Especial para UOL Educação
Em João Pessoa
Professores das redes municipal e estadual planejam paralisação de atividades e um protesto na manhã desta quarta-feira (17). Os manifestantes pretendem sair em passeata pelo Centro de João Pessoa em direção ao Palácio do Governo. A intenção é marcar uma audiência com o governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB).
A categoria também pretende entregar um abaixo-assinado com cinco reivindicações: ressarcimento imediato do desconto feito nos salários; expediente único de seis horas para funcionários efetivos; concurso público para todos os setores; ajustes na bolsa-desempenho; e elevação da gratificação dos diretores e adjuntos das escolas públicas estaduais.
Sobre as reivindicações da categoria, secretário de Educação do Estado, Afonso Scocuglia, disse que os salários cortados na última greve estão sendo devolvidos gradativamente, à medida que as aulas são repostas. “O concurso público já foi autorizado pelo governador e prevê mil vagas”, revelou Scocuglia, destacando que o certame deve ser realizado até o final deste ano. Os demais pontos da pauta de reivindicações estão sendo analisados pelo Governo do Estado, conforme informou o secretário.
Paralisação pelo piso
Na terça-feira, os professores participaram da paralisação nacional pela adoção do piso nacional do magistério. Segundo o Sintepe-PB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba), a paralisação teve 100% de adesão, deixando 510 mil alunos sem aula. Segundo Scocuglia, não há levantamento oficial sobre o percentual de adesão, mas, para ele, as cidades mais atingidas foram João Pessoa e Campina Grande. “No interior não tive notícias de paralisação”, frisou.
Scocuglia disse, ainda, que a Paraíba paga acima do piso nacional. Segundo ele, o menor salário pago é de R$1.156 para um professor com carga horária de 30 horas semanais. “Já estamos pagando 30% acima da média nacional”, destacou Scocuglia, contando que na tarde de terça teve uma audiência com representantes da categoria. “Na nossa gestão prevalece o diálogo, disso os professores não podem reclamar”, afirmou.