Em São Paulo
Os professores da rede estadual do Rio de Janeiro decidiram continuar a greve, iniciada no dia 7 de junho, durante assembleia realizada nesta terça-feira (9) nas escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado).
Os docentes interromperam as atividades nas escolas exigindo, entre outras reivindicações, um reajuste emergencial de 26%. Uma nova assembleia está marcada para sexta-feira (12).
O Governo do Estado do Rio de Janeiro encaminhou no dia 1º para a Alerj um projeto de lei com um reajuste salarial de 3,5% para os professores. Segundo a Secretaria de Educação, o reajuste total pode chegar a 13%, com a incorporação do bônus do programa Nova Escola ao sálario. O projeto deve ser votado entre amanhã (10) e sexta-feira (12).
"Estou recebendo várias reclamações dos professores. O pessoal não viu com bons olhos um aumento que está abaixo da inflação e muito longe dos 26% que estamos reivindicando", disse Danilo Serafim, coordenador do Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro).
Serafim afirma que o foco das negociações agora passa a ser a assembleia legislativa: "Estamos pedindo uma audiência na assembleia e acreditamos que os deputados possam interferir nas negociações. Nossa avaliação é que o governo tem que melhorar esse índice".
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O governo também anunciou que, a partir da segunda-feira passada, quem estivesse em greve teria o ponto cortado. Além disso, caso após o final da greve não haja reposição, haverá corte retroativo. Ainda de acordo com a secretaria, há 2,1 mil contratos temporários autorizados e que podem ser utilizados a partir do dia 1º. O coordenador do Sepe disse que "não será com esse mecanismo que o governo irá acabar com a greve".
Reivindicações
A principal reivindicação dos profissionais em greve é o reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. Segundo a secretaria, o projeto encaminhado para a Alerj descongela a carreira dos servidores técnico-administrativos.
Segundo a assessoria de imprensa da secretaria de educação, cerca de 200 professores dos 51 mil regentes de turma estão em greve. Isso representaria 0,4%. De acordo com o orgão, essa "é uma greve do Sepe, que é um dos sindicatos. A Uppes (União dos Professores Públicos do Estado), outro sindicato, não está em greve".
O sindicato estima que cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula.
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