Professores da rede pública organizaram uma paralisação nacional nesta terça-feira (16/8) em defesa do cumprimento do piso salarial e da aprovação do Plano Nacional da Educação (PNE). Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), responsável pelo movimento, 20 estados mais o Distrito Federal e 25 municípios aderiam ao protesto.
O piso dos professores no país é de R$ 1.187 (Para a CNTE o valor deve ser R$1.597,87). No entanto, para atingir o valor aprovado, a maioria dos estados e municípios tem considerado bônus e gratificações na contabilização do salário, de acordo com o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão. “Até hoje, a adoção do piso não foi colocada efetivamente em prática. Há gestores que insistem em descumprir a lei”, afirma.
No Ceará, um professor recebe em média R$ 813 por 40 horas semanais. O estado está em greve geral desde 3 de agosto. Em Minas Gerais, a paralisação já dura mais de 60 dias.
Para Roberto Leão, a carreira não é atrativa para que o profissional continue estimulado. “Há falta de professores, porque nenhum jovem quer uma profissão sem perspectivas”, ressalta.
O movimento dos professores também reivindica que o PNE aponte para a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para investimentos na educação, bem como 50% dos recursos do pré sal.
A categoria acredita que uma gestão democrática, com participação da comunidade escolar, é outro ponto que deveria ser ressaltado pelo documento.
Os estados com professores parados são Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. (Portal Aprendiz)
Fonte: CNTE