domingo, 27 de junho de 2010

Condições para o surgimento da Filosofia

Grécia (H) nada mais foi do que um conjunto de cidades-Estados (Pólis) que se desenvolveram na Península Balcânica no sul da Europa. Por ser seu relevo montanhoso, permitiu que grupos de pessoas (Demos) fossem formados isoladamente no interior do qual cada Pólis desenvolveu sua autonomia.

Constituída de uma porção de terras continental e outra de várias ilhas, bem como também em virtude da pouca fertilidade dos seus solos, a Grécia teve de desenvolver o comércio como principal atividade econômica. Assim, e aproveitando-se do seu litoral bastante recortado e com portos naturais, desenvolveu também a navegação para expandir os negócios, bem como mais tarde sua influência política nas chamadas colônias.

A sociedade grega era organizada segundo o modelo tradicional aristocrático, baseado nos mitos(narrativas fabulosas sobre a origem e ordem do universo), em que a filiação à terra natal (proprietários) determinava o poder (rei).

Esse modo de estruturar a sociedade e pensar o mundo é comumente classificado como período Homérico (devido a Homero, poeta que narra o surgimento da Grécia a partir da guerra de Troia). Mas com o tempo, algumas contradições foram sendo percebidas e exigiram novas explicações. Surge, então, a Filosofia. Eis os principais fatores que contribuíram para o seu aparecimento:

- As viagens marítimas, pois o impulso expansionista obrigou os comerciantes a enfrentarem as lendas e daí constatarem a fantasia do discurso mítico, proporcionando a desmitificação do mundo (como exemplo, os monstros que os poetas contavam existir em determinados lugares onde, visitados pelos navegadores, nada ali encontravam);

- A construção do calendário que permitiu a medição do tempo segundo as estações do ano e da alternância entre dia e noite. Isso favoreceu a capacidade dos gregos de abstrair o tempo naturalmente e não como potência divina;

- O uso da moeda para as trocas comerciais que antes eram realizadas entre produtos. Isso também favoreceu o pensamento abstrato, já que o valor agregado aos produtos dependia de uma certa análise sobre a valoração;

- A invenção do alfabeto e o uso da palavra é também um acontecimento peculiar. Numa sociedade acostumada à oralidade dos poetas, aos poucos cai em desuso o recurso às imagens para representar o real e surge, como substituto, a escrita alfabética/fonética, propiciando, como os itens acima, um maior poder de abstração.

A palavra não mais é usada como nos rituais esotéricos (fechados para os iniciados nos mistérios sagrados e que desvendavam os oráculos dos deuses), nem pelos poetas inspirados pelos deuses, mas na praça pública (Ágora), no confronto cotidiano entre os cidadãos;

- O crescimento urbano é também registrado em virtude de todo esse movimento, assim como o fomento das técnicas artesanais e o comércio interno, as artes e outros serviços, características típicas das cidades;

- A criação da Política que faz uso da palavra para as deliberações do povo (Demo) em cada Pólis (por isso, Democracia ou o governo do povo), bem como exige que sejam publicadas as leis para oconhecimento de todos, para que reflitam, critiquem e a modifiquem segundo os seus interesses.

As discussões em assembleias (que era onde o povo se reunia para votar) estimulava o pensamento crítico-reflexivo, a expressão da vontade coletiva e evidencia a capacidade do homem em se reconhecer capaz de vislumbrar a ordem e a organização do mundo a partir da sua própria racionalidade e não mais nas palavras mágico-religiosas baseadas na autoridade dos poeta inspirados. Com isso, foi possível, a partir da investigação sistemática, das contradições, da exigência de rigor lógico, surgir a Filosofia.

Por João Francisco P. Cabral

Editado Por : Adão Maximo Trindade

Graduando em Pedagogia

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mito e Razão

Segundo Chaui a palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para outros) e mytheo(conversar, contar, anunciar, nomear, designar) e é uma narrativa sobre a origem de algumas coisas (origem dos astros, da Terra, dos homens, dos elementos naturais, da saúde, da doença, da morte, etc.).

Mas no transcorrer da história do homem podemos ver que ele sempre esteve ligado ao mágico e ao mítico e, assim, o ser humano conta histórias de heróis, sagas e cosmologia para lidar com o desconhecido e através de sua narração organizar seu contexto, constituir sua identidade, ter um entendimento dos processos da natureza, de sua origem e da origem do lugar em que vive, enfim, as narrativas mitológicas desempenhavam o papel de ordenar a existência. Podemos entender então que o papel do mito é o de orientar a vida, de indicar valores e ser a expressão de imagens subjetivas do ser humano tanto individualmente quanto coletivamente. O mito, dessa forma, acaba por expressar uma visão tanto do mundo pessoal como do mundo social. O mito é uma história que é contada numa linguagem metafórica onde o ser humano conta uma história inventada para si mesmo de modo que o mito é uma maneira de perceber os mundos interior e exterior.

Na antiguidade, antes do nascimento da Filosofia, o mito era um discurso pronunciado aos ouvintes por um poeta-rapsodo, pois acreditava-se que o poeta era um escolhido dos deuses, e a narração era tida uma verdade dita por uma autoridade e, portanto, o Ito era tido como sagrado, como uma revelação divina e, por conseqüência, incontestável e inquestionável. Dessa forma, os mitos direcionavam tanto a cultura quanto a religião. Mas, indo além do aspecto histórico do mito, podemos entender o mito como uma narrativa metafórica e não de fatos e que, segundo Campbell, atende a quatro funções:

- Despertar na mente um senso de deslumbramento do homem e do mundo;

- Apresentar uma imagem ordenada do cosmos;

- Validar e apoiar uma ordem moral específica, ou seja, as mitologias atendem o campo de determinada cultura e são expressadas através da linguagem e dos símbolos daquela cultura; e

- Ajudar as pessoas a compreender o desenrolar da vida em seus vários estágios.

Ainda segundo Campbell, os mitos “transmitem mais do que um mero conceito intelectual, pois, pelo seu caráter interior, eles proporcionam um sentido de participação real na percepção da transcendência”. Podemos entender então, o mito, como uma narrativa metafórica que contem símbolos que transmitem idéias e não fatos. Mitos são estímulos simbólicos para a percepção de idéias e do desconhecido.

A validade e valor do mito são contestadas quando o mito é tido como uma narração de “fatos” e não de “idéias”, ou seja, o mito passa a denotar e não a conotar.

Na Grécia os primeiros filósofos passaram a criticar a mitologia de Homero porque os deuses tinham muita semelhança com os homens e eles diziam que talvez os deuses não passassem de frutos da imaginação do homem. Os filósofos gregos da época queriam encontrar explicações naturais para tudo e sem recorrer à tradição dos mitos. Houve a transformação do modo de pensar: o pensamento atrelado ao mito passou a ser substituído pelo pensamento construído sobre a experiência e a razão. A Filosofia surgia como o conhecimento racional da realidade natural e cultural, das coisas e dos seres humanos. A Filosofia afirma que a verdade é racional.

Sendo o tema agora a “razão” cabe dizer que esta palavra origina-se de duas fontes: da palavra latina ratio que vem do verbo reor e que quer dizer contar, reunir, juntar, medir, calcular; e da palavra grega logos que vem do verbo legein que também quer dizer contar, reunir, juntar calcular. Dessa forma, segundo Chauí, “razão” significa “pensar e falar ordenadamente, com medida e proporção, com clareza e de modo compreensível para outros”. Assim razão pode ser entendida como a capacidade intelectual para pensar e expressar-se correta e claramente e dizer as coisas como elas realmente são. Assim, para a Filosofia, a razão opera seguindo certos princípios que são os seguintes:

- Princípio da identidade: qualquer coisa só pode ser conhecida e pensada se for percebida e conservada a sua identidade. Exemplo: o triângulo foi definido como uma figura de três lados e três ângulos internos então nenhuma outra figura poderá ser chamada de triângulo a não ser esta;

- Princípio da não-contradição: afirma que é impossível uma coisa ser e não ser ao mesmo tempo e na mesma relação, ou seja, não é possível se afirmar e negar a mesma coisa ao mesmo tempo. Exemplo: se estamos diante de uma árvore aquela árvore será árvore ao mesmo tempo, ela não poderá ser uma árvore e um cachorro ao mesmo tempo. A relação neste princípio comporta a transformação das coisas, por exemplo: uma criança é uma criança ao mesmo tempo, porém com o passar do tempo aquela criança se tornará um adulto e então será um adulto que é um adulto ao mesmo tempo;

- Princípio do terceiro excluído: enuncia que não há uma terceira possibilidade, ou seja, entre várias escolhas possíveis, só há realmente duas escolhas: ou certa ou errada; e

- Princípio da razão suficiente: afirma que tudo o que existe e tudo o que acontece tem uma causa ou motivo para existir e para acontecer e que tal causa ou motivo pode ser conhecida pela nossa razão. Neste princípio não é descartado o acaso e os fatos acidentais, mas cabe a razão procurar as causas do acaso e dos fatos acidentais.

A Filosofia coloca que existem duas modalidades de atividade racional: a intuitiva (ou razão intuitiva) onde a intuição faz com que tenhamos uma visão direta e imediata do objeto do conhecimento e sem necessidade de provas ou demonstrações para saber o que conhece; e raciocínio (ou razão discursiva) onde se chega ao objeto do conhecimento passando por etapas sucessivas de conhecimento para se chegar ao seu conceito ou definição.

Assim podemos entender a razão como a faculdade humana de estabelecer relações lógicas para conhecer e compreender qualquer coisa.

Por: Adão Maximo Trindade

Graduando em Pedagogia

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Livros de ensino religioso em escolas públicas estimulam homofobia e intolerância, diz estudo

Uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) concluiu que o preconceito e a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o estudo foi apresentado no livro “Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil”, lançado na última terça-feira (22) em Brasília.

“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma a antropóloga e professora do departamento de serviço social, Débora Diniz, uma das autoras do trabalho.

A pesquisa analisou os títulos de algumas das maiores editoras do país. A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança indígena no campo religioso -limitada a uma referência anônima e sem biografia-, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o Protestantismo. João Calvino nem mesmo é citado.

O estudo aponta que a discriminação também faz parte da tarefa. Principalmente contra homossexuais. “Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela natural” são algumas das expressões usadas para se referir aos homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. Um exercício com a bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.

Nazismo

A pesquisadora afirma que o estímulo ao preconceito chega ao ponto de associar uma pessoa sem religião ao nazismo – ideologia alemã que tinha como preceitos o racismo e o anti-semitismo, na primeira metade do século 20. “É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, observa Débora. “Os livros usam de generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa a especialista, uma das três autoras da pesquisa.

Os números contrastam com a previsão da Lei de Diretrizes e Base da Educação de garantir a justiça religiosa e a liberdade de crença. A lei 9475, em vigor desde 1997, regulamenta o ensino de religião nas escolas brasileiras. “Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, afirma Débora. A antropóloga reforça a imposição do catecismo. “Cristãos tiveram 609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasileiras, tratadas como ‘tradições’, aparecem em apenas 30 momentos”, comenta a especialista.

*com informações da Agência UnB

Editado por: Adão Maximo Trindade

Graduando em Pedagogia

terça-feira, 22 de junho de 2010

A atuação da moral na tomada de decisões.

A atuação da moral na tomada de decisões.
A moral é a regra de conduta que caracteriza as imposições e proibições que uma pessoa coloca sobre si mesma em relação a decisões e atitudes. Atua de forma a limitar os interesses do inconsciente que busca somente o interesse próprio não se preocupando com os próximos.

Como já dito, a moral é empregada sobre o próprio indivíduo não cabendo a esse se preocupar com a moral do próximo, pois tal atitude caracteriza uma pessoa moralizadora e não moral, pois a moral se aplica para a primeira pessoa, ou seja, o Eu.

Uma pessoa moralizadora busca sempre impor sobre as outras a forma com que essas devem agir, tirando desses o direito de aplicar sua moral.
A moral atua na liberdade das pessoas levando-as a pensar sobre as conseqüências de seus atos com oposições como bem x mal, justo x injusto, etc.

A moral pode ser dividida em senso moral e consciência moral. O senso moral atua quando uma pessoa é movida a agir por causa dos seus sentimentos ao próximo, pelos seus valores e ainda pelo sentimento de igualdade entre si e o próximo, ou seja, o senso moral leva uma pessoa a agir imediatamente. Sentimentos como solidariedade, compaixão, injustiça impulsionam o senso moral.

A consciência moral atua na tomada de decisões relacionadas ao comportamento da pessoa, pois necessita tomar decisões relacionadas a si próprio e a outras pessoas, de forma que seja responsável por estas e ainda assuma as conseqüências de tais decisões. O discernimento promove a relação entre os meios e os fins que auxilia na distinção de reações morais e imorais.

Por: Adão Maximo Trindade
Graduando em Pedagogia
Fonte. Nova Escola

sábado, 19 de junho de 2010

Valores Humanos – Como Trabalhar?

Promover uma educação voltada para valores humanos é uma condição que toda escola deve estudar a fundo, pois os mesmos devem estar presentes nas relações cotidianas da instituição.

Para isso, é importante que a equipe de professores da escola se reúna a fim de discutir quais as formas de trabalhar esses valores, pois não podem ficar no senso comum, mas voltando-se para a internalização dos conceitos e práticas dos mesmos.

Um trabalho pode ser totalmente perdido se não existem bons exemplos das pessoas que compõem a estrutura da escola.

Devemos lembrar que uma das formas mais eficientes de ensinar é através do exemplo, dos bons exemplos, que são observados pelos alunos durante as aulas.

De nada adianta o professor pedir que não gritem, se grita para chamar a atenção de um aluno que não está atento às suas explicações. Não adianta pedir que trate o colega com respeito, se o professor os trata com desdém.

Alguns livros podem ajudar no desenvolvimento de um bom projeto, como o “Se ligue em você”, de autoria de Luiz Antônio Gasparetto, onde o autor faz uma abordagem dos sentimentos que temos diante das várias situações vividas, e que devemos aprender a administrá-los para que nossa luzinha interior fique sempre acesa.

No livro são abordados temas como inveja, ciúme, frustração, raiva, compaixão, solidariedade dentre outros, que aparecem quando a luzinha da pessoa está apagada. Vale a pena conferir!

Outra sugestão é quanto à Coleção Valores, de Brian Moses e Mike Gordon, divididos em quatro volumes. Nesses, podemos encontrar uma variedade de sentimentos e exemplos de vida, onde são apresentadas condições de aprender sobre responsabilidade, sobre respeito, sobre convivência e sobre honestidade.

A coleção é própria para crianças, mas pode ser trabalhada com adolescentes e jovens, aproveitando os exemplos citados nas histórias.

A abordagem é simples, honesta, sem dar lições de comportamento, manipulando os leitores, pelo contrário, faz os mesmos a aprenderem a lidar com suas limitações, além de mostrar que todas as pessoas passam por dificuldades na vida.

Através de interrogações, os autores dão a oportunidade dos leitores refletirem sobre suas atitudes, sobre os problemas existentes nas relações pessoais, problemas que acontecem no mundo, sobre a reação das pessoas ao serem bem tratadas, etc.

É papel da escola se voltar para uma educação permeada nos valores humanos, até porque estes devem aparecer dentro dos conteúdos que abordam a pluralidade cultural, o respeito às diferentes culturas, etnias, ideologias, religiões, dentre outros.

O importante é desenvolver um trabalho voltado para o exercício dos bons valores humanos, considerando que nem tudo acontece como queremos, mas de acordo com os interesses coletivos, do grupo, e que temos que controlar nossas emoções diante das adversidades.

Por Adão Maximo Trindade
Graduando em Pedagogia


Promovendo a Paz na Escola

No mundo moderno, as formas incentivadoras de consumismo para crianças e jovens, através dos veículos de comunicação, as mudanças nos valores das famílias e tantos outros problemas, tem causado maiores índices de violência, chegando estes a atingir o âmbito das instituições de ensino.

Frequentemente, podemos ver notícias de jornais relatando casos de violência contra professores, bulling (humilhar, intimidar, ofender, agredir física ou psicologicamente), vários outros modelos de abuso e agressão acometidos contra a comunidade escolar.

Diante disso, podemos citar o caso da professora de Santa Catarina, espancada por uma mãe de aluno em uma das maiores escolas públicas do Estado, tendo a mesma sofrido mais de vinte tapas e pontapés, em consequência de um sorteio de um chiclete e uma tatuagem, no qual a filha da agressora não fora contemplada.

A escola deve promover atividades e projetos que visem estruturar as relações humanas entre a comunidade que atende, criando uma relação vincular positiva com todos os funcionários da escola. Seguem algumas sugestões para isso:

Aproveitando o gancho do fato ocorrido, acolher os pais na volta às aulas oferecendo uma palestra sobre violência é um bom caminho para se iniciar o projeto.

Apresentar o regimento interno da instituição também é uma forma dos pais tomarem ciência das atitudes que são aceitas ou não dentro da escola, dos direitos e deveres de cada um no processo educativo, preparando-os para o direcionamento das orientações a serem dadas aos alunos.

Após a explanação do tema, propor algumas dinâmicas a fim de aproximar os participantes da reunião. Sugere-se que as mesmas envolvam casos de violência nas escolas, que podem acontecer tanto com professores como com os alunos, destacando que a prioridade é desenvolver um trabalho voltado para a pluralidade cultural, com o respeito sendo colocado como o principal instrumento entre as pessoas. Podem ser apresentadas através de teatro, paródias, mímicas, dentre outras.

É importante que a equipe de professores, os auxiliares, a coordenação e a direção estejam engajadas, participando ativamente do projeto, a fim de dar maior consistência ao mesmo, numa demonstração de preocupação com os problemas enfrentados na atualidade, e que envolvem limites.

A solidariedade é um valor relativo da não violência, que deve ser desenvolvida no âmbito escolar e aparecer nas mais simples formas, nos diálogos desde as classes de educação infantil até as turmas mais adiantadas e ensino médio, se a escola trabalhar com esse nível de educação.

Através da solidariedade o sujeito percebe que pode trocar experiência com o outro, aprende a respeitar as limitações dos seus companheiros bem como as suas próprias dificuldades, mas também identifica que pode contar com o apoio de alguém, caso necessite.

Outra forma de mobilizar a comunidade escolar é propondo uma caminhada pela paz. Organize um grupo de pais para ajudar na elaboração e confecção de faixas, cartazes, panfletos e frases a serem cantadas durante a passeata. Aceitar as ideias dos pais é mostrar o quanto são importantes na educação dos filhos, além de melhorar as relações de confiança dos mesmos com a escola.

As aulas de artes podem ser aproveitadas para a confecção de flores de papel crepom, que poderão ser distribuídas no dia 21 de setembro - Dia internacional da paz. A intenção da criação da data foi para que as pessoas não pensassem na paz, mas que lançassem alguma atitude para originar a paz.

O espírito da Paz e da Solidariedade deve estar presente durante a execução do projeto. Para isso, alguns itens devem ser considerados nas relações sociais da comunidade escolar, que poderão ser sugeridos através de cartazes afixados no pátio da escola, portão de acesso, banheiros, a fim de lembrar os principais conceitos que estão sendo trabalhados. São eles: colocar-se no lugar do outro; promover o diálogo e a amizade; valorizar o que cada pessoa tem de positivo; administrar os problemas com atitudes de respeito e gentileza; não se calar diante da injustiça; não responder a violência com violência; interessar-se pela comunidade; ajudar ao próximo; cultivar a esperança; exercitar o perdão; etc.

Fazer lanches rápidos ao final das aulas também é uma forma de tornar o ambiente escolar mais saudável, abrindo espaço para a integração das famílias. A escola não precisa arcar com toda a despesa, mas pode solicitar que cada aluno leve um prato de salgado, doces, sucos, chás, café e refrigerantes. Com isso, o volume dos mesmos torna-se suficiente para agradar as famílias. O lanche comunitário pode ser feito a cada quinze dias ou uma vez por mês, atendendo as expectativas de todos.

Um vídeo veiculado num site famoso pode ser exibido durante a realização dos eventos. O mesmo pode ser localizado através do nome de “Where is the Love?” e faz uma abordagem da violência no mundo, da guerra, de crianças sofrendo, soldados chorando, etc. É uma linda demonstração de amor ao próximo, onde os cantores questionam sobre a existência do amor, através de um rap.

Esse tipo de trabalho é importante, afinal, a paz não deve estar presente somente no âmbito escolar, mas sendo praticada por todos, ao longo da vida. É assim que se constrói um mundo melhor!

Por Adão Maximo Trindade
Graduando em Pedagogia
Fonte:Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 16 de junho de 2010


Professor não aceita reajuste e ameaça com nova greve

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arolina Coutinho

O calendário escolar mal começou a ser reposto após 47 dias de greve - entre o início de abril e final de maio passado - e os estudantes da rede estadual em Minas correm o risco de terem o ano letivo comprometido mais uma vez. A proposta de uma nova greve geral será avaliada amanhã pelos professores. Às 14h, eles se reúnem em assembleia para decidir se aprovam ou não a nova política salarial da categoria anunciada pelo governo, anteontem. Entre as propostas, que deverão entrar em vigor no ano que vem, está a que altera o piso de R$ 935 para R$ 1.320 para uma jornada de 24 horas semanais.

"Todas as possibilidades existem, inclusive de uma nova greve. Vamos avaliar o que for mais estratégico e interessante para os professores. Mas também existe a esperança de dialogarmos com o governo e revermos essa proposta salarial, que desse jeito é inaceitável", disse a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira.

Segundo a sindicalista, o trabalho da comissão, criada após o fim da greve para elaborar a nova estrutura salarial para a categoria, não foi levado em consideração pelo governo.

Beatriz Cerqueira aponta três entraves na proposta: o aumento da jornada de trabalho de 24 para 30 horas semanais, o pagamento em parcela única do salário junto com as gratificações e a data de 1º de março de 2011 para a nova política salarial entrar em vigor.

"Não fizemos a greve para aumentarem nossa jornada, mas sim para termos um salário melhor. O governo está mudando a estrutura da carreira de professor para pior. Hoje, temos níveis de carreira. Quanto mais a pessoa estuda, mais tem que ser valorizado. Essa é a lógica da carreira, que o governo quer mudar. Não podemos chamar essa proposta de reajuste salarial. Ela muda a forma de remuneração, não oferecendo vantagens nem gratificações ao servidor".

O secretário-adjunto de Estado de Educação, João Filocre, que falou em nome do governo, disse que a proposta foi discutida com o sindicato nas seis reuniões da comissão. Filocre integrou o grupo de negociação. "Está tudo registrado em ata e não acreditamos em uma nova paralisação das aulas. Estamos tranquilos, pois as mudanças só vão beneficiar os professores e eles sabem disso. Não é obrigatório o aumento de horas de trabalho. Quem trabalhar mais ganhará mais".

Fonte: otempoonline

Editado por: Adão Maximo Trindade

Graduando em Pedagogia

Ernesto Che Guevara

Ernesto Che Guevara de la Serna nasceu em 1928, na cidade de Rosário, Argentina, numa família de classe média alta. Por sofrer ataques de asma, aos 12 anos, mudou com sua família para as serras de Córdoba. Entrou na faculdade de medicina da Universidade de Buenos Aires em 1947. Ainda estudante, em 1952 realizou uma longa jornada pela América do Sul com o amigo Alberto Granado. Chocado com a injustiça social e a pobreza que encontrou ao longo do caminho, Che se identificou com os camponeses e sua ação contra o despotismo dos chefes locais e dos grandes proprietários.

Mais tarde retornou para a Argentina onde terminou seus estudos, depois viajou por países da América Central, por fim se instalou no México, se mantendo como médico e professor. Lá conheceu Raúl Castro, logo em seguida foi apresentado a Fidel Castro, aderindo ao grupo revolucionário cubano. A partir desse momento participou de operações de fuga e ataque. Em 1956, os revolucionários desembarcaram em Cuba se refugiando na Sierra Maestra, de onde comandaram o exército rebelde na guerrilha que derrubou o governo de Fulgêncio Batista, em 1959.

Nas primícias do novo poder, Che tornou-se embaixador e visitou vários países, entre eles o Brasil, para divulgar os objetivos da revolução cubana e buscar apoio externo. Foi também à África, à Ásia e à Europa. Obteve da URSS colaboração econômica em diversas áreas, que acabou tornando-se fundamental para o novo governo cubano.

Em 1964, durante seu discurso na ONU, Che fez grandes críticas aos Estados Unidos e a URSS. Aumentando assim suas divergências com Fidel Castro, que havia implantado em Cuba um regime segundo o modelo da URSS. A partir desse momento se dá o afastamento de Che Guevara e Fidel, tendo o primeiro renunciado aos seus cargos e decidindo dedicar-se a organizar ações de guerrilha em outros países.

Guevara abandonou Cuba em março de 1965, liderando um pequeno grupo de cubanos, passou alguns meses na África, onde lutou contra a ditadura de Mobutu Joseph Désiré, no atual território da República Democrata do Congo. A guerrilha fracassou e foi dizimada.

Depois de reunir forças novamente, Che Guevara foi para a Bolívia em 1966, com o intuito de organizar a luta armada contra o governo local. Se instalou numa região desértica do sudeste do país. Seu grupo não conseguiu superar o isolamento e terminou cercado por tropas oficiais.

A captura de Che se deu na noite de 8 de outubro de 1967 por soldados bolivianos. Foi assassinado no dia seguinte em uma escola da aldeia La Higuerra. Seu corpo permaneceu desaparecido por 30 anos, quando foi encontrado em 1997 a 50 metros da escola onde morreu.

Por: Adão Maximo Trindade

Graduando em Pedagogia

terça-feira, 15 de junho de 2010

ANARQUISMO

O anarquismo foi um movimento contemporâneo às teorias socialistas desenvolvidas por Karl Marx e Friedrich Engels. Um dos primeiros a lançar as primeiras idéias anarquistas foi William Godwin (1756 – 1836), que propôs uma radical transformação nas bases organizacionais da sociedade. Ele acreditava na criação de uma organização comunitária fundada na abolição da propriedade privada e o repúdio a qualquer tipo de lei ou governo. A razão seria o guia maior dessa nova sociedade e a total liberdade ética e política deveriam ser garantidas.

Pierre-Joseph Proudhon (1809 – 1865) foi outro importante pensador anarquista. Em sua principal obra “O que é propriedade?”, propôs críticas contundentes ao sistema capitalista. Inspirado por alguns pressupostos do socialismo utópico, ele defendia a criação de um regime político que seria guiado por uma “república de pequenos proprietários”. Bancos e cooperativas deveriam ser criadas para fornecer, sem juros, recursos a toda e qualquer atividade produtiva realizável em pequenas propriedades.

O termo anarquismo tem origem grega, e não consiste em um sinônimo de desordem ou baderna. Sua significação mais simples é “sem governo” e, na verdade, resume a oposição política a qualquer forma de poder que limite as liberdades individuais. Os indivíduos na sociedade anarquista devem adotar formas de cooperação voluntária e autodisciplina, capazes de estabelecer um equilíbrio ideal entre a ordem social e as liberdades do indivíduo.

Mikhail Bakunin (1814 – 1876) foi um dos maiores seguidores das teses de Proudhon. Discordante das teorias marxistas, Bakunin não aceitava a idéia de que o alcance de uma sociedade comunista passava pela manutenção de um Estado transitório. Para Bakunin, a abolição do Estado deveria ser imediata. Por isso, ele defendeu o uso da violência para que os governos fossem rapidamente extinguidos. Nem mesmo os partidos políticos eram vistos como vias de representação da liberdade de pensamento humano.

Essa oposição do anarquismo às instituições se inspira na idéia de que o homem precisa ser completamente livre para o alcance da liberdade. Em outras palavras, o anarquismo defende que a liberdade humana parte dos próprios homens e não de suas instituições. A responsabilidade do indivíduo deveria tomar o lugar das regras dos líderes e governos. Inspirando diversos trabalhadores pelo mundo, a ideologia anarquista atuou fortemente nos sindicatos e mobilizações trabalhistas, entre o fim do século XIX e o início do século XX.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Posição da direção do Sind-UTE/MG a respeito da Nova Política Remuneratória anunciada hoje pelo governador

Diante do anúncio feito hoje pelo governador Anastasia, o Sind-UTE/MG vem a público informar:

O Termo de Acordo assinado entre Sind-UTE/MG e Governo Estadual previa que uma comissão de trabalho apresentasse propostas de modificação dos vencimentos básicos e remuneração de todos os servidores estaduais da educação. Entretanto, sem que a comissão terminasse os trabalhos cujo prazo final era 15/06, o Governador Antônio Anastasia anunciou uma suposta “nova política remuneratória”. No entanto, o Governador informou valores absolutos, divulgando a ideia de que a nova remuneração é vantajosa. O Governo Estadual esconde que haverá também:

- aumento da jornada de trabalho do professor, uma vez que a jornada de 30 horas será compulsória;

- modificação das carreiras da educação retrocedendo na valorização dos níveis de formação e graus (promoção e progressão);

- acaba com todas as vantagens e gratificações que os servidores podem adquirir ao longo da vida funcional;

- não valoriza os setores administrativos que trabalham nas Superintendências Regionais de Ensino;

- muda toda a dinâmica de remuneração do estado passando a ser em forma de subsídio, sem qualquer gratificação ou vantagem de acordo com a carreira e vida funcional.

Além disso, a política remuneratória seria para março de 2011. Infelizmente, a estratégia do Governador é de iludir a categoria divulgando valores que não correspondem ao vencimento básico.

O Sind-UTE/MG reforça a convocação já feita para a assembleia estadual no dia 17 de junho, em que avaliará com a categoria, as medidas que serão tomadas.

Direção do Sind-UTE/MG


Governador Antonio Anastasia apresenta proposta de modernização e aumento salarial das carreiras da Educação

Proposta prevê subsídio de R$ 1.320 para professores da Educação Básica de Nível Superior com jornada de 24 horas e cria nova opção de jornada de 30 horas, com subsídio de R$ 1.650

O governador Antonio Anastasia apresentou, nesta segunda-feira, (14/06), no Palácio da Liberdade, proposta que reestrutura, moderniza e cria nova política remuneratória em parcela única (subsídio) para as carreiras dos servidores da Educação. Segundo o governador, a nova proposta aumenta o salário inicial, incorpora todas as vantagens permanentes, reduz disparidades entre as remunerações de servidores com a mesma função e torna mais atraente a carreira do Magistério, com promoção a cada cinco anos e progressão a cada dois anos.

“Estamos apresentando uma nova proposta de remuneração para os professores do Estado, para a Educação como um todo. Na realidade, neste momento se apresenta também ao Sindicato essa mesma proposta e nós estamos criando um novo padrão de remuneração no Estado. Na realidade, estamos incorporando em um só padrão remuneratório, que se chama subsídio, todas as parcelas que hoje compõem a remuneração. Então, aqueles famosos e populares penduricalhos estão sendo todos extintos. Estão sendo todos incorporados e transformados em um só valor chamado de subsídio”, afirmou o governador, em pronunciamento à imprensa.

O ingresso na carreira do professor exigirá nível superior em curso de Licenciatura Plena. Pela proposta, o professor em início de carreira com jornada de 24 horas semanais e formação em curso superior de Licenciatura Plena passa a receber R$ 1.320,00, pago em parcela única. Haverá a possibilidade de opção para jornada de 30 horas com 20 horas em sala de aula e 10 horas de preparação. Neste caso, o subsídio em início de carreira será de R$ 1.650,00.

“Estamos criando uma nova jornada de trabalho que é facultativa. E essa jornada é de 30 horas, sendo 20 horas de aula e 10 horas de preparo. São somente mais duas horas de aula em relação ao que tem atualmente. Nesse caso, para a jornada de 30 horas, o subsídio é de R$ 1.650,00 para início de carreira. E é claro que tem as promoções, as progressões posteriores”, disse o governador.

Avanços - Os reajustes na remuneração poderão variar entre 18% e 100%, dependendo da situação de cada servidor em relação ao seu tempo de serviço. Segundo Antonio Anastasia, a implantação da nova política remuneratória só foi possível em razão de uma ação planejada do Governo de Minas nos últimos sete anos, que se converteu em vários benefícios para o servidor da educação, como a implantação do Plano de Carreira em 2005.

“Depois de muitos anos de dúvida sobre a questão dessas parcelas, de muito esforço, de estudos, conseguimos dar um passo adiante em relação àquelas tabelas salariais antigas, compostas de diversas parcelas remuneratórias, confusas, que levava a distorções. E, de fato, conseguimos equilibrar tudo em uma só remuneração padrão, em um valor que nos parece um valor extremamente positivo, um valor que dignifica o Magistério, que torna atraente a carreira do magistério”, disse ele.

As novas carreiras e salários entram em vigor a partir de 1º de março de 2011, após envio de projeto de lei para Assembleia Legislativa e deliberação sobre a proposta. “Como já havíamos falado desde o início, isso não pode ser feito neste ano em razão da vedação da Lei de Responsabilidade Fiscal”, ressaltou o governador.

O impacto dos aumentos nas diversas carreiras é da ordem de 24,5% sobre a folha total da Educação, o que representa acréscimo de R$ 1,3 bilhão anuais. O pagamento em parcela única (subsídio) já é adotado nos estados do Espírito Santo, Tocantins e Mato Grosso.novas-tabelasvariacoes

Conheça a proposta na íntegra com as tabelas das diversas carreiras da Educação

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

sábado, 12 de junho de 2010

ETICA

A ética estuda as atitudes humanas relacionadas à sua natureza, objetivando a procura de respostas acerca de regras morais e de direito, identificação de comportamentos humanos corretos e incorretos bem como a diferenciação destes, a procura pela perfeição humana buscando a realização desta perante seus valores e suas crenças.

É utilizada no processo educativo na finalidade de conscientizar uma pessoa sobre seus direitos e deveres para com a sociedade, na economia para estabelecer valores relacionados a princípios morais e regras, na ciência como forma de lidar com a vida com respeito e de maneira responsável e em outras áreas desempenhando papéis de suma importância.

A ética estabelece um compromisso entre seres humanos, pois utiliza a essência interior, ou seja, utiliza sua formação de caráter para determinar suas características. Desta forma, a ética é construída com base naquilo que é necessário e/ou exigido pelo homem colocando-o a frente de seus próprios limites morais.

Sua importância na sociedade é reconhecida, porém questionada às vezes por conflitos gerados entre a valorização da vida ou da propriedade privada. Apesar de alguns conflitos, a ética auxilia a boa vivência do homem perante a sociedade ajudando este a se comportar de forma correta em face de outras pessoas e ainda a formular suas próprias idéias fundamentais sem que se corrompa posteriormente, tornando-se assim um cidadão de idéias firmadas na moral, nos bons costumes e na dignidade.

Por: Adão Maximo Trindade

Graduando em Pedagogia