quarta-feira, 16 de junho de 2010


Professor não aceita reajuste e ameaça com nova greve

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arolina Coutinho

O calendário escolar mal começou a ser reposto após 47 dias de greve - entre o início de abril e final de maio passado - e os estudantes da rede estadual em Minas correm o risco de terem o ano letivo comprometido mais uma vez. A proposta de uma nova greve geral será avaliada amanhã pelos professores. Às 14h, eles se reúnem em assembleia para decidir se aprovam ou não a nova política salarial da categoria anunciada pelo governo, anteontem. Entre as propostas, que deverão entrar em vigor no ano que vem, está a que altera o piso de R$ 935 para R$ 1.320 para uma jornada de 24 horas semanais.

"Todas as possibilidades existem, inclusive de uma nova greve. Vamos avaliar o que for mais estratégico e interessante para os professores. Mas também existe a esperança de dialogarmos com o governo e revermos essa proposta salarial, que desse jeito é inaceitável", disse a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Beatriz Cerqueira.

Segundo a sindicalista, o trabalho da comissão, criada após o fim da greve para elaborar a nova estrutura salarial para a categoria, não foi levado em consideração pelo governo.

Beatriz Cerqueira aponta três entraves na proposta: o aumento da jornada de trabalho de 24 para 30 horas semanais, o pagamento em parcela única do salário junto com as gratificações e a data de 1º de março de 2011 para a nova política salarial entrar em vigor.

"Não fizemos a greve para aumentarem nossa jornada, mas sim para termos um salário melhor. O governo está mudando a estrutura da carreira de professor para pior. Hoje, temos níveis de carreira. Quanto mais a pessoa estuda, mais tem que ser valorizado. Essa é a lógica da carreira, que o governo quer mudar. Não podemos chamar essa proposta de reajuste salarial. Ela muda a forma de remuneração, não oferecendo vantagens nem gratificações ao servidor".

O secretário-adjunto de Estado de Educação, João Filocre, que falou em nome do governo, disse que a proposta foi discutida com o sindicato nas seis reuniões da comissão. Filocre integrou o grupo de negociação. "Está tudo registrado em ata e não acreditamos em uma nova paralisação das aulas. Estamos tranquilos, pois as mudanças só vão beneficiar os professores e eles sabem disso. Não é obrigatório o aumento de horas de trabalho. Quem trabalhar mais ganhará mais".

Fonte: otempoonline

Editado por: Adão Maximo Trindade

Graduando em Pedagogia

Ernesto Che Guevara

Ernesto Che Guevara de la Serna nasceu em 1928, na cidade de Rosário, Argentina, numa família de classe média alta. Por sofrer ataques de asma, aos 12 anos, mudou com sua família para as serras de Córdoba. Entrou na faculdade de medicina da Universidade de Buenos Aires em 1947. Ainda estudante, em 1952 realizou uma longa jornada pela América do Sul com o amigo Alberto Granado. Chocado com a injustiça social e a pobreza que encontrou ao longo do caminho, Che se identificou com os camponeses e sua ação contra o despotismo dos chefes locais e dos grandes proprietários.

Mais tarde retornou para a Argentina onde terminou seus estudos, depois viajou por países da América Central, por fim se instalou no México, se mantendo como médico e professor. Lá conheceu Raúl Castro, logo em seguida foi apresentado a Fidel Castro, aderindo ao grupo revolucionário cubano. A partir desse momento participou de operações de fuga e ataque. Em 1956, os revolucionários desembarcaram em Cuba se refugiando na Sierra Maestra, de onde comandaram o exército rebelde na guerrilha que derrubou o governo de Fulgêncio Batista, em 1959.

Nas primícias do novo poder, Che tornou-se embaixador e visitou vários países, entre eles o Brasil, para divulgar os objetivos da revolução cubana e buscar apoio externo. Foi também à África, à Ásia e à Europa. Obteve da URSS colaboração econômica em diversas áreas, que acabou tornando-se fundamental para o novo governo cubano.

Em 1964, durante seu discurso na ONU, Che fez grandes críticas aos Estados Unidos e a URSS. Aumentando assim suas divergências com Fidel Castro, que havia implantado em Cuba um regime segundo o modelo da URSS. A partir desse momento se dá o afastamento de Che Guevara e Fidel, tendo o primeiro renunciado aos seus cargos e decidindo dedicar-se a organizar ações de guerrilha em outros países.

Guevara abandonou Cuba em março de 1965, liderando um pequeno grupo de cubanos, passou alguns meses na África, onde lutou contra a ditadura de Mobutu Joseph Désiré, no atual território da República Democrata do Congo. A guerrilha fracassou e foi dizimada.

Depois de reunir forças novamente, Che Guevara foi para a Bolívia em 1966, com o intuito de organizar a luta armada contra o governo local. Se instalou numa região desértica do sudeste do país. Seu grupo não conseguiu superar o isolamento e terminou cercado por tropas oficiais.

A captura de Che se deu na noite de 8 de outubro de 1967 por soldados bolivianos. Foi assassinado no dia seguinte em uma escola da aldeia La Higuerra. Seu corpo permaneceu desaparecido por 30 anos, quando foi encontrado em 1997 a 50 metros da escola onde morreu.

Por: Adão Maximo Trindade

Graduando em Pedagogia