quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Professores do RJ decidem manter greve; paralisação já dura mais de dois meses

Da Redação
Em São Paulo

Os professores da rede estadual do Rio de Janeiro decidiram continuar a greve, iniciada no dia 7 de junho, durante assembleia realizada nesta terça-feira (9) nas escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado).

Os docentes interromperam as atividades nas escolas exigindo, entre outras reivindicações, um reajuste emergencial de 26%. Uma nova assembleia está marcada para sexta-feira (12).

Veja fotos do protesto dos professores no RJ

Foto 5 de 22 - Segundo o sindicato, cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. Já a Secretaria da Educação fala em uma adesão de 1,5% dos 51 mil professores Júlio César Guimarães/UOL

O Governo do Estado do Rio de Janeiro encaminhou no dia 1º para a Alerj um projeto de lei com um reajuste salarial de 3,5% para os professores. Segundo a Secretaria de Educação, o reajuste total pode chegar a 13%, com a incorporação do bônus do programa Nova Escola ao sálario. O projeto deve ser votado entre amanhã (10) e sexta-feira (12).

"Estou recebendo várias reclamações dos professores. O pessoal não viu com bons olhos um aumento que está abaixo da inflação e muito longe dos 26% que estamos reivindicando", disse Danilo Serafim, coordenador do Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro).

Serafim afirma que o foco das negociações agora passa a ser a assembleia legislativa: "Estamos pedindo uma audiência na assembleia e acreditamos que os deputados possam interferir nas negociações. Nossa avaliação é que o governo tem que melhorar esse índice".

Docentes rejeitam aumento; veja vídeo

O governo também anunciou que, a partir da segunda-feira passada, quem estivesse em greve teria o ponto cortado. Além disso, caso após o final da greve não haja reposição, haverá corte retroativo. Ainda de acordo com a secretaria, há 2,1 mil contratos temporários autorizados e que podem ser utilizados a partir do dia 1º. O coordenador do Sepe disse que "não será com esse mecanismo que o governo irá acabar com a greve".

Reivindicações

A principal reivindicação dos profissionais em greve é o reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. Segundo a secretaria, o projeto encaminhado para a Alerj descongela a carreira dos servidores técnico-administrativos.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria de educação, cerca de 200 professores dos 51 mil regentes de turma estão em greve. Isso representaria 0,4%. De acordo com o orgão, essa "é uma greve do Sepe, que é um dos sindicatos. A Uppes (União dos Professores Públicos do Estado), outro sindicato, não está em greve".

O sindicato estima que cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula.