetos e Acessibilidade: Promovendo a Inclusão - UNESP - Universidade Estadual Paulista - Sâo Paulo - SP (Plataforma Freire - MEC/SEESP/UNESP )
  • Praticas Educacionais Inclusivas : Deficiência Intelectual - UNESP - Universidade EstadualPaulista - São Paulo - SP( Plataforma Freire - MEC/SEESP/UNESP )
  • Direitos Humanos e Mediação de Conflitos - ITS-BRASIL- Instituto de Tecnologia Social do Brasil - São Paulo - (Plataforma Modle - MEC/SEESP/ITS)



A Postura do Professor diante da Linguagem da Internet

Aprecie, abaixo, a entrevista cedida ao jornalista Alessandro Coppetti do Jornal Tribuna do Planalto, cidade de Goiânia, sobre a Linguagem do Messenger:

Muito popular entre os jovens, a forma de escrita abreviada utilizada por eles em programas de mensagens instantâneas como o Messenger é alvo de duras criticas por parte de muitos educadores. Mas para orientadora educacional do Planeta Educação, empresa que atua na área de Educação e tecnologia, a concepção é bastante diferente. Isto porque, segundo ela, é normal que em distintos espaços as pessoas façam uso de uma forma de comunicação condizente com esses meios. Sendo assim, para ela não faz sentido ser radicalmente contra esse tipo de fenômeno.
“O professor precisa deixar claro para o aluno que o erro não está nas abreviações utilizadas no Messenger, mas sim na utilização imprópria desta forma de expressão”, diz. A partir desse tipo de abordagem, a educadora enfoca ser importante que os educadores tracem estratégias de ensino para que os educandos entendam como e quando usar essas diferentes formas de expressão.

E tudo isso deve acontecer de maneira que o aluno não se sinta culpado por usar essas determinadas abreviações em função de atitudes dos professores que conotem qualquer tipo de “preconceito linguístico”. “Havendo este mal-estar, o professor corre o risco de causar bloqueios em seus alunos, dificultando o processo de ensino-aprendizagem’, alerta Erika, formada em Letras pela Universidade Metodista de São Paulo (SP).

São comuns comentários de que a partir do uso de abreviações como as utilizadas na internet, por exemplo, a Língua Portuguesa estaria se perdendo. Qual a sua avaliação sobre isso?

Não acredito que possa haver perda para a Língua Portuguesa, que continuará exigindo boa ortografia em determinados momentos e circunstâncias mais formais. Como tudo o que é vivo, toda língua sofre mudanças com o passar do tempo para se adequar à necessidade dos falantes, ou seja, senhores (nunca servos) da língua. Com a tecnologia e a modernidade que exigem uma comunicação cada vez mais dinâmica, as abreviações na internet são um meio de transmitir uma mensagem escrita utilizando-se de menos tempo e espaço e isso não traz - e nunca trará - nenhuma perda para a Língua Portuguesa que continuará em seu curso natural, exigindo para cada situação uma determinada forma de escrita e, principalmente, comunicação.

Em artigo, a senhora diz que “não é muito lógico corrigir os que assim desejam escrever através da comunicação do Messenger, pois a linguagem deve ser usada como uma vestimenta, ou seja, para cada ambiente um conjunto de peças de determinado estilo deve ser escolhido”. Comente a afirmação, por favor.

Ninguém vai de terno e gravata à praia tomar sol. Da mesma forma, não é conveniente escrevermos um romance como se estivéssemos escrevendo uma receita de bolo, por exemplo. Desta maneira, é direito de todo aluno ter contato com as diversas formas de comunicação formal e informal, de maneira que saiba se comunicar com o sábio e o inculto nas mais diversas situações. Se um aluno usa abreviações numa prova que a professora de Língua Portuguesa passou, é sinal claro que ele está precisando de maiores esclarecimentos a respeito dos gêneros textuais e por não saber a diferença entre uma maneira de se expressar e outra, ou seja, não está apto a fazer adequações. Daí não há porquê corrigir as abreviações em si, mas a necessidade passa a ser a de direcionar mais esforços para a aquisição de um aprendizado para a vida real, em que o aluno precisará fazer-se ouvido e compreendido ante as mais diferentes realidades.

"A melhor estratégia pedagógica é aquela em que o aluno realmente aprenda. E cada professor, conhecedor de seus alunos, deve buscar compreender as necessidades educacionais de cada educando, sendo sensível às diferenças entre eles."

Então qual postura pedagógica os professores devem ter para que o “vc”, o “mt”, e o “oq”, entre outras abreviações, não passem a ser utilizadas em provas escolares, no trabalho, e demais circunstâncias que exigem outras formas de comunicação?

É importante o professor traçar estratégias para que o aluno tenha prazer em diversas leituras, tais como contos, romances, comédia, drama e muito mais. Isto porque tendo contato com diversos materiais escritos, o aluno se sentirá mais seguro e não terá dificuldades para entender que a prova que o professor passa no final do bimestre é um documento formal para avaliar tanto o alunado quanto a didática do próprio professor. Logo, não será conveniente dar a esta modalidade avaliativa um tratamento semelhante a uma conversa informal entre amigos. É interessante pontuarmos que a melhor estratégia pedagógica é aquela em que o aluno realmente aprenda e isso não pode ser definido de longe, mas cada professor, conhecedor de seus alunos, deve buscar compreender as necessidades educacionais de cada educando, sendo sensível às diferenças entre eles. O professor precisa deixar claro para o aluno que o erro não está nas abreviações utilizadas no Messenger, mas na utilização imprópria desta forma de expressão. Este esclarecimento é fundamental para que o aluno amplie seu grau de conhecimento sobre as mudanças da Língua Portuguesa, adotando uma postura crítica diante de tudo o que se apresenta a ele.

Quando o uso de abreviações no MSN e demais formas de expressões informais são apontadas como práticas preguiçosas e maléficas, isso pode causar algum tipo de constrangimento para os que fazem uso dessa grafia?

Sim, infelizmente. O constrangimento se dará porque o aluno que assim escreve, em situações informais, se sentirá como alvo de um preconceito, ou seja, um conceito formado antes de uma análise desprovida de subjetivismo. Havendo este mal-estar, o professor corre o risco de causar bloqueios em seus alunos, dificultando o processo de ensino-aprendizagem. O aluno não pode se sentir estrangeiro dentro da própria língua-materna, pois ele consegue, mesmo em meio a muitas abreviações, comunicar o que pensa e o que quer entre seus iguais. Para aprender, o aluno precisa se sentir confortável em seu ambiente e, para que isto aconteça, o professor, desprovido do que chamamos de “preconceito linguístico”, não poderá impor o que acredita e defende como se seus alunos fossem apenas receptores sem reação. Promover o estabelecimento de momentos de reflexões é uma das práticas mais eficazes para impedir a formação do bloqueio que os alunos tendem a ter ao descobrirem que a forma como até então se comunicavam não é bem-vinda em algumas circunstâncias formais, pois falando e sendo compreendidos, os alunos estarão em condições de receber as orientações de seu professor, mediador do conhecimento.

Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando : Licenciatura em Pedagogia - UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto - Minas Gerais

Capacitando em :

  • Tecnologia Assistiva, Projetos e Acessibilidade: Promovendo a Inclusão - UNESP - Universidade Estadual Paulista - Sâo Paulo - SP (Plataforma Freire - MEC/SEESP/UNESP )
  • Praticas Educacionais Inclusivas : Deficiência Intelectual - UNESP - Universidade Estadual Paulista - São Paulo - SP( Plataforma Freire - MEC/SEESP/UNESP )
  • Direitos Humanos e Mediação de Conflitos - ITS-BRASIL- Instituto de Tecnologia Social do Brasil - São Paulo - (Plataforma Modle - MEC/SEESP/ITS)
Fonte:www.planetaeducacao.com.br