terça-feira, 13 de setembro de 2011

Professores fazem "corpo a corpo" com deputados na ALMG para impedir votação de projeto que defende remuneração por subsídio 13/09/2011 16h54Avalie es

Cerca de 300 servidores da educação se reuniram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta terça-feira (13), para novos protestos. Em greve há quase cem dias, os professores afirmaram na segunda-feira (12) que não voltarão às salas de aulas enquanto o Governo de Minas não apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. Os educadores querem que o plano de carreira seja considerado. Segundo eles, o valor de R$ 712,00 está sendo oferecido pelo governo para todos os profissionais, mas só seria justo para professor com ensino médio que cumpre carga horária de 24 horas. Os educadores pedem que o salário seja proporcional à formação e ao tempo de carreira.

De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), os educadores chegaram ao local no início da tarde e devem permanecer na ALMG até o fim da noite. Os professores estão acompanhando uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que discute a votação do Projeto de Lei 2.355/11, enviado à Assembleia Legislativa de Minas (ALMG) pelo governador Antonio Anastasia. O PL defende a remuneração por subsídio. Os educadores queriam que o projeto não fosse votado. Os cerca de 50 professores que ainda estavam na ALMG por volta das 20h30 tentaram , sem sucesso, pleitear o adiamento da votação. O pedido foi negado e o projeto deve ser votado ainda nesta terça-feira. Caso seja aprovado pela CCJ, o PL segue em tramitação na Casa para ser votado por outras comissões.

Ainda de acordo com o sindicato da categoria, os professores fizeram "corpo a corpo" com os deputados durante a tarde.

Os rumos do movimento serão discutidos em uma nova assembleia que está marcada para a próxima quinta-feira (15).

Atualizada às 20h40.

Ministério da Educação estuda aumento da carga horária nas escolas brasileiras 13/09/2011 16h05

O Ministério da Educação e entidades do setor estudam aumentar o número de horas do aluno na escola. As possibilidades em análise são elevar a carga horária diária, que hoje é de 4 horas, ou ampliar o número de dias letivos, atualmente definido em 200 dias, informou o ministro Fernando Haddad. Atualmente, a criança ou o adolescente devem ficar 800 horas por ano na sala de aula, carga considerada baixa quando comparada a de outros países, segundo Haddad.

“O aprendizado está relacionado à exposição ao conhecimento. Há um consenso no Brasil de que a criança tem pouca exposição ao conhecimento seja porque a carga horária diária é baixa ou porque o número de dias letivos é inferior ao de demais países”, disse o ministro, após participar da abertura do Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente, promovido pelo movimento Todos Pela Educação.

Para manter o estudante mais tempo na escola, Haddad avalia antecipar a meta de ter metade das escolas públicas funcionando em regime integral, prevista para ser cumprida até 2020, ou até mesmo enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional. “Não vamos encaminhar projeto de lei antes de receber o aval daqueles que vão executar isso. A ideia é aumentar o número de horas por ano que a criança fica sob a responsabilidade da escola”, explicou.

O estudo está sendo feito em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). O ministro reconhece que a medida exigirá mais recursos da pasta. Segundo ele, uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), em discussão no Congresso Nacional, é elevar para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) os investimentos no setor. O novo PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir até 2020.

AGÊNCIA BRASIL