quarta-feira, 16 de novembro de 2011

MG: Professores e Governo trocam acusações


Após uma trégua de 42 dias, com o retorno dos professores da rede estadual às salas de aula o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE) e o Governo estadual voltaram, nesta quinta-feira, a trocar acusações. A categoria recém saiu da maior greve da história de Minas, iniciada no dia 8 de junho e encerrada em 29 de setembro.
Além de cruzar os braços, os professores realizaram uma assembleia geral, na nesta tarde, quando o sindicato denunciou que o Governo não estaria cumprindo o acordo que determinou o fim da greve, que durou 112 dias. Da mesma forma, a categoria voltou a cobrar o piso salarial na carreira e, para todos os trabalhadores em educação, o pagamento imediato do prêmio por produtividade e restabelecimento do atendimento do Ipsemg.
A passeata nem havia terminado quando a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, convocou uma entrevista coletiva emergencial onde denunciou que o SindUte é que não estaria cumprindo o que foi acordado em setembro.
Sem esconder a irritação, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, denunciou, em entrevista coletiva, que o sindicato estaria convocando, via rede social, os professores para que boicotassem a reposição das aulas perdidas durante o movimento, prevista para os fins de semana e feriados. Nesta quinta-feira, o governador Antonio Anastasia garantiu o pagamento do 13° salário dos servidores públicos para a primeira quinzena de dezembro.
Fonte: Direito do Cidadã

Professores têm hoje reunião decisiva com o governo


Publicado no Jornal OTEMPO em 16/11/2011
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NATÁLIA OLIVEIRA
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FOTO: CHARLES SILVA DUARTE - 18.5.2011
Manifestação dos professores, que fizeram greve de 112 dias
Os professores vão pedir, em reunião hoje com o governo, a retirada da tramitação em caráter de urgência do projeto de lei nº 2.355/11, que atualiza a política salarial da categoria. Os trabalhadores querem que a votação do projeto seja adiada, até que haja um acordo entre as partes.

A categoria exige que o tempo de serviço e o nível de formação profissional sejam considerados no cálculo do pagamento do piso nacional (de R$ 712, proporcional a uma carga horária de 24 horas semanais).

O governo aposta em um acordo na reunião marcada para as 17h na sede Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Na próxima terça-feira, os professores realizam assembleia, com ameaça de novas paralisações. Neste ano, a rede pública passou 112 dias em greve.

Devido ao caráter emergencial, hoje é o último dia para que o governo faça qualquer alteração ao projeto, em tramitação desde o dia 8. "Esperamos que a votação seja adiada até que haja um acordo. O texto não pode ser votado sem que nossas reivindicações sejam atendidas", disse a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira.

O governo não adiantou o que será apresentado aos professores na reunião de hoje, mas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que fará "ajustes" para chegar a um acordo. Antes da reunião, líderes do governo vão se reunir com deputados para apresentar as propostas.

O Estado apresentou uma primeira proposta de alteração do projeto, que previa um aumento salarial dos professores de 5% a cada nível de escolaridade e de 1% para cada dois anos de serviços prestados. A categoria afirma que o reajuste para categorias como graduação e mestrado deveria ser de 22%, e, pelo tempo de serviço, de 10%.

Estão marcadas para hoje, amanhã e sexta-feira reuniões entre o sindicato e a comunidade escolar. "Vamos discutir com os professores a proposta do governo", disse Beatriz.