domingo, 4 de dezembro de 2011

Apresentação do relatório do PNE está prevista para a próxima semana



comissao_pne_capaApós ser mais uma vez adiada a apresentação do relatório do Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação (PNE), o deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), relator do PNE na Comissão, informou que irá protocolar o documento na segunda-feira (5) e fazer a leitura na terça. Com isso, abre-se o prazo de cinco sessões para apresentação de emendas e o novo relatório poderá ser votado até 21 de dezembro, última semana antes do recesso parlamentar.
comissao_pne_miolo210% do PIB
Em reunião hoje pela manhã no Plenário 10 da Câmara, a Comissão do PNE foi surpreendida com a presença de entidades ligadas à educação (entre elas a CNTE) que cobram que o PNE estabeleça um investimento de 10% do PIB para a educação. 

O relatório estava previsto para ser apresentado ontem, 30, mas em vez de apresentá-lo, o deputado Angelo Vanhoni se reuniu com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Educação, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para tentar definir o índice.

De acordo com o deputado, a equipe econômica pediu um prazo maior para chegar a um consenso, inclusive porque a presidenta Dilma Rousseff viaja hoje (1º) para Venezuela e precisa participar da discussão. Entre os membros da comissão, existe o temor de que o adiamento possa comprometer a aprovação do projeto ainda neste ano.

comissao_pne_miolo1Nesta semana teve início uma movimentação no twitter para cobrar celeridade na apresentação do relatório. Todos que possuem uma conta na rede e que concordam que o investimento do PIB para a educação deve ser de 10% estão usando as hashtags #CadêPNE? e #PNEpraVALER!. A mobilização é chamada de tuitaço.

A CNTE e suas entidades filiadas também enviaram para cada deputado federal uma mensagem pelo twitter cobrando a aprovação do PNE ainda este ano. O objetivo é mostrar aos parlamentares que a sociedade está de olho nos trabalhos da Casa e que se preocupa com uma educação pública de qualidade. (CNTE, com informações da Agência Brasil, 01/12/11

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Confira as 20 metas que compõem o Plano Nacional de Educação 2011-2020


Amanda Cieglinski
Da Agência Brasil
Em Brasília

O projeto de lei que institui o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que deverá vigorar nos próximos 10 anos, foi entregue hoje (14) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020. O texto também detalha as estratégias necessárias para alcançar os objetivos delimitados.


Conheça as metas que compõem o Plano Nacional de Educação 2011-2020:

Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.

Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.

Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. 7 estratégias.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. 9 estratégias.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.

Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

MG: Professores e Governo trocam acusações


Após uma trégua de 42 dias, com o retorno dos professores da rede estadual às salas de aula o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE) e o Governo estadual voltaram, nesta quinta-feira, a trocar acusações. A categoria recém saiu da maior greve da história de Minas, iniciada no dia 8 de junho e encerrada em 29 de setembro.
Além de cruzar os braços, os professores realizaram uma assembleia geral, na nesta tarde, quando o sindicato denunciou que o Governo não estaria cumprindo o acordo que determinou o fim da greve, que durou 112 dias. Da mesma forma, a categoria voltou a cobrar o piso salarial na carreira e, para todos os trabalhadores em educação, o pagamento imediato do prêmio por produtividade e restabelecimento do atendimento do Ipsemg.
A passeata nem havia terminado quando a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, convocou uma entrevista coletiva emergencial onde denunciou que o SindUte é que não estaria cumprindo o que foi acordado em setembro.
Sem esconder a irritação, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, denunciou, em entrevista coletiva, que o sindicato estaria convocando, via rede social, os professores para que boicotassem a reposição das aulas perdidas durante o movimento, prevista para os fins de semana e feriados. Nesta quinta-feira, o governador Antonio Anastasia garantiu o pagamento do 13° salário dos servidores públicos para a primeira quinzena de dezembro.
Fonte: Direito do Cidadã

Professores têm hoje reunião decisiva com o governo


Publicado no Jornal OTEMPO em 16/11/2011
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NATÁLIA OLIVEIRA
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FOTO: CHARLES SILVA DUARTE - 18.5.2011
Manifestação dos professores, que fizeram greve de 112 dias
Os professores vão pedir, em reunião hoje com o governo, a retirada da tramitação em caráter de urgência do projeto de lei nº 2.355/11, que atualiza a política salarial da categoria. Os trabalhadores querem que a votação do projeto seja adiada, até que haja um acordo entre as partes.

A categoria exige que o tempo de serviço e o nível de formação profissional sejam considerados no cálculo do pagamento do piso nacional (de R$ 712, proporcional a uma carga horária de 24 horas semanais).

O governo aposta em um acordo na reunião marcada para as 17h na sede Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Na próxima terça-feira, os professores realizam assembleia, com ameaça de novas paralisações. Neste ano, a rede pública passou 112 dias em greve.

Devido ao caráter emergencial, hoje é o último dia para que o governo faça qualquer alteração ao projeto, em tramitação desde o dia 8. "Esperamos que a votação seja adiada até que haja um acordo. O texto não pode ser votado sem que nossas reivindicações sejam atendidas", disse a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira.

O governo não adiantou o que será apresentado aos professores na reunião de hoje, mas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que fará "ajustes" para chegar a um acordo. Antes da reunião, líderes do governo vão se reunir com deputados para apresentar as propostas.

O Estado apresentou uma primeira proposta de alteração do projeto, que previa um aumento salarial dos professores de 5% a cada nível de escolaridade e de 1% para cada dois anos de serviços prestados. A categoria afirma que o reajuste para categorias como graduação e mestrado deveria ser de 22%, e, pelo tempo de serviço, de 10%.

Estão marcadas para hoje, amanhã e sexta-feira reuniões entre o sindicato e a comunidade escolar. "Vamos discutir com os professores a proposta do governo", disse Beatriz.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Professores.Categoria reclama que Estado não se empenha em atender às reivindicações dos educadores --Nova ameaça de paralisação--


Governo diz que está correndo contra o tempo para mudar projeto do piso
Publicado no Jornal OTEMPO em 15/11/2011
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JOANA SUAREZ
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FOTO: CHARLES SILVA DUARTE - 18.5.2010
Pressão. Durante a greve de 112 dias, professores se reuniram por diversas vezes em assembleias para discutir propostas do Estado
Os professores da rede estadual estão dispostos a não dar trégua ao governo até conseguirem que alterações ao projeto de lei 2.355/11 que atualiza a política salarial da categoria sejam incorporadas à proposta enviada à Assembleia Legislativa. Os servidores marcaram uma nova paralisação para a próxima terça-feira, dia 22. Em pleno período de reposição de aulas, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) cogita ainda a possibilidade de redução de carga horária e novas mobilizações.

Na última quinta-feira, professores fizeram protestos na capital. Essa é a segunda vez depois do fim da greve de 112 dias que a categoria reclama da demora em selar o acordo.

Dois pontos acordados entre governo e servidores e que possibilitaram o fim da greve, em setembro passado, travam a negociação. De um lado, os servidores não abrem mão que o tempo de serviço e o nível de formação profissional sejam incorporados à proposta do Estado para cumprimento do piso nacional proporcional de R$ 712 para carga horária de 24 horas semanais.

Do outro, o governo afirma que está correndo contra o tempo para fazer os ajustes ao projeto e, assim, cumprir o prazo de 45 dias que venceria hoje para que emendas sejam incorporadas ao texto original. O projeto tramita em regime de urgência na Assembleia desde o último dia 8. Com o feriado da Proclamação da República, o Estado ganhou prazo até amanhã para alterar a proposta.
Ontem, através de sua assessoria de imprensa, o Estado informou que a expectativa é de que um acordo seja costurado amanhã, no sétimo encontro da comissão de negociações.

O Estado, no entanto, não adiantou o que poderá ser apresentado aos professores. Até ontem não havia até ontem uma definição sobre o que será alterado no projeto original. Existe até mesmo a possibilidade de retirada da proposta da pauta. Deputados da oposição prometem obstruir as votações até que haja acordo.

Segundo Beatriz Cerqueira, coordenadora do Sind-UTE, o Estado apresentou uma primeira proposta de alteração do projeto, com um plano de carreira que eleva os salários dos profissionais em 5% a cada nível de escolaridade e em 1% para cada dois anos de serviço prestado. "Na carreira estabelecida pela legislação, que demoramos a conquistar, o reajuste por níveis - como graduação e mestrado - é de 22%, e pelo tempo de serviço, 10%", disse Beatriz. O governo tenta um meio-termo e diz que, dessa maneira, o plano de carreira fica inviável.
TEMPORÁRIO
Sindicato: "substitutos continuam no cargo"
A coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira, afirma que alguns professores substitutos, contratados durante a greve da categoria, não foram demitidos, o que descumpriria o acordo feito com o governo no fim da greve.

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) nega a manutenção dos substitutos no cargo e garante que as diretorias das escolas foram orientadas a desligar os temporários assim que os titulares iniciassem a reposição do conteúdo perdido. "Até o último dia 10, instituições de Montes Claros, Unaí, Igarapé, Sabará, Vespasiano e da capital não haviam desligado os substitutos", afirmou Beatriz. A assessoria de imprensa da SEE disse que não tem informações sobre problemas no desligamento dos temporários.

A Escola Estadual Três Poderes, na Pampulha, em Belo Horizonte, confirmou que não demitiu os substitutos, mas não quis se justificar. Na Escola Estadual Pandia Calógeras, no Santo Agostinho, na região Centro-Sul, os profissionais foram desligados no dia 9.

Na semana passada, o sindicato da categoria chegou a orientar os professores que aderiram à greve a suspenderem a reposição por causa da quebra de acordo do governo, mas reconsiderou.(JS)
Veja outros pontos do acordo:
Faltas. Os descontos das faltas por causa da greve relativas ao mês de setembro não serão processados no mês de outubro, mas, sim, em duas parcelas, em dezembro de 2011 e
janeiro de 2012.

Reposições. O pagamento do mês de novembro terá o lançamento das reposições efetuadas em setembro. Já o salário de dezembro terá o lançamento das reposições realizadas em outubro e
o desconto da primeira parcela das folhas de greve de setembro

Integral. O 13º salário
dos servidores da Educação que aderiram à greve será pago integralmente em dezembro.

Substitutos. Definido o calendário de reposição
das atividades escolares, com os ajustes necessários decorrentes do retorno integral dos servidores efetivos, a direção das escolas deve desligar os profissionais substitutos imediatamente.

Aposentadoria e férias. A existência de faltas não impedirá o início do processo de aposentadoria para o servidor estadual que tenha cumprido os requisitos para a aquisição desse benefício. Os funcionários que tinham férias-prêmio programadas e que não aderiram à greve já podem gozá-las. Aqueles que aderiram à paralisação poderão tirar as férias após a reposição das aulas.

Valores.O mesmo valor descontado no pagamento por uma falta será pago ao titular após a reposição, exceto quando
ela tenha sido feita por terceiros

Pressionado, governo afirma que vai mudar projeto do piso - Jornal O Tempo - 11/11/2011


Pressionado, governo afirma que vai mudar projeto do piso
Protestos na saúde ontem afetaram os hospitais de referência na capital
O governo do Estado anunciou ontem que estuda a possibilidade de enviar à Assembleia Legislativa uma emenda ao projeto de lei 2.355 que cria a política de remuneração dos servidores da educação em Minas de modo que o tempo de serviço e a qualificação profissional dos funcionários públicos sejam contemplados no novo plano de carreira.
Em entrevista coletiva à imprensa no fim da tarde de ontem, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, não deu detalhes do que o Estado pretende oferecer à categoria, mas informou que técnicos da secretaria irão trabalhar no feriado de 15 de novembro para cumprir o prazo que vence no dia 16. A proposta do Estado para cumprimento do piso salarial nacional voltou à pauta da Assembleia em regime de urgência no último dia 8 e só pode receber emendas até a próxima quarta-feira. A categoria reclama que a proposta voltou à pauta sem as alterações definidas no acordo que pôs fim à greve de 112 dias, em setembro passado.
O anúncio da emenda foi feito após um dia marcado por paralisações e manifestações de professores, funcionários do setor de saúde e policiais civis e eletricitários.
Renata Vilhena afirmou que o Estado está fazendo cálculos para verificar a possibilidade de criar um plano com valores progressivos de remuneração, além de uma tabela de promoções que encurte o tempo de ascensão na carreira. "O sindicato está deturpando os fatos. Tudo o que foi acordado está sendo cumprido".
Nos protestos de ontem, que mobilizaram principalmente o setor da saúde, três importantes hospitais de Belo Horizonte tiveram suas atividades reduzidas com a paralisação dos servidores.
Pacientes chegaram a esperar até duas horas para serem atendidos. Os serviços funcionaram no limite de 30% da capacidade no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), referência em emergência, no João Paulo II, especializado em pediatria, além da maternidade Odete Valadares. "Nós cumprimos o acordo, estamos batendo as metas e o governo não está fazendo a parte dele que é nos pagar o que foi prometido" disse uma servidora.
Na Polícia Civil, os servidores também reclamam que não receberam em outubro os 5% dos 10% de reajuste salarial prometido em setembro. Uma outra parcela de 5% está prevista para abril do ano que vem. Os funcionários públicos reivindicam também o pagamento dos prêmios por produtividade.
A secretária de Planejamento afirmou que o reajuste de 10% depende de aprovação da proposta na Assembleia e está caminhando dentro do previsto.
Segundo Renata Vilhena, assim que o projeto for aprovado o aumento será concedido de forma retroativa. Sobre o prêmio de produtividade, o governador Antonio Anastasia disse ontem que não há data definida para concessão do benefício.
Comissão
Reunião. Um novo encontro da comissão de negociação dos professores está programada para a próxima quarta-feira. Ontem, representantes do governo e deputados estaduais se reuniram para acertar detalhes da proposta de pagamento do piso.
Agilidade. O deputado Rogério Correia (PT) disse que reivindicou na reunião mais agilidade do governo na apresentação das propostas. "A proposta está travando a pauta da Assembleia. O governo precisa ser mais ágil", justificou o parlamentar.

RESPOSTA
Secretária classifica declarações como "mentirosas" e irresponsáveis
A troca de farpas entre o governo de Minas e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) teve mais um capítulo ontem. A secretária de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, convocou a imprensa e classificou como "mentirosas" e "irresponsáveis" as declarações feitas pelo sindicato. "Eles estão mentindo, causando pânico na categoria e na comunidade escolar", afirmou a secretária. 
A coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, disse que não rebateria as acusações feitas pela secretária de Planejamento e Gestão. "Não vou entrar nesse mérito, (sic) me rebaixar. A única coisa que eu quero é que o governo cumpra com o acordo que foi assinado", disse. 
Ao afirmar que o Estado tem cumprido com as exigências da categoria, Renata Vilhena se mostrou indignada com uma suposta articulação do sindicato para que os professores não cumpram a reposição das aulas.
A secretária disse que tem recebido denúncias de que o Sind-UTE estaria tentando também boicotar o Sistema Mineiro de Avaliação da Educação, utilizado para aprimorar as condições pedagógicas da rede estadual, além de convocar, por meio de redes sociais na internet, uma "operação tartaruga" para o feriado do próximo dia 15, data que faz parte do calendário de reposição. "Isso é um movimento político. O sindicato está preocupado somente com ele e não com a educação", afirmou Renata.
Beatriz Cerqueira disse que as declarações da secretária e do governo comprovam a "perseguição" e a "desvalorização" que a categoria vem sofrendo. Ela considera que toda a morosidade para fechar a proposta é uma estratégia para tentar enfraquecer o sindicato. "O governo tem pagado os dias parados por outras categorias. Mas, com a educação, a história é bem diferente", justificou Beatriz. (CG)
UNIFICADO
Protesto para trânsito na praça Sete
Os protestos dos servidores geraram transtornos no trânsito em vários pontos da capital ontem à tarde. Pelo menos 500 servidores das áreas de educação, saúde e policiais civis saíram em passeata da Assembleia Legisltiva em direção à praça Sete.
Segundo a BHTrans), as avenidas Afonso Pena, Amazonas, do Contorno, Santos Dumont e Paraná foram as mais afetadas e apresentaram trânsito muito lento no fim da tarde. No Complexo da Lagoinha, o tráfego ficou praticamente parado, em ambos os sentidos. Pela manhã, profissionais da saúde manifestaram na área hospitalar. (CG/NO)

sábado, 5 de novembro de 2011

Limites e Respeito na Arte de Educar -A moda impensada da quebra de paradigma



Imagem de mão com dedotes de mãe, pai, filho e animal de estimação

Dia a dia com nossos alunos, passamos a eles muito mais do que os conteúdos de nossas disciplinas, passamos a eles muito do que acreditamos ser moralmente correto, digno e sensato de se fazer.

Contudo, a arte de educar necessita de cautela, pois se corre o risco de agir contra o que a família do aluno está o ensinando, principalmente se nós não concordarmos e, muito mais, se estiver “fora de moda”.

Fala-se muito em mudar e quebrar paradigmas, mas, antes de sair por aí quebrando barreiras à mudança insensata e sem considerar todos os envolvidos e suas devidas consequências, certifique-se de que você está sendo realmente justo em sua balança.

Há, certamente, muito a ser moldado no que tange à educação, mas há muita coisa boa e conceitos familiares advindos dos bons costumes da antiguidade, que não necessitam de nenhum retoque, defendidos, muitas vezes, por organizações religiosas.

Fala-se em igualdade de direitos, mas muitos direitos são ultrajados quando se respeita outro direito de ser, simplesmente, diferente daquilo que está na “moda”.

Alunos de algumas famílias mais religiosas, por exemplo, se a escola não estiver sensível de fato aos direitos de todos independente de serem ou não maioria, podem se sentir desrespeitados em algumas comemorações de datas específicas da cultura brasileira quando acontecem em solo e horário escolar.

Se determinada festa cultural traz em seus formatos algo que não se formata a todos os alunos, é certo que boa parte deles ficará excluída, mesmo em tempos que se fala tanto em igualdade de direitos e deveres.

Ora, é o caso de, então, deixar de ensinar a cultura brasileira ou demais culturas? Acredito que não, mas toda escola comprometida com o bem-estar de todos os seus alunos pode planejar meios de não causar mal-estar a ninguém, respeitando, consequentemente, os valores ensinados pela instituição familiar (por mais diferentes que sejam), dado que a formação do aluno passa pela família, sociedade (participações em igrejas, envolvimento com grupos de amigos...) e escola.

Ora, se apenas alguns “diferentes” são respeitados, logo, há vários outros que são ignorados em sua formação religiosa/moral advinda de suas casas, de suas famílias, não sendo verdadeiro defender algo que não é, em sua essência, para todos.

Respeitar o diferente nada tem a ver com mudar os conceitos de certo e de errado que cada um tem. Contudo, não é isso que se tem visto em muitas escolas hoje em dia, pois, envolvidas com a moda da quebra de paradigmas, impõem, mesmo sem querer, alguns modos de pensar e viver, os quais, por sua vez, advêm de novelas da televisão brasileira.  

As novelas, assim como tantos outros conteúdos televisivos, são pensadas para dar audiência e, para isso, abordam assuntos delicados que nem sempre dão conta de dimensionar o impacto.

Desavisadas, algumas pessoas podem passar para a vida real sentimentos que foram aflorados diante da tela da TV. Sabendo disso, a escola consegue despertar o senso crítico de seus alunos, fazendo-os entender que determinados sentimentos só foram estimulados em determinado contexto de determinada história, a qual foi criada por determinado autor, não precisando ser a opinião regente de ninguém.

Ora, como então exercer o papel de educador em escolas tão repletas de diversidades? A base, certamente, está no respeito não fingido, ensinando a diversidade tal como ela é, ensinando um diferente a respeitar o outro diferente, sem que, com isso, faça pouco dos ensinamentos de seu meio familiar, social e religioso, pois, como já é sabido por todos nós, a formação moral de um aluno passa por todas essas esferas.

Como educadores, podemos apresentar fatos, mas não induzir nossos alunos a pensar do modo que simplesmente está na moda, pois a moda é passageira, mas as suas consequências podem perdurar nas futuras gerações.

Educar não é impor as formas de pensar que estão na moda, mas é mostrar a história da sociedade, os bons caminhos que ela já percorreu e (por que não?) relembrar os bons costumes das famílias de antigamente. Quando se mostra apenas alguns aspectos aos alunos, não se permite a eles criarem e recriarem seu próprio modo de pensar, ação que os tornaria autores conscientes de sua história.

Desta forma, até mesmo as minorias com pensamentos que se diferem de alguns modelos mentais da atualidade têm direito de serem respeitadas em seu espaço e nos conceitos que lhes são ensinados em outras esferas da sociedade, tais como instituição familiar e seus valores, igrejas, grupos de amizades, entre tantas outra.

Erika de Souza Bueno Coordenadora-Pedagógica do Planeta Educação. Professora e consultora de Língua Portuguesa e Espanhol pela Universidade Metodista de São Paulo. Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família. Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Secretaria acerta detalhes para reposição das aulas e desconto de faltas greve


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Em reunião com sindicato, representantes da Educação discutiram também temas como pagamento de 13º e férias-prêmio

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) publica nesta sexta-feira (21/10) no Minas Gerais, diário oficial do Estado, instruções sobre os parâmetros que vai utilizar para regularizar a situação funcional dos profissionais que aderiram à paralisação parcial dos professores. O movimento, iniciado no dia 8 de junho, foi encerrado no dia 29 de setembro. A paralisação atingiu parcialmente o sistema educacional do Estado.
Representantes da Secretaria de Estado de Educação (SEE) e do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) discutiram, em reunião realizada nesta quarta-feira, 19 de outubro, temas como desconto das faltas greve, pagamento do 13º salário, designação de professores e concessão de férias-prêmio estiveram em pauta. A Secretaria enviou hoje às escolas um comunicado com as decisões tomadas na reunião e o Sind-UTE também se comprometeu a enviar um documento com os pontos acordados aos seus filiados.
Secretaria de Educação Ana Lúcia Gazzola em reunião com as dirigentes do SindUTE/MG, Beatriz Cerqueira, Leocini Pereira e Feliciana Saldanha. Foto: Carlos Alberto/SECOM
Ficou decidido que as faltas greve de setembro não serão descontadas na folha de pagamento do mês de outubro, mas divididas em duas parcelas, que só terão impacto nos contra-cheques de dezembro e janeiro. Dessa forma, o servidor terá o desconto das faltas greve que não repostas e o impacto negativo no pagamento será minimizado.
Já o pagamento do 13º salário aos servidores que aderiram à paralisação será feito no mês de dezembro, sem desconto das faltas greve. Essas faltas só serão descontadas ao final do calendário de reposição, caso os dias parados não tenham sido repostos.
Como nem todos os professores terão condições de repor todas as faltas greve que possuem, ficaram estabelecidos os casos em que serão concedidas a anistia. Professores que tiveram aulas repostas por substitutos; que estiverem afastados legalmente durante o período de reposição; que tiverem dois cargos e não conseguirem coincidir os horários de reposição nas duas escolas, tendo que optar por apenas uma; profissionais com impossibilidade de repor devido a remoção ou mudança de lotação ou servidor cuja designação se encerrou durante a paralisação ou antes de completada a reposição não terão impactos na vida funcional. Ou seja, nesses casos as faltas greve não repostas serão descontadas no salário, mas para demais efeitos, como contagem de tempo para aposentadoria, serão consideradas como dias de efetivo exercício.
Reposição
Ficou acertado que, uma vez que o calendário de reposição esteja definido pelo colegiado escolar, a direção de cada escola vai fazer a dispensa dos servidores designados para substituição daqueles que aderiram à paralisação. Os professores titulares terão, portanto, o direito de repor sua carga horária e receberão, após a reposição, o mesmo valor que foi descontado com a falta greve.
Durante a reunião, a Secretaria reforçou seu compromisso de cumprir integralmente o calendário escolar referente ao ano de 2011 nas escolas afetadas pela paralisação. O sindicato, por sua vez, orientou os professores que não começaram a reposição, que o fizessem o quanto antes. "(...)a orientação do Sind-UTE MG é para a categoria iniciar o processo de reposição", diz trecho do documento distribuído pelo Sindicato aos filiados.
A questão das férias-prêmio também ficou acertada. Os servidores que aderiram à paralisação poderão usufruir de suas férias assim que concluírem o processo de reposição das horas/aulas devidas, já aqueles que não paralisaram e tinham férias-prêmio programadas poderão gozá-las normalmente, na data que estava prevista.
Designados
Os professores designados que aderiram à paralisação poderão se candidatar a novos contratos nas escolas da rede estadual de ensino. Esses contratos, contudo, não darão o direito à reposição das faltas que durante o período de paralisação.
Confira o documento que traz os termos do acordo firmado entre o Governo de Minas, através da Secretaria de Educação, e o Sindicato.

Resultado da reunião do Sind-UTE/MG com Secretaria de Estado da Educação


Companheiros (as),
A reunião com a Secretaria de Estado da Educação aconteceu hoje, dia 19/10, de 10h às 19h30min.
O objetivo desta reunião foi discutir as situações funcionais da categoria em função da greve.
Participaram da reunião a Secretária de Estado da Educação Ana Lúcia Gazzola e Antônio Noronha, Subsecretário de Gestão de Recursos Humanos.
ACOMPANHE OS PONTOS DISCUTIDOS E ENCAMINHAMENTOS:
1) Prêmio por produtividade
O sindicato novamente questionou a data para pagamento do prêmio de produtividade. O governo permanece sem data definida para o seu pagamento com a justificativa de dificuldades financeiras.
2) Salário
No que se refere ao salário, o salário pago no mês de novembro será sem qualquer desconto.
O sindicato novamente reivindicou a manutenção dos salários sem nenhum corte. 
Argumentamos a questão humana, de sobrevivência, que o servidor utiliza parte do salário para se deslocar para o trabalho, a insegurança quanto a data de pagamento do prêmio por produtividade (cuja expectativa de recebimento era setembro), a negativa de atendimento do IPSEMG. Mas a posição do governo se manteve a mesma. No início do mês de dezembro haverá o pagamento, com o desconto de metade das faltas de setembro, mas também será feito o pagamento das reposições realizadas em outubro. O mesmo ocorrerá em janeiro.
3) Questões funcionais
Foram acertados os seguintes pontos:
I) o imediato desligamento dos substitutos contratados durante a greve;
II) o designado que aderiu à greve concorrerá a nova designação sem qualquer restrição por ter participado do movimento;
III) As faltas greve não poderão ser transformadas em falta comum;
IV) o valor do pagamento da falta greve  já descontada considerará o fim de semana (descanso semanal remunerado) fazendo com que o mesmo valor descontado seja reposto;
V) o 13º salário será pago integralmente, não sendo feita nenhuma proporção de pagamento em função da falta greve;
V) a falta greve não poderá ser considerada para a avaliação de desempenho mesmo que, até 30/11, não tenha sido concluída a reposição;
VI) a existência de falta greve, mesmo não reposta, não impedirá o início do processo de aposentadoria do servidor desde que tenha cumprido os requisitos para pedi-la, portanto não poderá haver retenção de pedido de afastamento cuja justificativa seja a participação do servidor na greve;
VII) o servidor que aguardou a orientação do sindicato para iniciar o processo de reposição terá o direito de realizá-la (exceto o período já reposto), mesmo que o calendário já tenha sido feito.
Os colegiados escolares são responsáveis por realizar as adaptações necessárias para garantir este direito.
Há diversas situações em que o servidor não conseguirá realizar a reposição. Para estes casos específicos conseguimos a anistia dos efeitos das faltas greve na vida funcional mesmo sem reposição. As situações são as seguintes:
a) Afastamento legal do servidor durante o período de reposição (licença maternidade, médica, férias-prêmio e quaisquer outros afastamentos previstos legalmente);
b) O servidor não consegue repor por ter dois cargos em escolas diferentes e o horário de reposição é simultâneo devendo,quando houver simultaneidade, fazer a opção pela reposição em um dos cargos;
c) Impossibilidade de reposição devido a remoção ou mudança de lotação do servidor;
d) Servidor cujo contrato de designação se encerrou durante a greve, ou antes, de completada a reposição;
e) Aula já reposta através de substituição.
O direito de férias-prêmio teve pouca modificação. A Secretaria admite discutir a situação dos servidores que estão próximos da aposentadoria e, se não usufruírem deste direito em 2011, não terão outra possibilidade. Para isso as Superintendências Regionais de Ensino serão orientadas a realizar este levantamento. Todas as publicações já feitas estão sendo respeitadas, mesmo que o servidor tenha falta greve. Mas nas demais situações não conseguimos avançar. Avaliamos com a SEE que, diante desta postura, haverá um novo "represamento" deste direito em 2012 e conseguimos o compromisso de discutir a alteração do percentual de 20% para o próximo ano.
Não há nenhuma orientação de impedimento para os servidores em ajustamento funcional e quadro administrativo das escolas realizarem a reposição.
Em relação à reposição dos servidores das Superintendências Regionais de Ensino, a Secretaria analisará a situação com as Superintendentes. O sindicato argumentou que é possível repor e que não pode haver tratamento diferenciado na categoria. Aguardamos retorno da Secretaria.
Quanto à dispensa de designado, que aguardou a orientação do sindicato para iniciar a reposição, não houve orientação da SEE para realizar esta dispensa. O Sindicato apresentará cada situação para a solução do caso concreto. Mesma orientação é para as situações em que ocorreram dispensas de extensão de jornada, que também não teve orientação da SEE.
No que se refere ao lançamento da falta comum relativa a  reposição realizada antes do dia 24/10, esta falta será revertida em falta greve possibilitando a sua reposição, uma vez que o servidor aguardou orientação do sindicato.
O IPSEMG se recusa a realizar internação, consultas, exames e demais procedimentos médicos pelo fato do servidor ter sofrido o corte do salário das faltas greve. O sindicato solicitou rápida solução com o imediato reestabelecimento do atendimento. Na reunião que será realizada no dia 24/10, o Governo dará retorno sobre esta demanda.
Todas as questões acertadas serão publicadas através de orientações e Resoluções até sexta-feira, dia 21/10. Os casos omissos serão encaminhados e discutidos pelo Sind-UTE MG junto a Secretaria de Estado da Educação.  Caso haja procedimentos diferentes do que foi discutido com a Secretaria, solicitamos que as subsedes encaminhem imediatamente o relato da situação para através do e-mailsindute@sindutemg.org.br.
Diante do resultado desta reunião e de acordo com a decisão do Comando Estadual de Greve, a orientação do Sind-UTE/MG é para a categoria iniciar o processo de reposição.
O que não conseguimos reverter, discutiremos no Comando Estadual de Greve. A reunião do comando será realizada no dia 29/10 para discutirmos novas estratégias.