domingo, 5 de setembro de 2010

Independência do Brasil


Independência do Brasil: processo histórico culminado com a proclamação de Dom Pedro I.

A independência do Brasil, enquanto processo histórico, desenhou-se muito tempo antes do príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos nossos laços coloniais às margens do rio Ipiranga. De fato, para entendermos como o Brasil se tornou uma nação independente, devemos perceber como as transformações políticas, econômicas e sociais inauguradas com a chegada da família da Corte Lusitana ao país abriram espaço para a possibilidade da independência.

A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleão e escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmo antes de chegar à capital da colônia, o rei português realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo.

Do ponto de vista econômico, essa medida pode ser vista como um primeiro “grito de independência”, onde a colônia brasileira não mais estaria atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial. Com tal medida, os grandes produtores agrícolas e comerciantes nacionais puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo de prosperidade material nunca antes experimentado em toda história colonial. A liberdade já era sentida no bolso de nossas elites.

Para fora do campo da economia, podemos salientar como a reforma urbanística feita por Dom João VI promoveu um embelezamento do Rio de Janeiro até então nunca antes vivida na capital da colônia, que deixou de ser uma simples zona de exploração para ser elevada à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves. Se a medida prestigiou os novos súditos tupiniquins, logo despertou a insatisfação dos portugueses que foram deixados à mercê da administração de Lorde Protetor do exército inglês.

Essas medidas, tomadas até o ano de 1815, alimentaram um movimento de mudanças por parte das elites lusitanas, que se viam abandonadas por sua antiga autoridade política. Foi nesse contexto que uma revolução constitucionalista tomou conta dos quadros políticos portugueses em agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil à condição de colônia.

Os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes”. Nas Cortes, as principais figuras políticas lusitanas exigiam que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para que legitimasse as transformações políticas em andamento. Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.

A medida ainda foi acompanhada pelo rombo dos cofres brasileiros, o que deixou a nação em péssimas condições financeiras. Em meio às conturbações políticas que se viam contrárias às intenções políticas dos lusitanos, Dom Pedro I tratou de tomar medidas em favor da população tupiniquim. Entre suas primeiras medidas, o príncipe regente baixou os impostos e equiparou as autoridades militares nacionais às lusitanas. Naturalmente, tais ações desagradaram bastante as Cortes de Portugal.

Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco que as benesses econômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam. Dessa maneira, grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I à líder da independência brasileira.

No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento político.

Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.

Essa última medida de Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável. Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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Editado por Adão Maximo Trindade

Especialista ensina a usar o tempo a seu favor e fugir do estresse

ROSANA FERREIRA
Editora-assistente do UOL Estilo Comportamento

Getty Images

Um bom começo é identificar o que atrapalha a rotina

Um bom começo é identificar o que atrapalha a rotina

Gerenciamento de tempo é um assunto em moda, afinal organizar e ter o controle da agenda é um sonho nos estressantes dias de hoje. E o ambiente corporativo é um terreno fértil para o estresse florescer e trazer com ele problemas profissionais, pessoais e de saúde. Segundo informações da American Psychological Association (organização que representa a psicologia nos Estados Unidos da América e no Canadá), mais de 25% das pessoas afirmam que o trabalho é a principal causa de estresse na vida. A boa notícia é que você pode virar o jogo, basta aprender a identificar o problema para depois solucioná-lo.

Enquete: você sabe usar o seu tempo?

A gestão do tempo pessoal, entretanto, não tem uma receita pronta, mas caminhos que levam a uma melhor administração das atividades ao longo do dia. Um bom começo, segundo o especialista em administração de tempo e produtividade Christian Barbosa, autor dos livros “Tríade do Tempo” e “Você, Dona do Seu Tempo”, entre outros, é descobrir quais os métodos que atrapalham a gestão.

Você sabe usar a tecnologia?
Ela foi feita para facilitar a vida, porém quem não sabe usá-la pode experimentar o efeito contrário. Para o especialista, a avalanche de tecnologia na vida das pessoas pode, muitas vezes, tirar a atenção do foco. “O melhor é estipular um horário para checar e-mails e as redes sociais, como Twitter, Facebook e Orkut. Tire sinais de alerta quando chega uma mensagem, para não dispersar”, recomenda Barbosa.

Você planeja o dia?
Isso não é suficiente, pois já é tarde demais: as tarefas do dia são a prioridade. Segundo Barbosa, o planejamento deve ser feito com antecedência. “Isso significa que você deve pensar nas suas atividades, no mínimo, dos próximos três dias. Caso contrário, será difícil reduzir as urgências previsíveis.”

Você anota o que precisar fazer no dia?

Não? Então é muito provável que urgências e esquecimentos façam parte da sua rotina. “Isso porque é muito mais fácil e produtivo planejar algo que se consiga visualizar claramente e assim desenhar sua estratégia de execução”, diz Barbosa. Isso mesmo, precisa ser real: compre um caderno, uma agenda ou use um software específico para anotar suas demandas. Não dependa somente da memória.

Você usa calendário para anotar tarefas diárias?
Se respondeu sim, repense seus conceitos. De acordo com Barbosa, o calendário impõe horários inflexíveis, sem espontaneidade. “Seu dia possui tarefas para serem executadas, mas não um horário pré-determinado com hora de início e término”, diz o especialista. Portanto, o melhor a fazer é agendar tarefas ao longo do dia, com a possibilidade de realocá-las de acordo com o andamento das atividades. Uma boa opção é gerenciar por de prioridade.

Você começa a segunda-feira com o pé esquerdo?
Isso pode significar que a semana inteira está comprometida. “Se você perder o controle das atividades no primeiro dia e não recuperar na terça, dificilmente conseguirá manter o planejamento”, avisa o especialista em gestão de tempo. Além disso, pode bater aquele sentimento de improdutividade por não ser capaz de finalizar tudo que desejava.

Editado por: Adão Maximo Trindade / Graduando em pEdagogia-UFOP