quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Para professores, ausência da família aumenta problemas em sala de aula.

Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual

Publicado em 24/08/2010, 16:02

Última atualização em 26/08/2010, 14:54

Para professores, ausência da família aumenta problemas em sala de aula

Professores temem que ausência da família transforme escola em "depósito de crianças" (Foto: Mateusz Stachowski/Sxc.hu)

São Paulo - Uma certa confusão ronda a educação. O que é responsabilidade de quem parece que é uma grande dificuldade para pais e mestres.

Os professores chamam atenção para a falta de participação de pais ou responsáveis na vida escolar das crianças e a transferência de responsabilidade da educação informal, aquela que acontece no ambiente doméstica e a partir do convívio familiar - para a escola.

Para o professor Tomé Ferraz, das disciplinas de física e matemática da rede pública estadual e municipal, a escola transformou-se em "depósito de crianças" e os professores seriam "babysitters"(babás) de luxo.

As crianças da geração conhecida como "Y", parece que já nascem "conectadas" na informática e é difícil convencê-las a prestar atenção à aula ou valorizar a educação propiciada pela escola. Parte das aulas é perdida em pedidos de atenção à aula ou para desligar o "Ipod", descreve o docente. "Eles não têm só celular, eles têm uma verdadeira tevê e levam para a sala de aula", condena.

Lidar com essa nova face da infância e da adolescência é cada vez mais difícil sem a colaboração das famílias, indica. "A família participa pouco da vida da criança, sobra tudo para a escola", reflete Tomé.

"Eu vou ensinar a pensar, sou uma professora à antiga, comer com garfo e faca é responsabilidade de pai e mãe", declara Rosana Almeida, professora de sociologia.

"Realmente não entendo como os pais, por mais simples que sejam, não tenham consciência de que é preciso valorizar a lição de casa, dar um abraço, acompanhar pelo menos um pouco o filho", indigna-se Jaime*, da área de Geografia.

Rosana Almeida, professora de sociologia, conta que adora dar aula, mas não pode ser responsável pela educação familiar. "Eu vou ensinar a pensar, sou uma professora à antiga, comer com garfo e faca é responsabilidade de pai e mãe", declara.

Segundo Cristina*, professora de biologia, a família ou a ausência dela "pesa muito". "Na cabeça dos pais, parece que agora a escola é obrigada a dar toda a educação", adverte. "Eu vejo o aluno um hora por dia, por mais vontade que eu tenha, há 35 precisando de atenção, que eu não posso abandonar", alerta.

* Os nomes de alguns entrevistados foram alterados a pedido dos professores.

Fonte: www.redebrasilatual.com.br

Editado: Adão Maximo Trindade - Graduando em Pedagogia - UFOP




sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Gerência escolar: diretor, administrador ou gestor?

A diferença entre ser diretor, administrador ou gestor escolar não está apenas no nome, mas no conceito que dá sentido a cada uma destas funções. O atual gestor já foi denominado diretor ou administrador escolar; mas em determinado momento, contudo, percebemos que tais termos não eram suficientemente rigorosos para definir as funções desse profissional. Então, hoje consideramos que o termo “gestor” seja mais adequado para definir o perfil do profissional que procuramos.

A escola historicamente estabelecida no Brasil tinha uma estrutura hierárquica verticalizada e rígida, onde o diretor usava “mão de ferro” para manter a organização instituída.Sua opinião era uma ordem e sua presença representava a emanação da autoridade do Estado. A ele cabiam todas as decisões e, por conseguinte, o destino dos colaboradores. Pautada em um currículo linear e fechado, a escola não precisava comunicar-se com seu entorno e, em uma relação assimétrica de poder, o diretor decidia os rumos cotidianos dos afazeres dos docentes, funcionários e alunos.

Uma escola tecnicista solicitava um administrador cuja competência era estabelecer metas e alcançá-las. Para isso, encaminhava os processos e fazia com que caminhassem em uma direção preestabelecida. Metaforicamente, era o profissional responsável pelo bom desempenho dos funcionários. Isso porque se cada engrenagem cumprisse seu papel, a missão da máquina administrativa estaria realizada e o administrador apresentaria resultados favoráveis a quem lhe confiara tal tarefa.

Porém, preocupado demais com tarefas burocráticas como planilhas, cadernetas, médias, livro de ponto e múltiplos ofícios, o administrador geralmente negligenciava o trabalho pedagógico e o acompanhamento dos recursos humanos, relevando para segundo plano a tarefa de liderar uma equipe de trabalho.

Os gestores, ao contrário, são capazes de compreender o complexo cenário escolar, participar dele, enxergar e projetar ações e resultados futuros. Enquanto o planejamento administrativo se faz por meio de elaboração de estratégias, os projetos dos gestores compreendem duas dimensões – uma estratégica e outra tática –, com o objetivo de favorecer o envolvimento de todos os sujeitos da escola.

Sem abrir mão de administrar, um gestor envolve-se, sobremaneira, com seus colaboradores, conseguindo, assim, resultados coletivos. Ele nunca decide sozinho, mas apresenta seu ponto de vista e aceita outras sugestões. Entretanto, suas deliberações não são apenas resultado de parecer ou consenso grupal, já que um gestor tem autonomia para agir rapidamente em determinadas circunstâncias e não tem medo de correr riscos, porque tem capacidade para justificar suas decisões.

Caracterizando-se como líder, ele tem a capacidade de construir relações. É assertivo, persuasivo, empático, democrático e flexível, estando sempre aberto a novas ideias. Não teme a perda da autoridade, pois tem convicção de que o respeito não se dá pela imposição, mas pelo reconhecimento de seus colaboradores, que seguem suas orientações não por obediência, mas porque acreditam em suas propostas e confiam em sua visão.

Neste sentido, não necessitamos mais de um diretor autoritário nem de um administrador, precisamos de gestores imbuídos de realizar o sonho possível: a construção de uma escola “instituinte”, mais próxima da vida e do tempo presente, que incorpore como autores os sujeitos que a fazem acontecer.

Por: Francisca Romana Giacometti Paris é Diretora pedagógica do Agora Sistema de Ensino, pedagoga e mestre em educação e ex-secretária de Educação de Ribeirão Preto (SP).

Fonte:www.planetaeducacao.com.br

Acessibilidade e Inclusão para Todos

Desde a promulgação da Constituição Federal em 1988, não se pode falar, no Brasil, ao menos em teoria, em cidadãos com direitos menores ou oferecimento de oportunidades e serviços só para alguns, incluindo aqui os direitos humanos das pessoas com deficiência.

As especificidades das pessoas com deficiência são muitas vezes “invisíveis” para os planejadores, arquitetos, urbanistas e para a maioria da sociedade, que por ausência de convívio ou porque as pessoas com deficiência ficam “presas” dentro de casa e, portanto não são vistas pela comunidade, deixando de ser reconhecidas como parte dela.

Como não foram incluídas como parte da comunidade perdem o “direito” de ter acesso a bens e serviços. O problema de falta de acesso deixa de ser prioritário para uma solução coletiva, sendo transferido para a própria pessoa a responsabilidade de solucioná-lo, mesmo que esse segmento da população seja equivalente a 14,5% da população brasileira, de acordo com o Censo Demográfico de 2000.

Particularmente para as pessoas com deficiência, a acessibilidade é um dos itens de maior importância para o pleno respeito a suas individualidades, uma vez que a deficiência é só mais uma característica de muitos seres humanos.

A ausência de acessibilidade reforça preconceitos e, em muitos casos, transfere a “deficiência” do ambiente para a pessoa, como se o problema fosse à presença daquela pessoa e não a escada ou a porta estreita ou todas as demais barreiras existentes.

Não se pode falar hoje em cidades que não abriguem a diversidade. Logicamente, pela dinâmica urbana, a cidade, como lugar de vários acontecimentos, está em constante modificação pela influência dos habitantes que ali vivem. Sabe-se que as cidades são formadas e habitadas por diferentes pessoas, sendo constantemente (re)construídas em uma constante luta para que abrigue as diferenças e as contradições entre todos os indivíduos.

Nessa ótica, está incluída a importância da acessibilidade para as pessoas com deficiência, que também habitam a cidade e utilizam o espaço urbano para suas atividades diárias, como todos os cidadãos.

Importante reforçar que o espaço da cidade precisa ser entendido tanto como condição material, quanto imaterial, que abriga as questões culturais e as atitudes da população, além da diversidade humana e das diferentes práticas espaciais.

A legislação brasileira, em todos os níveis — federal, estadual e municipal — anuncia uma intensa proteção para as pessoas com deficiência e, se dependesse apenas da lei, o Brasil seria um país perfeito, sem grandes desigualdades sociais, regionais, econômicas e urbanísticas, no que se refere à acessibilidade.

No entanto, é óbvio que a lei, por si só, não resolve muitos dos aspectos práticos que envolvem o convívio de todos, ou seja, há um distanciamento entre a previsão legal e a vida dos cidadãos e, para as pessoas com deficiência, esses desencontros são, muitas vezes, fatores de exclusão.

Diversas dessas dificuldades práticas têm relação com questões políticas, ideológicas e de (re)organização do espaço, sendo que muitas poderiam ser resolvidas com vontade política e gestão, concretizada por políticas públicas, de uma cidade para todos.

Lutamos para que a inclusão seja a tônica da democracia e que todas as pessoas sejam respeitadas em suas diferenças, onde quer que se encontrem, independentemente de qualquer deficiência, pois a acessibilidade, mais que um dever, pode facilitar a dignidade humana, a qualidade de vida e o exercício da cidadania no cotidiano das cidades.

É fato que, por determinação constitucional, as pessoas com deficiência são cidadãs e precisam de acessibilidade ao espaço, para terem qualidade, dignidade e independência em suas vidas. Essa cidadania, apesar de ser óbvia e também de estar em consonância com a lei, muitas vezes, é desrespeitada, por exemplo, por falta de acesso e/ou existência de barreiras diversas, como as arquitetônicas, as culturais, as econômicas, as atitudinais, entre outras.

Mesmo com todas as barreiras encontradas e com muitas ausências de aplicação da lei, as pessoas com deficiência vivem nesses espaços e constroem estratégias para exercer sua cidadania. Este assunto não interessa apenas às pessoas com deficiência, pois a acessibilidade facilita a vida de toda a coletividade, uma vez que a idéia principal é que todos possam utilizar e usufruir os serviços e oportunidades disponibilizadas para a população, sem que barreiras interfiram no processo e que excluam pessoas.

Exemplo: quem, a não ser o/a incorporador/a imobiliário ou o/a construtor/a, prefere um banheiro apertado, ao invés de um com maior espaço interno?

Existem necessidades específicas para as pessoas com deficiência, mas a existência de dispositivos de acessibilidade facilita a vida de todos os habitantes de uma cidade, posto que todos podem utilizá-los e, realmente, os utilizam, sem que, muitas vezes, tenham conhecimento deste fato. Um exemplo disso é o sinal sonoro em elevadores, inicialmente necessário para que as pessoas com deficiência visual soubessem que ele estava naquele andar, que passou a servir também como alerta para todas as pessoas que o utilizam. Ou seja, garantir que a acessibilidade seja uma constante nas cidades significa torná-las mais humanas e diretamente construídas para as pessoas, visto que isto está intimamente ligado ao conceito de dignidade e de qualidade de vida.

Fonte: Ana Paula Crosara de Resende Advogada, reside em Uberlândia, Ministra Aulas em Cursos de Extensão e de Especialização. Responsável pelo Quadro Semanal “De Igual para Igual”, as terças-feiras, das 11h às 12h, na Rádio Universitária da Universidade Federal de Uberlândia. O quadro faz parte do Programa “Trocando em Miúdos”, um jornalístico de entrevistas e debates sobre assuntos da atualidade e de interesse da comunidade. Site da Rádio: http://www.universitariafm.ufu.br/ e sua freqüência é 107, 5 MHz

O Papel da Informática Educacional

A Informática Educacional é um benefício que chegou com o intuito de facilitar o processo de ensino-aprendizagem ao mesmo tempo em que promove a inclusão dos alunos no mundo da tecnologia, fornecendo uma ferramenta altamente atrativa, pois é mais fácil “prender” a atenção dos educandos.

O saber e o conhecimento pedagógicos do professor são imprescindíveis para que o resultado seja satisfatório em relação ao efetivo aprendizado do aluno.

Por mais elaborada que seja a atividade, sabemos que a máquina jamais irá substituir o professor, porém, como ainda não existe capacitação em tecnologia para todos os profissionais que atuam na área da educação, é imprescindível a presença de um mediador de informática para solucionar problemas técnicos e para auxiliar o professor na criação de atividades específicas.

A Informática Educacional está à disposição de professores e alunos, sendo que as aulas no laboratório de informática devem ser a extensão das aulas ministradas em sala de aula.

Desta forma, o professor deve expor ao mediador de informática os conteúdos que deverão ser trabalhados, possibilitando, assim, a criação de atividades que atinjam a expectativa dele em relação ao trabalho que está sendo realizado em sala de aula, visando sanar as dificuldades enfrentadas por seus alunos.

A informática educacional aliada às práticas pedagógicas trabalha a leitura, a escrita, o raciocínio lógico, o cálculo mental ao mesmo tempo em que os alunos se familiarizam com os programas, aplicativos e softwares, sendo possível a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades tecnológicas.

É possível, ainda, utilizar materiais concretos e lúdicos em conjunto à informática educacional para que o aluno interiorize os conceitos que estão sendo transmitidos, pois especialmente durante os primeiros anos, na fase da alfabetização, os educandos interiorizam o conhecimento por meio do tato.

A Informática Educacional proporciona ao educando o aumento das possibilidades de desenvolvimento das habilidades educacionais, tornando as atividades realizadas pelo lúdico uma grande aliada no trabalho com a coordenação motora, desenvolvendo a atenção e o raciocínio lógico.

A Informática possibilita, ainda, a aquisição do conhecimento em relação à localização das letras no teclado e promove o correto manuseio do mouse.

Fonte: Lucinéia Rodrigues - Licenciatura Plena em Pedagogia. Mediadora da Formação de Educadores do município de Taboão da Serra.

Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando : Licenciatura em Pedagogia - UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto - Minas Gerais

Capacitando em :

  • Tecnologia Assistiva, Projetos e Acessibilidade: Promovendo a Inclusão - UNESP - Universidade Estadual Paulista - Sâo Paulo - SP (Plataforma Freire - MEC/SEESP/UNESP )
  • Praticas Educacionais Inclusivas : Deficiência Intelectual - UNESP - Universidade Estadual Paulista - São Paulo - SP( Plataforma Freire - MEC/SEESP/UNESP )
  • Direitos Humanos e Mediação de Conflitos - ITS-BRASIL- Instituto de Tecnologia Social do Brasil - São Paulo - (Plataforma Modle - MEC/SEESP/ITS)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Hélio Costa tem 43% na disputa pelo governo de MG, diz Datafolha

Atual governador, tucano Antonio Anastasia aparece com 17%.
Margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Do G1, em São Paulo e Brasília


O senador e ex-ministro Hélio Costa (PMDB) lidera com 43% a disputa pelo governo de Minas Gerais, e o atual governador Antonio Anastasia (PSDB) tem 17%, de acordo com pesquisa Datafolha encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo” (veja ao lado as taxas de intenção de voto de todos os candidatos).

O levantamento é o segundo realizado pelo Datafolha depois da oficialização das candidaturas. Foi feito de segunda-feira (9) a quinta-feira (12), com 1.264 entrevistas em 51 municípios.

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número 59520/2010.

Em um eventual segundo turno entre Hélio Costa e Anastasia, o peemedebista venceria o tucano por 54% a 22%, de acordo com o Datafolha.

Em relação ao primeiro turno, o cenário da pesquisa mostra estabilidade. Na sondagem realizada pelo instituto em julho, Hélio Costa tinha 44% e Anastasia 18%. Vanessa Portugal (PSTU) manteve 2% nas duas pesquisas. Professor Luiz Carlos (PSOL) tinha 2% e agora tem 1%, enquanto Fabinho (PCB) passou de 1% para 2%. Pepê (PCO), Zé Fernando Aparecido (PV) e Edilson Nascimento (PT do B) registraram 1% cada um nas duas pesquisas

Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando : Licenciatura em Pedagogia - UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto - Minas Gerais

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Eleições - Professor faz Balanço das Propostas dos Presidenciáveis para a Educação

Multimídia

Ouça entrevista com balanço das propostas dos presidenciáveis para a educação.


Para saber como a educação aparece nos programas de governo dos candidatos à presidência, o Observatório da Educação entrevistou Carlos Roberto Jamil Cury, professor da Universidade Federal de Minas Gerais e da PUC de Minas Gerais.

Para Cury, as propostas são genéricas, e não explicitam ações concretas. Por exemplo, os candidatos não dizem como vão fazer cumprir a Emenda Constitucional 59, que determina a obrigatoriedade do ensino dos 4 aos 17 anos, nem de que forma vão aumentar os recursos para atender a essa demanda.

O professor Jamil Cury falou ainda sobre as especificidades dessas eleições em relação à educação. Segundo ele, os oito anos de governo Lula trouxeram mudanças importantes na legislação educacional brasileira, e os eleitores devem estar atentos à necessidade de continuidade de algumas políticas.

Ouça na íntegra abaixo:

aperte a tecla verde para ouvir a entrevista

... ou clique aqui para baixar em mp3


Fonte:www.observatoriodaeducacao.org.br

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A Obrigatoriedade do Ensino no Brasil

Com os avanços na legislação, o Brasil visa garantir uma escolaridade cada vez maior para seus cidadãos.

O tempo de duração da escolaridade obrigatória no Brasil vai aumentar. Em novembro do ano passado, foi promulgada aEmenda Constitucional (EC) 59, que estabelece o prazo até 2016 para sua progressiva implementação nas redes. Até lá, todos os sistemas de ensino têm de se adequar, conforme parâmetros a ser estipulados pelo Plano Nacional de Educação, para oferecer "Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria".

Com essa mudança, os brasileiros terão direito a 14 anos de ensino gratuito. Aos poucos, o país está ampliando o período mínimo pelo qual seus cidadãos, por lei, devem permanecer nos bancos escolares. Para recordar: até 1971, o ensino obrigatório e gratuito era de apenas quatro anos - o então chamado curso primário. Após 1971, passou a ser de oito anos e, em 2010, de nove, com a decisão de iniciar o Ensino Fundamental aos 6 anos de idade.

Dada a obrigatoriedade em vigor hoje (nove anos), o Brasil se equiparou a muitos países da Europa, que têm entre nove e 11 anos de Educação assegurada pelo Estado. Com o texto da EC 59, nosso país vai ultrapassá-los, se considerarmos a legislação. Na prática, porém, um europeu tem cerca de 17 anos de escolarização durante a vida. Ou seja, estuda mais do que o mínimo previsto em lei.

Por aqui, infelizmente, isso não acontece. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um adulto tem em média sete anos de escolaridade e cerca de 15 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais de idade eram analfabetos em 2008, apesar da lei que previa os oito anos de Ensino Fundamental. Os fatos comprovam que, por aqui, somente as leis não garantem nem o acesso nem a qualidade do ensino.

Por outro lado, é essencial frisar que, caso elas não existissem, o quadro poderia ser muito pior! Geralmente, tendemos a ter certa repulsa a tudo o que nos é imposto por acharmos que isso agride nossa liberdade individual de escolha.

Contudo, em Educação, essa obrigatoriedade se constitui num dever de mão dupla: o poder público tem de oferecer as vagas tanto quanto os cidadãos em idade escolar precisam, necessariamente, estar matriculados. E não deixa de ser também um direito de mão dupla: a sociedade pode exigir que seus membros sejam educados, assim como os indivíduos têm o direito de receber da coletividade o acesso à Educação.

Ou seja, ninguém tem o direito individual de ser ignorante e os governos não têm o direito de manter o povo na ignorância. Por isso, devemos cobrar uma Educação gratuita de qualidade, assim como somos obrigados a estudar. Para o bem de toda a sociedade.

Fonte: Juca Gil - revistaescola.abril.com.br

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Escola Pública Inicia Projeto de Educação Financeira

Estudantes de escolas públicas vão agora estudar orçamento doméstico, poupança, aposentadoria, seguros e financiamentos - assuntos que interessam a todos, mas que apavoram até os pós-graduados.

A partir de hoje, 450 escolas públicas dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Tocantins e do Distrito Federal iniciam aulas do projeto-piloto de educação financeira, que pretende chegar a mais de 200 mil instituições de ensino oficial e erradicar o analfabetismo financeiro no país.

O piloto envolverá 15 mil estudantes do ensino médio em 2010 e 2011. No próximo ano, o teste chegará a escolas do ensino fundamental. Os professores que levarão o conteúdo para a sala de aula foram treinados no primeiro semestre deste ano. Não haverá mais uma disciplina na sala de aula; o conteúdo será distribuído nas aulas de matemática, história, ciências sociais e até português. Quem decide a disciplina é a escola.

No Brasil, a matemática financeira e os juros compostos só são ensinados na universidade, apesar de o conteúdo ser mais simples do que aspectos da álgebra e da trigonometria, que estão no currículo do ensino médio.

Preparo financeiro

Segundo José Alexandre Vasco, superintendente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a educação financeira nas escolas é incentivada pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e faz parte do currículo escolar de mais de 60 países.

Depois de aplicado o conteúdo nas primeiras 450 escolas, os alunos e as famílias serão submetidos a pesquisa para avaliar a retenção de conhecimento e eventuais mudanças de comportamento na gestão de recursos.

A avaliação será feita com alunos de outras 450 escolas que não tiveram o conteúdo. Com base nos resultados, o programa didático será aperfeiçoado antes de ser aplicado nas 200 mil escolas da rede pública no país, a partir de 2012. Só a avaliação custará R$ 1 milhão.

Fonte: CNTE

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Este, esse, aquele - e outros

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Os pronomes demonstrativos são os que indicam o lugar em que uma pessoa ou coisa se encontra. Isto é, a posição dos seres em relação às três pessoas do discurso.

Essa localização pode ser no tempo, no espaço ou no próprio discurso:

1ª pessoa: este, esta, isto;
2ª pessoa: esse, essa, isso;
3ª pessoa: aquele, aquela, aquilo.

De acordo com a gramática, os demonstrativos este(s), esta(s) e isto são usados para as pessoas ou coisas que se encontram perto da pessoa que fala.

Também são utilizados no discurso para citar coisas que ainda não foram ditas. Por exemplo:

  • Este é o comunicado: na próxima segunda-feira não haverá expediente.

    Já os demonstrativos esse(s), essa(s) e isso referem-se a seres ou coisas que se encontram próximas da segunda pessoa, o ouvinte, com quem se fala ou a quem se refere.

    Também são empregados para dizer algo que já foi mencionado no discurso. Por exemplo:

  • Maria falou que irá reclamar com o síndico. Isso parece que vai acabar em confusão.

    Os pronomes demonstrativos aquele, aquela e aquilo são empregados para seres ou coisas que se acham distantes da primeira e da segunda pessoa, do falante e do ouvinte. Por exemplo:

  • Aquela casa parece ser tão bonita por dentro!

    De um modo geral, nem sempre os pronomes demonstrativos são usados com esse rigor gramatical. Muitas vezes, interferem em situações especiais e escapam à regra da gramática.

    São considerados também pronomes demonstrativos: o, a, mesmo, próprio,semelhante e tal.

    Os pronomes pessoais o, a, os e as funcionam como pronomes demonstrativos quando forem equivalentes a aquele, aquela e aquilo. Vejamos os exemplos:

  • Jamais aceitarei o que eles propuseram na reunião. (aquilo que)

  • Os que chegaram primeiro conseguiram comprar os ingressos. (aqueles que)

    Mesmo e próprio são pronomes demonstrativos quando tiverem o sentido deidêntico e em pessoa. Servem também para reforçar os pronomes pessoais. Como nos exemplos:

  • Ele próprio fez questão de nos receber. (ele em pessoa)

  • Todos os anos, a missa do galo é a mesma. (é idêntica)

    Semelhante e tal têm valor demonstrativo quando denotam identidade ou se referem às ideias já expressas anteriormente. Também quando forem substituíveis por este, esta, aquele, aquela, aquilo. O pronome demonstrativo taltambém pode ter uma conotação irônica. Por exemplo:

  • Você é a tal que estava falando de mim?

  • Ela teve coragem de falar semelhante coisa?

  • Nunca ouvi falar em tal pessoa.

  • Pronomes relativos
  • Que, quem, qual, cujo, onde, como e quando

    Lílian Campos*
    Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
    Os pronomes relativos têm por função básica unir orações diferentes fazendo com que as ideias nelas expressas complementem-se, evitando assim repetições desnecessárias.

    Exemplos:

    1) Eu vi um homem. O homem era jovem.
    O homem que eu vi era jovem.
    Neste exemplo, o pronome relativo que funciona como objeto direto.

    O pronome que pode ainda funcionar como sujeito:
    2) Eu estou vendo um filme. O filme é muito interessante.
    Eu estou vendo um filme que é muito interessante.

    Ou ainda como complemento antecedido pelas preposições a, de, em, com, por, para:
    3) A peça estreia hoje. Eu te falei da peça.
    A peça de que te falei estreia hoje.

    O pronome relativo quem também é antecedido por preposições:
    4) A funcionária é muito gentil. Pedi à funcionária informações sobre o hotel.
    A funcionária a quem pedi informações sobre o hotel é muito gentil.

    Os pronomes o(a) qual, os(as) quais concordam em gênero e número com o substantivo que substituem e são introduzidos por preposições.
    5) Ela estudou para o exame. O exame parece bastante difícil.
    O exame para o qual ela estudou parece bastante difícil.

    Os pronomes cujo(s) , cuja(s) também concordam em gênero e número com o substantivo que substituem, podem ser precedidos por preposição e indicam relações de posse.
    6) O edifício fica logo ali. As paredes do edifício foram pichadas.
    O edifício cujas paredes foram pichadas fica logo ali.

    Onde funciona como adjunto adverbial de lugar e pode ser antecedido por preposição. Quando combinado com a preposição "a" forma aonde, e indica uma destinação; quando combinado com a preposição "de" forma de onde (oudonde), e indica uma origem.

    7) Ele vem de uma cidade. A cidade fica no norte do país.
    A cidade de onde ele vem fica no norte do país.

    8) Este cinema é mantido pela fundação cultural. Nós vamos a este cinema.
    Este cinema aonde vamos é mantido pela fundação cultural.

    9) Este espaço pertence ao clube Porto Belo. Muitas atividades de lazer e esportes realizam-se neste espaço.
    Este espaço, onde se realizam muitas atividades de lazer e esportes, pertence ao clube Porto Belo.

    Quando funciona como adjunto adverbial de tempo.
    10) Sábado fez sol. Fomos ao litoral no sábado.
    Sábado, quando fomos ao litoral, fez sol.

    Como funciona como adjunto adverbial de modo, de maneira.
    11) O modo como a reunião foi conduzida deixou todos os participantes tranqüilos.

    Na linguagem oral, tende-se a utilizar o pronome relativo que de forma mais ampla. Neste contexto, as substituições por outros pronomes acabam muitas vezes não acontecendo.

    É importante salientar que este uso não é propriamente "errado", masinadequado para situações em que a linguagem formal (ou padrão) estiver sendo exigida.

    Retomando alguns dos exemplos mencionados, poderemos entender, numa linguagem informal, construções do tipo:

  • A peça que te falei estreia hoje.
  • O edifício que as paredes foram pichadas fica logo ali.
  • O modo que a reunião foi conduzida deixou todos os participantes tranquilos.
  • Fonte:*Lílian Campos, formada em Letras, é professora de língua francesa na PUC-PR e na UFPR, com atuação também no ensino de língua portuguesa.

    Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando : Licenciatura em Pedagogia - UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto - Minas Gerais

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    • Direitos Humanos e Mediação de Conflitos - ITS-BRASIL- Instituto de Tecnologia Social do Brasil - São Paulo - (Plataforma Modle - MEC/SEESP/ITS)