terça-feira, 23 de agosto de 2011

Governo divulga alterações no modelo remuneratório dos profissionais da educação

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Projeto de lei que será enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais apresenta aperfeiçoamentos na remuneração por subsídio

O Governo de Minas enviará para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nos próximos dias, projeto de lei que terá por objetivo aperfeiçoar a política salarial dos profissionais da educação. Atualmente, 62% dos cargos da Secretaria de Estado de Educação estão no novo modelo. Os aperfeiçoamentos foram anunciados na tarde desta terça-feira (23) pelas secretárias de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.

Entre os benefícios incluídos no projeto está o novo posicionamento dos profissionais na tabela do subsídio. Isso porque, em alguns casos, a proposta implantada no início do ano fazia com que os professores que tinham acabado de entrar na carreira fossem posicionados na mesma letra que um servidor antigo, por exemplo. O objetivo é que agora seja considerado o tempo de efetivo exercício e todos os profissionais que optarem pelo subsídio serão reposicionados. Sendo assim, para cada três anos de exercício, o servidor ‘anda’ uma letra na tabela do subsídio.

O projeto prevê também um aumento de 5% para todos os servidores da educação posicionados no subsídio, a partir de abril de 2012. Além disso, ao ser promovido, o servidor será mantido no grau em que estava no nível anterior, o que resultará em um ganho de 10% em sua remuneração total.

A nova medida também contemplará os diretores, vice-diretores, coordenadores e secretários de escolas. Para os diretores, por exemplo, o projeto garantirá que os profissionais que possuírem dois cargos de professores serão beneficiados na contagem de tempo tendo progressão nos dois contratos de trabalho.

Secretárias de Estado de Planejamento e Gestão e de Educação anunciam mudanças no subsídio. Foto: Renato Cobucci/Secom

A secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, ressaltou os principais benefícios que o novo modelo trará para os servidores da educação. “A carreira da educação é a mais complexa do Governo de Minas. Então existem muitas distorções históricas e praticamente cada caso é um caso. Então uma das vantagens do subsídio é que tudo está incorporado. Se o funcionário adoecer e precisar de licença médica vai ter o mesmo salário que tinha quando estava em atividade. Se ele se aposentar ele carrega o mesmo salário. Além disso, cada aumento que for dado incide sobre o valor total da remuneração e não apenas sobre o vencimento básico como era anteriormente. Esse modelo é sólido e transparente”.

O impacto financeiro que as alterações no novo modelo remuneratório só poderá ser precisado após o término da reabertura do prazo para adesão ao subsídio, é o que afirma a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena. “Para saber os impactos que a medida trará é necessário fazer o cálculo do tempo de exercício, posicionar os servidores, para que depois se aplique a regra de 5 % e isso eu só terei depois do dia 31 de outubro”.

Reabertura de prazo para adesão ao novo modelo

A nova proposta se estende aos servidores ativos e inativos, efetivos, efetivados. Para garantir que os profissionais da educação tambémpossam optar pelos benefícios do novo projeto, será reaberto o prazo para quem não optou pelo subsídio. Os servidores terão de 1 de setembro até 31 de outubro optar pelo subsídio, garantindo assim o reajuste mínimo de 5% na remuneração total concedido pela lei do subsídio em janeiro de 2011.

As vantagens do novo modelo de remuneração

A implementação, em janeiro deste ano, da nova política salarial da educação em Minas Gerais contemplou quase 320 mil servidores, que obtiveram aumentos de no mínimo 5% em seus salários. A mudança gerou um impacto financeiro da ordem de R$ 1,3 bilhão por ano na folha de pagamentos total da Educação (um acréscimo de 24,5%) – o que demonstra que o novo modelo gerou efetivo aumento da remuneração para os professores. De acordo com levantamento feito Seplag, 23% dos professores de educação básica de Minas Gerais tiveram aumento de mais de 40% nos salários. Outros 41% tiveram reajuste entre 10% e 40%. Para 36%, o aumento foi de até 10%.

Durante a entrevista coletiva, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, ressaltou que o Governo irá investir no novo modelo remuneratório. “Nós entendemos que estamos cumprindo nossa obrigação com os profissionais da educação já que o modelo remuneratório adotado é o subsídio. Vamos buscar um constante aprimoramento e esperamos que essa política remuneratória se torne cada vez mais atraente. Todas as proposta que nós estamos fazendo é para a sistemática do subsídio, então não há nenhuma intenção de fazer reajuste no sistema anterior, até mesmo porque ela está em extinção”.

Minas paga acima do piso nacional

O Governo de Minas paga salário inicial de R$ 1.122,00 por 24 horas semanais para professores com nível médio de escolaridade – 57% superior proporcionalmente ao piso nacional de R$ 1.187,00 por 40 horas semanais. Para os professores com licenciatura plena, escolaridade atualmente exigida para ingresso na carreira, o salário inicial é de R$ 1.320,00 por 24 horas semanais – 85% superior proporcionalmente ao piso nacional de R$ 1.187 por 40 horas semanais.

Trabalhadores/as em educação promovem vários atos públicos em Belo Horizonte


Trabalhadores/as em educação promovem vários atos públicos em Belo Horizonte

Manifestantes fecharam rodovias e fizeram passeata na Av. Afonso Pena

Diversos atos públicos foram realizados nesta terça-feira (23/08), pelos educadores/as em greve, desde o dia 8 de junho. Coordenados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), os manifestantes ocuparam partes das rodovias MG 10 e BR 381, a entrada do INCRA, na Avenida Afonso Pena e também se juntaram a outras categorias em greve e membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na Praça Sete, centro de Belo Horizonte. O objetivo foi mostrar à sociedade mineira que o Governo do Estado não negocia com os trabalhadores/as e não paga o Piso Salarial.

A mobilização teve início na BR 381, cidade de Sabará, próximo à ponte provisória do Rio das Velhas. No local os educadores/as distribuíram panfletos, exibiram faixas, algumas com os seguintes dizeres: “O Piso Salarial Nacional Agora é Lei: Faça Valer!!!” e “Quem luta educa, modifica e faz a sua história” e proferiram palavras de ordem. “A partir de agora essa vai ser uma prática constante do nosso movimento, vamos intensificar os nossos atos até conseguirmos o que nos é de direito”, disse o diretor estadual do Sind-UTE/MG, José Luiz Rodrigues.

De Sabará, os educadores/as seguiram para a rodovia MG 10, no quilômetro 4, sentido Lagoa Santa. Os manifestantes fecharam a pista. No local, por meio de palavras de ordem, a categoria enviou sua mensagem ao Governo do Estado. “É greve, é greve, é greve, até que o Anastasia pague o Piso que nos deve”. A diretora estadual do Sind-UTE/MG, Marilda Abreu, afirmou que as mobilizações tem o objetivo também de denunciar que este Governo não cumpre uma lei federal e mostrar que em Minas Gerais o Estado não defende a oferta de uma educação de qualidade.

Já na Avenida Afonso Pena, na entrada da sede da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais, região Centro-Sul da Cidade, mais uma vez, a categoria dialogou com a sociedade. Os manifestantes fecharam os dois sentidos da avenida com o intuito de mostrar a comunidade local a realidade do Governo do Estado.

Houve ainda atos públicos com uma passeata da sede do Incra até a Praça Sete, centro da cidade.

Assembleia Estadual – E os trabalhadores em educação de Minas Gerais, sob o comando do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), realiza nessa quarta-feira, 24/8, a partir das 14 horas, no pátio da ALMG, Assembleia Estadual dos trabalhadores/as em educação. O objetivo é avaliar a atual conjuntura do movimento grevista e definir novos rumos do movimento. Pela manhã, o Comando Geral de Greve se reúne, a partir das 9 horas no auditório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA), à Avenida Álvares Cabral, 1.600, Santo Agostinho.


Secretária de Educação anuncia lançamento de novo subsídio para professores estaduais

LETÍCIA SILVA
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A secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, se reuniu nesta segunda-feira (22) com representantes Federação das Associações de Pais e Alunos de Escolas Públicas de Minas Gerais (Fapaemg) para falar sobre a greve de professores.

Paralisados há 74 dias, os professores na rede estadual de ensino reivindicam a equiparação do piso estadual com o salarial nacional, que é de R$ 1.187.

A secretária disse que reconhece as falhas graves do subsídio atual e que divulgará nesta terça-feira (23) um novo modelo, que irá beneficiar principalmente os professores que estão há mais tempo na rede estadual. O subsídio é um modelo de remuneração que incorpora os benefícios da categoria ao salário.

Apesar do anúncio de mudanças, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) informou que não haverá interrupção da greve após a divulgação do subsídio.

A Fapaemg quer a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, por acreditar que os alunos prejudicados pela greve irão competir em situação desigual com os demais.

Atualizada às 19h04


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Fonte - sindute.org.br