terça-feira, 28 de setembro de 2010

O desafio da inclusão escolar

A inclusão escolar é uma recomendação baseada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.

Fica a pergunta: Qual a população que já está excluída da escola e que necessita desta recomendação?

É a população formada por pessoas que não conseguiram ser matriculadas por apresentarem diferentes deficiências (visuais, auditivas, da fala, mentais etc) que dificultassem o aprendizado regular. São as pessoas deficientes visuais, auditivas, mentais etc., que necessitam de recursos especiais para o aprendizado natural, apresentado pela maioria da população.

A lei acima tem boa intenção, pois muitos cadeirantes estão excluídos não pela dificuldade de aprendizado, mas de locomoção. Assim como a sociedade ainda é deficiente para atender as demandas dos cadeirantes, a escola também é, pois não apresenta condições físicas satisfatórias, tais como banheiros e refeitórios adaptados ou rampas e facilitações de acesso que possibilitem o seu direito de ir e vir sem depender de terceiros. O descaso de cidadãos sem ética nem civilidade que não respeitam nem as demarcadas vagas de carros a cadeirantes também ocorre na escola. Ou não seria o caso desta exclusão já existir na escola? Há deficiências físicas, como a de voz, a visual e a auditiva, em que as pessoas que as têm apresentam inteligência compatível com o aprendizado escolar, mas necessitam de ajuda de terceiros ou de recursos especiais para o seu aprendizado. Muitas escolas teriam que se adaptar para receber os cadeirantes para não exigir demais a ajuda de terceiros. Acredito no desenvolvimento da cidadania e civilidade de todos os envolvidos na inserção do cadeirante.


Uma sociedade deveria ter a possibilidade de atender a todos os tipos de deficiências. Isso poderia ser feito também na escola, para benefício inclusivo em salas de aula, desde que também houvesse pessoas e/ou recursos auxiliares extras, como a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para surdo-mudos, leitura Braille para cegos etc. Uma pessoa com deficiência deveria freqüentar uma escola regular, desde que contasse também com professores especialmente capacitados.


Para que a citada recomendação fosse à prática diária dos professores em sala de aula seriam necessárias no mínimo duas medidas iniciais:

  1. Acabar com a cultura da expulsão do aluno da escola e da sala de aula. As autoridades pedagógicas que usam deste expediente estão praticando a cultura da exclusão. Esta exclusão escolar alimenta a exclusão social, sejam lá quais forem os motivos nas quais se fundamentem os pedagogos. Antigamente, os leprosos eram excluídos da sociedade por não conhecerem na época os tratamentos que hoje são praticados.

  2. Desenvolver e promover a cultura da inclusão de alunos regularmente matriculados através de medidas de adoção daquele aluno que seria expulso (por não fazer a lição, não estar de uniforme, perturbar o bom andamento da aula, confrontar autoridade pessoal dos pedagogos, etc.). O líder pedagógico e professores em geral poderiam estimular os alunos a adotarem alunos perturbadores. Poderiam acolher colegas voluntários que pudessem funcionar como tutores pessoais dos alunos em defasagem para ajudá-los a serem incluídos.

Não será por uma recomendação legal que os alunos que apresentam algumas deficiências serão incluídos em salas de aulas regulares, pois estes alunos sentir-se-ão mais excluídos se não receberem os cuidados de que realmente precisam. A inclusão será natural quando os professores forem capacitados para trabalharem também com as diferenças pedagógicas já no seu currículo de formação acadêmica ou como atualização obrigatória dos professores já formados.

Içami Tiba

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 26 livro

O desafio da inclusão escolar

Por Içami Tiba

A inclusão escolar é uma recomendação baseada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.

Fica a pergunta: Qual a população que já está excluída da escola e que necessita desta recomendação?

É a população formada por pessoas que não conseguiram ser matriculadas por apresentarem diferentes deficiências (visuais, auditivas, da fala, mentais etc) que dificultassem o aprendizado regular. São as pessoas deficientes visuais, auditivas, mentais etc., que necessitam de recursos especiais para o aprendizado natural, apresentado pela maioria da população.

A lei acima tem boa intenção, pois muitos cadeirantes estão excluídos não pela dificuldade de aprendizado, mas de locomoção. Assim como a sociedade ainda é deficiente para atender as demandas dos cadeirantes, a escola também é, pois não apresenta condições físicas satisfatórias, tais como banheiros e refeitórios adaptados ou rampas e facilitações de acesso que possibilitem o seu direito de ir e vir sem depender de terceiros. O descaso de cidadãos sem ética nem civilidade que não respeitam nem as demarcadas vagas de carros a cadeirantes também ocorre na escola. Ou não seria o caso desta exclusão já existir na escola? Há deficiências físicas, como a de voz, a visual e a auditiva, em que as pessoas que as têm apresentam inteligência compatível com o aprendizado escolar, mas necessitam de ajuda de terceiros ou de recursos especiais para o seu aprendizado. Muitas escolas teriam que se adaptar para receber os cadeirantes para não exigir demais a ajuda de terceiros. Acredito no desenvolvimento da cidadania e civilidade de todos os envolvidos na inserção do cadeirante.

Uma sociedade deveria ter a possibilidade de atender a todos os tipos de deficiências. Isso poderia ser feito também na escola, para benefício inclusivo em salas de aula, desde que também houvesse pessoas e/ou recursos auxiliares extras, como a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para surdo-mudos, leitura Braille para cegos etc. Uma pessoa com deficiência deveria freqüentar uma escola regular, desde que contasse também com professores especialmente capacitados.

Para que a citada recomendação fosse à prática diária dos professores em sala de aula seriam necessárias no mínimo duas medidas iniciais:

Acabar com a cultura da expulsão do aluno da escola e da sala de aula. As autoridades pedagógicas que usam deste expediente estão praticando a cultura da exclusão. Esta exclusão escolar alimenta a exclusão social, sejam lá quais forem os motivos nas quais se fundamentem os pedagogos. Antigamente, os leprosos eram excluídos da sociedade por não conhecerem na época os tratamentos que hoje são praticados.

  1. Desenvolver e promover a cultura da inclusão de alunos regularmente matriculados através de medidas de adoção daquele aluno que seria expulso (por não fazer a lição, não estar de uniforme, perturbar o bom andamento da aula, confrontar autoridade pessoal dos pedagogos, etc.). O líder pedagógico e professores em geral poderiam estimular os alunos a adotarem alunos perturbadores. Poderiam acolher colegas voluntários que pudessem funcionar como tutores pessoais dos alunos em defasagem para ajudá-los a serem incluídos.

Não será por uma recomendação legal que os alunos que apresentam algumas deficiências serão incluídos em salas de aulas regulares, pois estes alunos sentir-se-ão mais excluídos se não receberem os cuidados de que realmente precisam. A inclusão será natural quando os professores forem capacitados para trabalharem também com as diferenças pedagógicas já no seu currículo de formação acadêmica ou como atualização obrigatória dos professores já formados.

Içami Tiba

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 26 livros.


Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando em Pedagogia

Fonte.www. uoleducacao.com.br

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Reportagem: O que as escolas precisam aprender

(Ana Aranha, Revista Época, 23/04/2007, p. 90-96)

A matéria é iniciada com uma parábola bastante conhecida: um cidadão que tivesse dormido por um século e acordasse agora se surpreenderia com tudo, exceto com a escola já que esta seria igual a que ele freqüentou. O que mais impressiona nesta parábola é o fato de não haver exageros.

Aprendemos hoje o mesmo que nossos bisavôs aprendiam, e da mesma forma que eles aprendiam. No entanto, o mundo que nos espera hoje fora dos portões da escola não é o mesmo de antigamente. Como diz a autora da matéria: “há uma década, a força de trabalho era chamada mão-de-obra (...) [hoje] Não é mais a mão e sim a cabeça dos funcionários que interessa”.

Atualmente para ser um bom funcionário não basta ouvir, entender e cumprir. Entrou no processo uma nova etapa: a reflexão. É preciso colaborar com idéias, ter iniciativa. Também não é mais esperado que um funcionário permaneça na mesma função por anos a fio, mesmo porque o mundo de hoje não é estático, e a função que ele desempenha agora pode nem existir amanhã. Assim, o profissional tem que se reciclar constantemente, aprender sempre, rápido e de preferência sozinho. Num mundo repleto de informações, não basta aprender a ler e entender, é necessário refletir, filtrar, criticar, encontrar o que interessa e saber o que fazer com esta informação.

O sociólogo Miguel Arroyo, coordenador do grupo de trabalho montado pelo Ministério da Educação que busca uma revisão nacional da estrutura curricular, diz que é necessário acabar com a divisão por disciplinas na formação do professor e criar cursos em grandes áreas de conhecimento. É uma proposta interessante, principalmente no que diz respeito à interdisciplinaridade, que embora todos concordem ser fundamental para que o aluno relacione as matérias e entenda como o conteúdo de uma disciplina interage com o de outra, não é o que acontece na maioria das escolas. O que vemos nas aulas são disciplinas que parecem existir cada uma para o seu próprio mundo. Isso torna impossível ao aluno trazer o que ele aprendeu na aula para fora da escola, porque são mundos diferentes.

A escola no Brasil tem que sofrer uma revolução. E segundo a reportagem, o exemplo de revolução no ensino mais aplicável ao nosso país é o da Espanha. Lá eles acabaram com o ensino por séries, foi criado um sistema de disciplinas optativas e aulas profissionalizantes, várias disciplinas foram unidas em grandes áreas de conhecimento, aumentaram as horas de aulas para levar a classe a museus, viagens e debates. São grandes as mudanças e o Brasil precisa investir muito em reformas educacionais. Sai caro investir em educação, e sai ainda mais caro não investir.

As novas competências exigidas pelo mercado, e que a escola atual não consegue desenvolver em seus alunos são: 1. pensamento crítico, 2. conexão de idéias (interdisciplinariedade), 3. saber aprender sozinho (autonomia), 4. conviver com pessoas diferentes (acabar com o preconceito), 5. estabelecer metas e fazer escolhas, 6. ter visão globalizada.


Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando em Pedagogia

sábado, 18 de setembro de 2010

O Mito do Aluno Digital

José Carlos Antônio

O uso dos computadores e da Internet nas escolas criou uma infinidade de mitos que, em sua maioria, não apenas não correspondem à realidade como também escondem fatos e intenções. Um desses mitos é o de que o aluno é naturalmente um grande conhecedor da tecnologia e que domina os computadores e a Internet, enquanto que os professores, por sua vez, nasceram sem o “gene digital” e, por isso, estão sempre em desvantagem e sentem-se naturalmente inseguros para usar os computadores e a Internet sem que antes tenham múltiplas capacitações e passem a dominar também essas tecnologias. Será mesmo que esse mito se sustenta diante dos fatos?

Em uma pesquisa desenvolvida com 300 alunos do Ensino Médio de uma escola pública, constatei, por exemplo, que 11% dos alunos não possuíam e-mail, 39% possuíam e-mail, mas não o utilizavam e apenas 50% deles tinham e utilizavam os seus e-mails. Vale lembrar que 100% dos alunos pesquisados dispunham de computadores e acesso à Internet, quer fosse em suas casas, quer fosse na escola.

Analisando as produções textuais desses alunos é fácil perceber que a grande maioria não sabe como utilizar um editor de textos eletrônico, como o Word ou outro qualquer. Eles sabem digitar, mas não sabem formatar o texto, não conseguem alinhá-lo corretamente, não usam o corretor ortográfico de forma eficaz, têm dificuldades para lidar com imagens inseridas no texto ou simplesmente não sabem como as inserir, não sabem usar tabelas, etc., etc. Ou seja, são usuários muito pouco proficientes dos editores de texto. E veja que eu não estou falando aqui da qualidade das produções, dos erros de gramática, ortografia, concordância, regência, fuga ao tema, etc., etc.

Poderíamos listar uma enormidade de itens que esses alunos não dominam, mas a lista seria tão extensa que é mais fácil listar aquilo que eles sabem realmente fazer. Tomando como base as competências de letramento digital (pesquisar, comunicar-se e publicar na Internet) podemos resumir o conhecimento médio dos alunos pesquisados como se segue:

Pesquisar

1. Eles usam o Google como ferramenta quase exclusiva para pesquisa; pesquisam usando uma única palavra de busca ou uma frase muito curta; na maioria das vezes aceitam a primeira indicação feita pelo buscador e retornam como produtos da pesquisa textos inteiros ou trechos muito grandes que copiam e colam diretamente, sem analisá-los, resumi-los ou compreendê-los;

2. Conhecem poucos sites e blogs que contêm material didático ou instrucional (geralmente procuram por trabalhos prontos) e a maioria do material que consultam de forma não orientada diz respeito a jogos, humor, violência, sexo e pornografia;

3. Gostam de pesquisar vídeos no YouTube e em outros sites destinados a armazenar esse tipo de mídia, e buscam mais freqüentemente vídeos de conteúdo humorístico;

Comunicar-se

1. Os alunos usam praticamente apenas dois meios de comunicação na Internet: o Orkut e o MSN; o e-mail é muito pouco usado e menos ainda as listas de discussão e fóruns;

2. A comunicação se dá quase sempre entre os colegas da turma ou da escola e gira em torno dos interesses próprios da idade e do grupo;

3. A comunicação representa a maior parte do tempo de uso dos computadores e da Internet;

4. A linguagem utilizada nas comunicações é a linguagem coloquial, basicamente oral e simplificada por um sistema de códigos e abreviações que se difundiu pela Internet nas salas de bate-papo e posteriormente no MSN e no Orkut;

Publicar

1. Um número muito pequeno de alunos possui blogs ou sites pessoais;

2. Os blogs são temáticos (sobre jogos, poesia, esportes ou algum outro tema do interesse do aluno) e alguns têm ainda o formato de “diários pessoais” que deu origem aos blogs quando eles surgiram;

4. Imagens são publicadas preferencialmente no Orkut, são pessoais ou da turma e referem-se ao cotidiano dos alunos;

5. Vídeos procuram retratar o cotidiano e situações que consideram interessantes, embora sejam muitas vezes vídeos toscos, de mau gosto e ofensivos. Dentre os temas dos vídeos destacam-se: violência local (brigas), traquinagens (que eles chamam de “zueira”), situações constrangedoras envolvendo colegas (e professores) no ambiente cotidiano e registros de festas e eventos locais.

Como podemos ver, um número considerável dos alunos são basicamente analfabetos tecnológicos funcionais, isto é, eles conhecem as tecnologias que lhes permitem pesquisar, comunicar-se e publicar, mas não o fazem com proficiência porque não possuem as competências e habilidades necessárias para tal. Além disso, as ferramentas que eles conhecem são extremamente simples e eles as conhecem de forma superficial.

Do outro lado do universo digital temos os professores. Estes possuem as competências e habilidades que lhes permitem pesquisar, comunicar-se e publicar com proficiência, mas não o fazem porque na maioria das vezes não têm conhecimento das ferramentas e meios disponíveis para fazê-lo por meio da tecnologia digital dos computadores e da Internet. Além disso, o conhecimento superficial das ferramentas torna os professores inseguros, ainda que esse conhecimento superficial seja maior do que o dos alunos.

Embora não disponha de dados estatísticos atuais sobre o grau de inclusão digital dos professores, tenho observado que nos últimos cinco anos o número de professores que utilizam computadores e a Internet para si próprios e como ferramenta auxiliar de ensino tem aumentado consideravelmente. Em uma sala com quarenta professores em que há cinco anos tínhamos apenas dois ou três deles que possuíam endereço de e-mail, hoje verificamos que somente dois ou três ainda não possuem um endereço eletrônico.

Tudo isso sinaliza ainda mais intensamente para a necessidade de uma mudança de paradigma por parte do professor que lhe permita ver no aluno uma possibilidade de parceria na aprendizagem sobre o uso da tecnologia e que, paralelamente, lhe permita uma maior atuação sobre a aprendizagem dos alunos usando as oportunidades e ferramentas que lhe aproximam do cotidiano desses alunos.

Alunos podem aprender a fazer pesquisas com maior proficiência se professores puderem lhes ensinar como fazê-las. Mas professores não poderão fazer isso sem que antes, eles mesmos aprendam a usar as ferramentas tecnológicas disponíveis e que já são utilizadas pelos alunos.

Alunos podem aprender muito sobre comunicação, sobre o uso correto da língua e sobre as diversas outras possibilidades de se comunicarem que vão além da simples troca de mensagens instantâneas e recadinhos do Orkut com seus colegas mais próximos, mas para isso é preciso que professores também saibam se comunicar usando o Orkut e o MSN, que sejam acessíveis pelos alunos e que utilizem esses meios de comunicação com os alunos.

Alunos podem se tornar autores e não apenas usuários de textos, imagens e vídeos. Podem, por exemplo, produzir documentários sobre o “making off” de uma peça teatral na escola, podem criar rádios na Internet, podem criar blogs temáticos sobre assuntos relevantes, podem publicar seus trabalhos originais na rede, enfim, podem contribuir para o crescimento da base de dados da Internet de forma útil e produtiva. Mas para isso é preciso que professores publiquem também, que tenham seus blogs, que participem como autores e inspirem seus alunos; é preciso que professores ajudem seus alunos a dar qualidade ao que eles produzem, que lhes ensinem técnicas, regras e estratégias, enfim, é preciso que os professores estejam inseridos no ambiente de produção de conteúdo para que possam ensinar a produzir conteúdo de qualidade.

Os alunos não participam de capacitações, oficinas e cursos específicos para pesquisar, comunicar-se e publicar na Internet, mas aprendem rapidamente como fazê-los, ainda que o façam sem a qualidade que desejamos. Os professores também podem!

Os alunos não sabem pesquisar, comunicar-se e publicar com proficiência. Os professores já sabem. Os alunos não vão adquirir essas habilidades e competências por si mesmos, mas poderão adquiri-las com a ajuda dos seus professores. Alunos podem ajudar professores a “lidar com a tecnologia dos computadores e da Internet”, mas precisam de professores que lhes ajudem aprender outras coisas que não se resumam a apenas usar a tecnologia, ou seja, alunos precisam de professores que lhes ajudem a desenvolver suas habilidades e competências para a vida, para o mundo, para si próprios e para que possam usar de forma proficiente as ferramentas de que já dispõem e sabem como operar.

Fonte: www.planetaeducacao.com.br

*José Carlos Antonio* é formado em física, professor atuante nas redes pública e particular de ensino há 25 anos, autor de material didático, foi editor de ciências e informática educacional do Jornal eletrônico ZOOM por dez anos, é colaborador do EducaRede desde 2003 e, atualmente, além de lecionar regularmente no Ensino Médio também participa de programas de formação de professores para uso pedagógico das TICs e presta assessorias diversas para institutos e fundações. Você o encontra na Internet em http://www.profjc.


A escola e o multiculturalismo, a interdisciplinaridade e a Articulação entre os conteúdos, competências e habilidades

Cássia Ravena Mulin de Assis Medel

A escola de hoje deve procurar organizar no seu Projeto Político Pedagógico, a intenção de desenvolver o currículo de forma integrada, de maneira que os conteúdos, mesmo que ainda organizados em disciplinas, sejam abordados por temas nas diversas disciplinas, as quais por sua vez, mantêm-se articuladas com a intenção de que o conhecimento construído pelos educandos venha a ajudá-los na análise, interpretação, compreensão e problematização dos fatos e dos fenômenos da realidade complexa em que vivem.

Os conteúdos específicos referentes a cada disciplina são considerados como formas de se desenvolver, nos educandos, competências e habilidades que são desenvolvidas e consolidadas, por processos de ensino-aprendizagem caracterizados pelo diálogo entre temas e conteúdos de uma mesma disciplina, assim como entre as diversas disciplinas entre si.

Atualmente, vivemos numa sociedade que é caracterizada por sua complexidade, e a escola é o local onde os fenômenos sociais e as diversas maneiras e concepções de vida social são trabalhados, analisados e discutidos nas diferentes disciplinas. Desse modo, o educador se vê diante de diferentes desafios, entre os quais, o de encontrar o meio termo entre o desafio à lógica disciplinar e a sistematização dos conteúdos. É necessário o diálogo entre as disciplinas, na construção dessa realidade.

A interdisciplinaridade deve reconhecer o domínio de cada área. Ela deve propiciar as condições necessárias para a coexistência de um diálogo entre as disciplinas. Tem a finalidade de estabelecer uma relação que leve o educando a compreender, processar, pensar, criticar e incorporar os diferentes conteúdos e as ligações entre as disciplinas, permitindo-lhe uma construção coerente e lógica dos conhecimentos adquiridos nas diferentes áreas.

O currículo da escola, deve trabalhar em prol da formação de identidades abertas à esta pluralidade cultural, desafiadoras de preconceitos, numa perspectiva de educação para a cidadania, para a paz, para a ética nas relações interpessoais, para a crítica às desigualdades sociais e culturais.

Para dar conta da formação do cidadão do século XXI, a escola deve estar comprometida em propiciar, através de diversas linguagens, a construção do saber, do conhecimento, preparando o educando para a transformação do mundo. Pela convivência com as diversas manifestações culturais, impregnadas de crenças, costumes e valores, espera-se que cada indivíduo passe a reconhecer e respeitar o direito do outro à diversidade. É necessário que o educador reconheça que a humanidade caracteriza-se pela produção da linguagem como sistema simbólico, que torna possível a construção de referências culturais, o desenvolvimento cognitivo e a formação e circulação de valores; que as diversas formas de expressão dos educandos devem ser respeitadas, em função da sua história de vida.

É necessário que o educador perceba os educandos como cidadãos de hoje, indivíduos que participam em um mundo social, do qual a escola representa apenas uma de suas instâncias. Isso envolve respeitar suas experiências de vida, sua linguagem e seus valores culturais, pois não existem conhecimentos que sejam melhores ou mais legítimos do que outros. Não cabe à escola, desqualificar ou ignorar essas experiências, e sim tentar incorporá-las, a fim de que o educando perceba uma articulação da vida social com seu cotidiano. Ao dar liberdade de expressão aos educandos, a escola permite que estes sejam encorajados a atuar criticamente em outras instâncias do mundo social.

A postura ética e crítica do indivíduo abarca a assimilação e reconstrução dos conceitos, da cultura e do conhecimento público da comunidade social no qual o educando está inserido.

A escola deve desenvolver no educando a capacidade de expressar e comunicar suas idéias, participar e interpretar as produções culturais, intervir pelo uso do pensamento lógico, da criatividade e da análise crítica. Este processo é viabilizado pelas disciplinas que propiciam ao educando o seu crescimento como cidadão consciente e crítico, como inserção social, política e compromisso histórico, além do exercício cotidiano dos seus direitos, deveres, atitudes, condutas, como uma atitude de respeito às diversidades e autoconfiança.

Cássia Ravena Mulin de Assis Medel Pedagoga e escritora. Especialista em Supervisão Escolar. Atua como Orientadora Pedagógica no CIEP 277 João Nicoláo Filho "Janjão", na E. M. Francisca Pinheiro Teixeira, Cantagalo-RJ e no CELC Centro Educacional Labor de Cordeiro. Autora do livro Projeto Político-Pedagógico, Construção e Implementação na Escola, Editora Autores Associados. Consultora Pedagógica e Palestrante.Contatos pelo ravenamedel@yahoo.com.br

Fonte: www.planetaeducacao.com.br


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Aproximação entre candidatos aponta para o acirramento

Hélio Costa tem 38,91% contra 35,81% de seu rival Antonio Anastasia
Publicado no Jornal OTEMPO em 16/09/2010
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CARLA KREEFFT

Pesquisa DataTempo/CP2, realizada entre os dias 11 e 13 de setembro, aponta para uma disputa acirrada pelo governo de Minas. O candidato do PMDB, Hélio Costa, tem 38,90% das intenções de voto contra 35,81% do seu adversário tucano, o governador Antonio Anastasia.


Hélio Costa vence o rival tucano
na simulação de segundo turno

Considerando a margem de erro de 2,16 pontos percentuais para mais ou para menos, há um empate técnico. Na sua pior situação, Hélio Costa tem 36,74% das intenções de voto. E na sua melhor situação, Antonio Anastasia aparece com 37,97% da preferência do eleitorado.

O número de indecisos, pessoas que não sabem em quem votar ou não respondem, é de 18,73%. Nenhum dos outros concorrentes ao governo do Estado alcançou 1% das intenções de voto. Entre eles, a candidata do PSTU, Vanessa Portugal, é quem consegue a melhor pontuação - O,58% das intenções de voto.

Na comparação com a última pesquisa DataTempo/CP2, divulgada em 11 de setembro, Hélio Costa passa de 40,53% das intenções de voto para 38,90%. Já Anastasia sai de 35,26% para 35,81% da preferência do eleitorado.

Confronto de chapas. Quando são apresentadas aos entrevistados as chapas completas (nomes dos candidatos a governador e vice), Hélio Costa e Patrus Ananias (PT) conseguem uma vantagem em relação a Anastasia e Alberto Pinto Coelho (PP) superior à margem de erro. A primeira dupla tem 40,54% das intenções de voto, e a segunda tem 36,82%.

A pesquisa também simulou um segundo turno entre o peemedebista e o tucano. Nessa situação, Hélio vence Anastasia com 42,42% das intenções de voto contra 37,98%.

A disputa fica mais acirrada ainda quando se considera a possibilidade de voto. Perguntados sobre qual a possibilidade de voto em Anastasia, 30,28% dizem que é grande, 20,91% afirmam que é razoável. Somente 20,86% respondem que não há nenhuma possibilidade. Quando a pergunta é sobre a possibilidade de voto em Hélio Costa, 29,42% dizem que é grande, 26,52% afirmam que é razoável. Para 23,13%, não há nenhuma possibilidade de voto.

ANÁLISE
Eleição em Minas está indefinida
O interesse tardio pelas eleições para governador vem aumentando e a eleição ainda continua indefinida, embora Antonio Anastasia demonstre um crescimento gradual, aproximando-se de Hélio Costa. Embora os dados da pesquisa demonstrem a indefinição do vencedor, é incontestável o avanço do candidato da situação. Houve um salto na intenção de voto desde o início da campanha na TV, mas a atual velocidade de crescimento de Anastasia é bem menor.
Antônio de Pádua
Diretor do DataTempo/CP2
IGUAIS
Disputa está apertada também na espontânea

7[NORMAL_A]No" style="color: rgb(0, 0, 0); text-decoration: none; ">No levantamento realizado pelo DataTempo/CP2, na modalidade espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, também há um empate técnico. Nessa situação, o candidato pelo PSDB, o governador Antonio Anastasia, tem 24,81% das intenções de voto. O concorrente pelo PMDB, Hélio Costa, tem 22,97% da preferência do eleitorado. A margem de erro é de 2,16 pontos percentuais.

Dos entrevistados, 40,83% afirmam que estão indecisos, não sabem em quem votar ou não respondem. Outros 5,21% dizem que não conhecem os candidatos.

O ex-governador Aécio Neves (PSDB), embora não seja candidato ao governo, é citado por 1,35% dos entrevistados. Aécio concorre ao Senado. (CK)

Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando em Pedagogia



domingo, 12 de setembro de 2010

. Hélio reafirma seu compromisso com os educadores em Ponte Nova

A 22 dias das eleições, o Instituto DataFolha divulgou mais uma pesquisa em que Hélio Costa é apontado como o primeiro colocado na preferência dos eleitores mineiros. Pelo levantamento, Hélio Costa tem 39% dos votos e o candidato à reeleição tem 36%.

Votos brancos e nulos somam 5% e os eleitores indecisos chegam a 16%.

DataFolha também analisou o cenário para um eventual segundo turno. Hélio Costa venceu mais uma vez e obteve 47% dos votos contra 39% do principal adversário.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 9 de setembro. 1.685 eleitores foram ouvidos. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está protocolado no TRE sob o número 69732/2010.

Fonte:www. HelioPatrus15.com.br

Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando em Pedagogia

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Atendimento Educacional Especializado

O que é? Por quê? Como fazer?

A escola para todos não exclui, acolhe de forma incondicional todo e qualquer aluno. Não os inclui por uma questão meramente filosófica, de solidariedade ou compaixão, mas especialmente por uma questão de direito, que deve ser preservado por pais, professores e por todos nós, cidadãos conscientes de nossos deveres relativos à infância.

Sendo a educação um direito indisponível e do aluno, ele está alinhado a uma série de outros princípios de ordem constitucional e educacional. Há no momento uma grande preocupação relativa à inclusão escolar, dado que existem várias interpretações sobre o que é uma escola para todas as crianças, sobre a exclusão escolar, sobre a inserção dos alunos com deficiência e com altas habilidades nas escolas comuns e sobre o papel da educação especial, como uma das garantias da inclusão desses alunos.Há também muitas versões equivocadas do que a inclusão representa em termos de melhoria da qualidade do ensino das escolas.

A inclusão trouxe a ideia de uma escola para todos e também a consideração do que é a igualdade e as diferenças na escola. Este é um ponto que deve interessar muito aos professores, pois não devemos continuar nos sustentando na máxima aristotélica de “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais”. Tratar desigualmente os desiguais pode cair no “ele não é igual a mim, então pode merecer outro tipo de tratamento”. Por essa máxima, justificam-se as estratificações dentro da sociedade, os agrupamentos, as categorizações existentes no Brasil, no mundo inteiro e que implicam em ações discriminatórias. Uma escola só para crianças pobres, um projeto só para crianças que têm um determinado tipo de problema, uma escola só para alunos com nível elevadíssimo de inteligência, uma só para alunos com deficiência - todas essas iniciativas discriminam e diferenciam para excluir.

As pessoas com deficiência e de outras minorias estão todas resguardadas pela Convenção da Guatemala que é muito clara ao dizer que não podemos diferenciar uma pessoa por uma deficiência e, se temos que fazê-lo, que seja para incluí-la e não para excluí-la. Por exemplo: tenho uma aluna cega que está na pós-graduação fazendo doutorado e precisa de um computador para acompanhar as aulas. Os outros alunos da sala não têm computadores à disposição. Ali existe uma ação discriminatória, mas afirmativa, com vistas a incluí-la no grupo, para que ela possa estar presente e frequentando as aulas com aquela turma. Se um aluno permanece na sala de aula, com os demais colegas, mas tendo um professor para trabalhar com ele, à parte, faz atividades diferentes da turma, tem um currículo adaptado às suas necessidades, temos caracterizado um caso de diferenciação que o exclui. Essa é uma ação discriminatória que diferencia esse aluno pela deficiência, mas não para incluir, pois ele está no mesmo ambiente, mas não está tendo as mesmas oportunidades que os demais alunos estão tendo nessa mesma sala de aula. Diferente da minha aluna da pós-graduação que, mesmo sendo cega, tem os mesmos textos que estão sendo trabalhados pelos outros colegas e ainda pode escolher como o texto deve ser apresentado: em Braille ou digitalizado.

Estas são nuances muito difíceis de serem diferenciadas na cabeça do professor, que entende ensino de qualidade como sendo ensino diferenciado. Ensino escolar é igual para todos, oferecido para um mesmo coletivo e, portanto, não pode ser diferenciado para alguns alunos, na mesma sala de aula. Mas, como os professores querem que a aprendizagem seja homogênea, e que os seus alunos alcancem um mesmo nível de conhecimento, ao finalizarem a 1a, 2aséries etc, a saída que encontram é, no geral, separar os alunos que não conseguem esse feito e submetê-los a um currículo adaptado, a uma avaliação diferente, elaborada para alguns e não para todos os demais da turma. As nuances, repito, são sutis e perigosas e precisamos percebê-las. Se muitos pais e professores não as percebem ainda, nós temos de ensiná-los a fazer essas distinções e a atuar, pedagogicamente, sem discriminações.

Para saber mais, acesse o link da Rede Saci: http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=25894

Por: Maria Teresa Eglér Mantoan Doutora em Educação; Professora da Faculdade de Educação da UNICAMP – São Paulo; Coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade LEPED/Unicamp.

Fonte: www.planetaeducaçao.com.br

Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando em Pedagogia- UFOP


domingo, 5 de setembro de 2010

Independência do Brasil


Independência do Brasil: processo histórico culminado com a proclamação de Dom Pedro I.

A independência do Brasil, enquanto processo histórico, desenhou-se muito tempo antes do príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos nossos laços coloniais às margens do rio Ipiranga. De fato, para entendermos como o Brasil se tornou uma nação independente, devemos perceber como as transformações políticas, econômicas e sociais inauguradas com a chegada da família da Corte Lusitana ao país abriram espaço para a possibilidade da independência.

A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleão e escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmo antes de chegar à capital da colônia, o rei português realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo.

Do ponto de vista econômico, essa medida pode ser vista como um primeiro “grito de independência”, onde a colônia brasileira não mais estaria atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial. Com tal medida, os grandes produtores agrícolas e comerciantes nacionais puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo de prosperidade material nunca antes experimentado em toda história colonial. A liberdade já era sentida no bolso de nossas elites.

Para fora do campo da economia, podemos salientar como a reforma urbanística feita por Dom João VI promoveu um embelezamento do Rio de Janeiro até então nunca antes vivida na capital da colônia, que deixou de ser uma simples zona de exploração para ser elevada à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves. Se a medida prestigiou os novos súditos tupiniquins, logo despertou a insatisfação dos portugueses que foram deixados à mercê da administração de Lorde Protetor do exército inglês.

Essas medidas, tomadas até o ano de 1815, alimentaram um movimento de mudanças por parte das elites lusitanas, que se viam abandonadas por sua antiga autoridade política. Foi nesse contexto que uma revolução constitucionalista tomou conta dos quadros políticos portugueses em agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil à condição de colônia.

Os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes”. Nas Cortes, as principais figuras políticas lusitanas exigiam que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para que legitimasse as transformações políticas em andamento. Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.

A medida ainda foi acompanhada pelo rombo dos cofres brasileiros, o que deixou a nação em péssimas condições financeiras. Em meio às conturbações políticas que se viam contrárias às intenções políticas dos lusitanos, Dom Pedro I tratou de tomar medidas em favor da população tupiniquim. Entre suas primeiras medidas, o príncipe regente baixou os impostos e equiparou as autoridades militares nacionais às lusitanas. Naturalmente, tais ações desagradaram bastante as Cortes de Portugal.

Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco que as benesses econômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam. Dessa maneira, grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I à líder da independência brasileira.

No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento político.

Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.

Essa última medida de Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável. Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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Editado por Adão Maximo Trindade

Especialista ensina a usar o tempo a seu favor e fugir do estresse

ROSANA FERREIRA
Editora-assistente do UOL Estilo Comportamento

Getty Images

Um bom começo é identificar o que atrapalha a rotina

Um bom começo é identificar o que atrapalha a rotina

Gerenciamento de tempo é um assunto em moda, afinal organizar e ter o controle da agenda é um sonho nos estressantes dias de hoje. E o ambiente corporativo é um terreno fértil para o estresse florescer e trazer com ele problemas profissionais, pessoais e de saúde. Segundo informações da American Psychological Association (organização que representa a psicologia nos Estados Unidos da América e no Canadá), mais de 25% das pessoas afirmam que o trabalho é a principal causa de estresse na vida. A boa notícia é que você pode virar o jogo, basta aprender a identificar o problema para depois solucioná-lo.

Enquete: você sabe usar o seu tempo?

A gestão do tempo pessoal, entretanto, não tem uma receita pronta, mas caminhos que levam a uma melhor administração das atividades ao longo do dia. Um bom começo, segundo o especialista em administração de tempo e produtividade Christian Barbosa, autor dos livros “Tríade do Tempo” e “Você, Dona do Seu Tempo”, entre outros, é descobrir quais os métodos que atrapalham a gestão.

Você sabe usar a tecnologia?
Ela foi feita para facilitar a vida, porém quem não sabe usá-la pode experimentar o efeito contrário. Para o especialista, a avalanche de tecnologia na vida das pessoas pode, muitas vezes, tirar a atenção do foco. “O melhor é estipular um horário para checar e-mails e as redes sociais, como Twitter, Facebook e Orkut. Tire sinais de alerta quando chega uma mensagem, para não dispersar”, recomenda Barbosa.

Você planeja o dia?
Isso não é suficiente, pois já é tarde demais: as tarefas do dia são a prioridade. Segundo Barbosa, o planejamento deve ser feito com antecedência. “Isso significa que você deve pensar nas suas atividades, no mínimo, dos próximos três dias. Caso contrário, será difícil reduzir as urgências previsíveis.”

Você anota o que precisar fazer no dia?

Não? Então é muito provável que urgências e esquecimentos façam parte da sua rotina. “Isso porque é muito mais fácil e produtivo planejar algo que se consiga visualizar claramente e assim desenhar sua estratégia de execução”, diz Barbosa. Isso mesmo, precisa ser real: compre um caderno, uma agenda ou use um software específico para anotar suas demandas. Não dependa somente da memória.

Você usa calendário para anotar tarefas diárias?
Se respondeu sim, repense seus conceitos. De acordo com Barbosa, o calendário impõe horários inflexíveis, sem espontaneidade. “Seu dia possui tarefas para serem executadas, mas não um horário pré-determinado com hora de início e término”, diz o especialista. Portanto, o melhor a fazer é agendar tarefas ao longo do dia, com a possibilidade de realocá-las de acordo com o andamento das atividades. Uma boa opção é gerenciar por de prioridade.

Você começa a segunda-feira com o pé esquerdo?
Isso pode significar que a semana inteira está comprometida. “Se você perder o controle das atividades no primeiro dia e não recuperar na terça, dificilmente conseguirá manter o planejamento”, avisa o especialista em gestão de tempo. Além disso, pode bater aquele sentimento de improdutividade por não ser capaz de finalizar tudo que desejava.

Editado por: Adão Maximo Trindade / Graduando em pEdagogia-UFOP


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Em MG, Hélio Costa tem 40%, e Anastasia, 35%, aponta Datafolha

Levantamento foi realizado na terça (31) e na quarta-feira (1º).

Margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos

INTENÇÃO DE VOTO PARA O GOVERNO DE MG%
Resposta estimulada e única
Hélio Costa (PMDB)40
Antonio Anastasia (PSDB)35
Vanessa Portugal (PSTU)1
Fabinho (PCB)1
Professor Luiz Carlos (PSOL)1
Pepê (PCO)1
Zé Fernando Aparecido (PV)1
Edilson Nascimento (PT do B)1
Em branco/ nulo/ nenhum4
Não sabe15
Fonte: Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (3) pelo jornal Folha de São Paulo mostra o candidato do PMDB ao governo de Minas Gerais, Hélio Costa, com 40% das intenções de voto, contra 35% do candidato do PSDB, Antônio Anastasia.

Os demais candidatos (Professor Luiz Carlos, PSOL; Fabinho, PCB; Vanessa Portugal, PSTU; Zé Fernando Aparecido, PV; e Edilson Nascimento, PT do B) atingiram 1% das intenções de voto cada um. Pepê (PCO), foi citado mas não atingiu 1%.

De acordo com a pesquisa, brancos e nulos totalizaram 4% e os que não sabem, 15%.

A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Levando em consideração a margem de erro, Costa pode ter entre 38% e 42%, e Anastasia, entre 33% e 37%.

Foram realizadas 1.652 estrevistas na terça-feira (31) e na quarta-feira (1º). A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) com o número 66737/2010.

Fonte G1.com.br