segunda-feira, 28 de março de 2011
NÍVEIS DA APRENDIZAGEM
PARA O ALUNO PRÉ-SILÁBICO
Associar palavras e objetos;
Memorizar palavras globalmente;
Analisar palavras quanto ao número de letras, inicial e final;
Distinguir letras e números;
Reconhecer as letras do alfabeto (cursiva e bastão);
Familiarizar-se com os aspectos sonoros das letras através das iniciais de palavras significativas;
Relacionar discurso oral e texto escrito;
Distinguir imagem de escrita;
Observar a orientação espacial dos textos;
Produzir textos pré-silabicamente;
Ouvir e compreender histórias;
Identificar letras e palavras em textos de conteúdo conhecido.
PARA O ALUNO SILÁBICO
Reconhecer a primeira letra das palavras no contexto da sílaba inicial;
Comparar palavras memorizadas globalmente com a hipótese silábica;
Contar o número de letra das palavras;
Desmembrar oralmente as palavras em suas sílabas;
Reconhecer o som das letras pela análise da primeira sílaba das palavras;
Reconhecer a forma e as posições dos dois tipos de letras: cursiva e maiúscula;
Identificar palavras em textos de conteúdo conhecido (qualquer tipo de palavra);
Produzir textos silabicamente;
Ouvir e compreender histórias;
Completar palavras com as letras que faltam (observando que o número de letras presentes exceda sempre o número de sílabas da palavra).
OBJETIVOS PARA ALUNO ALFABÉTICO
♥COMPOR PALAVRAS COM SILABAS;
♥DECOMPOR PALAVRAS EM SUAS SILABAS;
♥PRODUZIR TEXTOS ALFABETICAMENTE;
♥LER TEXTOS DE SEU NIVEL;
♥COMPLETAR PALAVRAS COM AS LETRAS QUE FALTAM;
♥OBSERVAR A SEGMENTACÃO ENTRE AS PALAVRAS NO TEXTO;
♥OBSERVAR OS SINAIS DE PONTUAÇÃO;
♥OUVIR E COMPREENDER HISTORIAS;
♥COMPLETAR TEXTOS COM PALAVRAS;
♥CONSTRUIR FRASES COM PALAVRAS DADAS;
O Lúdico na Aprendizagem
A ação de educar não pode restringir-se à simples preocupação com as estruturas mentais, mas também com a expressão do corpo em sua totalidade. Se educar é libertar, então, os processos que regem esta ação educativa devem fornecer subsídios para que tal idéia se concretize.
Através da ação de brincar, a criança constrói um espaço de experimentação. Nas atividades lúdicas, esta, aprende a lidar com o mundo real, desenvolvendo suas potencialidades, incorporando valores, conceitos e conteúdos.
O material pedagógico não deve ser visto como um objeto estático sempre igual para todos os sujeitos, pois, trata-se de um instrumento dinâmico que se altera em função da cadeia simbólica e imaginária do aluno. Apresenta um potencial relacional, que pode ou não desencadear relações entre as pessoas.
O jogo é considerado como um preparo da criança para a vida adulta. Brincando, a criança aprende, e aprende de uma forma prazerosa. O ato de brincar constitui-se numa característica universal, independente de épocas ou civilizações.
A partir da vivência com o lúdico, as crianças podem recriar sua visão de mundo e o seu modo de agir. Os jogos podem ser empregados no trabalho da ansiedade, pois, esse sentimento compromete a capacidade de atenção, de concentração, as relações interpessoais, a auto-estima, e, conseqüentemente, a aprendizagem. Através dos jogos competitivos e com a aplicação das regras, os limites podem ser revistos e as crianças desenvolvem conceitos de respeito e regras, tudo isso de uma maneira prazerosa. O lúdico proporciona à criança experiências novas, na medida em que esta erra, acerta, reconhecendo-se como capaz; desenvolvendo sua organização espacial e ampliando seu raciocínio lógico na medida que exige estratégias de planejamento e estimula a criatividade.
É desta forma que a criança constrói um espaço de experimentação, de transição entre o mundo interno e o externo. Neste espaço transicional, dá-se a aprendizagem.
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
A Leitura e a Produção de Textos devem ser Atividades obrigatórias na sala de aula e em casa
O aluno deve se tornar um Leitor e Autor de textos. Para tal, o educador deve disponibilizar textos, os mais diversos para leitura, como, por exemplo: Texto Narrativo, Poema, Fábula, Parlendas, Adivinhações, Conto, História em Quadrinhos, Texto Informativo, Receita Culinária, Bula de Remédios, Texto Imagético ( Fotografia, Pintura em Tela, Desenho e outros ), Charges, Crônica, entre outros.
O educador deve propiciar um ambiente acolhedor e adequado ao ato de ler, na biblioteca, na sala de leitura, e na sala de aula ( com o cantinho de leitura ). Nesses três espaços, o mobiliário deve estar adequado : As estantes devem ser baixas, para que o aluno possa alcançar o livro no momento de apanhá-lo. As mesas e cadeiras devem estar adequadas ao tamanho dos alunos. O acervo de livros deve ser bem variado, estar classificado de acordo com o tipo de leitura, isto é, o gênero textual e devem estar em boas condições de uso.
O aluno deve se sentir à vontade nestes espaços para que fique motivado a ler. Além dos livros, esses espaços podem oferecer textos diversos como charges e textos de jornais e revistas, receitas culinárias, adivinhações e outros, dispostos dentro de uma caixa ( a caixa de leitura ). Esses textos devem ser disponibilizados aos alunos.
O educador deve trabalhar a leitura com o aluno, de modo que este se torne um leitor crítico e depois um autor crítico. Para tal, deverá oferecer todos os elementos citados acima.
A leitura e a produção de textos são atividades essenciais ao desenvolvimento global do aluno, para que este se torne um cidadão crítico, reflexivo e criativo, capaz de ajudar a transformar a sociedade na qual estiver inserido, para melhor, tornando-a mais justa e igualitária.
FONTE : BLOG DA TATIANA
HIPÓTESES DE LEITURA
Contribuições à Pratica Pedagógica
(Texto elaborado pela Equipe Letra e Vida-CENP)
sexta-feira, 25 de março de 2011
Amigos apresenta sugestões para o Dia da Família na Escola
No dia 26 de março, o Amigos da Escola vai promover o Dia da Família na Escola, que será a primeira mobilização nacional do ano e vai ser realizada no sábado para viabilizar a participação dos pais e responsáveis. O evento, que acontece desde 2010, é uma oportunidade para as escolas convidarem as famílias para conhecerem mais de perto a realidade da instituição: seus projetos pedagógico e anual, atividades extracurriculares, parcerias, desempenho nas avaliações educacionais e mecanismos de gestão. O objetivo é estimular a maior participação dos pais na vida escolar de seus filhos e valorizar o papel da educação, além de fortalecer a integração com a comunidade de entorno.
Confira, abaixo, algumas ideias de atividades e de como estruturar o Dia da Família na Escola em sua instituição. Se preferir, você pode fazer o download das sugestões clicando aqui.
• Sugestões como estruturar o Dia da Família na Escola em sua instituição:
• Convoque as famílias e monte um comitê de pais para preparar os objetivos, a agenda e as ações. Esses preparativos também poderão ser feitos na reunião do Conselho Escolar (a escola pode começar a reunião informando sobre as principais intenções e apresentar o planejamento do ano);
• Parceria pela qualidade da educação: convocação dos pais para o Dia da Família na Escola (informe que esse evento vai dar início a um processo que visa gerar objetivos alinhados com os interesses das famílias e da escola através do desenvolvimento de diversas ações);
• Monte grupos temáticos de pais por áreas de interesse, para definir melhor as atividades, como, por exemplo, música, violência, aprendizagem, entre outras áreas;
• Mapeie os serviços básicos da comunidade e, a partir desse levantamento, desenvolva as atividades;
• Mande um convite formal para os pais, contando o que acontecerá nesta data.
• Sugestões de atividades que sua escola pode promover neste evento::
FOCO DE ATUAÇÃO: ESTÍMULO À LEITURA
• “Hora do Conto”: divida os pais convidados em pequenos grupos para que se revezem na contação de histórias para crianças. Crie um ambiente agradável (pode ser na biblioteca ou ao ar livre). Ao final, deixe papel, lápis e canetas coloridas para que participantes expressem o que ouviram através de desenhos.
FOCO DE ATUAÇÃO: ARTES
• Promova um “Show de Talentos”, onde os pais e os filhos apresentarão seus talentos (música, poesia, teatro, artesanato, etc.) à comunidade. A ideia é valorizar as pessoas e os talentos da comunidade, além de aproximar e envolver as famílias do cotidiano escolar e elevar a autoestima de pais, alunos e comunidade em geral;
• Peça a ajuda dos pais para auxiliar os alunos na montagem de peças teatrais, nas quais sejam discutidas questões próprias do cotidiano da escola. Além disso, as representações podem retratar também o comportamento usual dos responsáveis e o comportamento desejado com relação à escola/educação (essa seria uma forma de passar, com uma linguagem artística, a mensagem sobre a importância de maior participação da família).
FOCO DE ATUAÇÃO: ESPORTES
• Realize um torneio esportivo (vôlei, basquete, futsal, entre outros), reunindo alunos e familiares – pais, tios, primos, etc. –, com o objetivo de aproximar e envolver as famílias;
• Gincana “Pais & Filhos”: forme times de pais e filhos (duplas) com diversas brincadeiras, incluindo: adivinhação (através de desenho ou mímica), soletração, entre outras. Quanto mais atividades envolvendo aprendizagem, melhor (ex.: matemática, ciências, etc.);
• Promova, com o apoio dos professores de educação física, uma sessão de atividades físicas para pais e responsáveis, como forma de mostrar as influências de atitudes simples em nosso cotidiano. Deixar o carro em casa e ir para determinado local caminhando ou de bicicleta, por exemplo, pode ajudar a diminuir a degradação do meio ambiente. Além disso, a ação pode servir também como forma de incentivar a prática de atividades esportivas, importantes para melhor qualidade de vida;
• Convide pais e avós de alunos para um bate-papo sobre as brincadeiras infantis do passado, como peão, bola de gude, amarelinha, entre outras, reproduzindo tais brincadeiras.
FOCO DE ATUAÇÃO: SAÚDE, QUALIDADE DE VIDA E MEIO AMBIENTE
• Oficina de reciclagem: promova uma palestra sobre o tema, com dicas para que alunos e familiares possam adotar medidas simples de reduzir o lixo na escola e nas suas residências. Ao final, com a participação de todos, podem ser montados, por exemplo, alguns aquecedores de água com garrafas PET (para esse ou outros exercícios, use como apoio o material “Educação Ambiental” do Amigos da Escola. Convide os pais para contar o que fazem em casa);
• Caso a escola fique próxima de um rio e ele apresente sinais de degradação, organize atividades de mobilização para chamar a atenção da comunidade para o problema:
- Estimule seus alunos a pesquisar, através de fotos, relatos ou outros materiais (por exemplo, jornais de bairro), fatos que ajudem a reconstruir a história do rio e a forma como a comunidade se relaciona com ele.
- Convide um funcionário da companhia de limpeza para que ele vá até a escola e converse com pais e alunos sobre a importância de manter o rio limpo, como também explique os problemas causados pela poluição.
- Organize um ato simbólico – um “Abraço ao Rio” –, com a presença dos alunos e responsáveis, para mostrar o desejo coletivo de mudança.
- Divulgue o trabalho em rádios e jornais comunitários.
FOCO DE ATUAÇÃO: ARTES
• Desenvolva uma estratégia para conhecer melhor os pais dos alunos: aplicar um questionário no ato da matrícula, ou o aluno entrevistar os pais, a partir de questões direcionadas. O objetivo dessa atividade é fornecer subsídios para a escola propor e desenvolver ações cada vez mais alinhadas ao perfil e interesses da comunidade;
• Convide pais e responsáveis para um bate-papo com os profissionais da escola, para apresentar o corpo docente, equipe pedagógica e para conhecerem os projetos nos quais eles próprios e seus filhos podem se engajar;
• “Giro pela escola”: alunos – com apoio da direção, professores e voluntários – levam os pais para uma visita pela escola, mostrando o ambiente em que estudam, se divertem, o que estão aprendendo e outras atividades (extracurriculares) desenvolvidas na escola (se houver);
• Crie uma “Comissão de Pais”, que vai apoiar a implementação de atividades/eventos na escola que busquem aproximar as famílias do processo educacional, dando continuidade às ações do Dia da Família na Escola (a comissão poderá ser formada por dois ou três pais que vão participar de reuniões mensais com a equipe técnica da escola). Sugira à comissão o monitoramento das atividades que foram desenvolvidas, para identificar êxitos e dificuldades, e, dessa forma, reunir elementos que sirvam de parâmetro para o planejamento do próximo ano;
• Prepare uma reunião com os alunos para levantar sugestões para a escola. Os próprios alunos serão os relatores à comunidade escolar e às famílias presentes;
• “Prestação de contas”: a escola apresenta painel aos pais com dados sobre Ideb/Enem (avanços, como melhorar, etc.);
• Crie atividades para verificar se os pais sabem como os filhos estão aprendendo (por exemplo, propor um game para os pais e responsáveis, onde será perguntado a eles se sabem o que é o Ideb/Enem e qual a nota da escola, se acompanham o dever de casa dos filhos, bem como suas notas, se participam das reuniões, entre outras questões).
• Confira também as sugestões de atividades especiais (facilitadas pelos núcleos e/ou parceiros):
FOCO DE ATUAÇÃO: REFORÇO ESCOLAR
• Proponha uma pesquisa da identidade cultural e familiar de cada aluno. História da família, profissões, credo, onde e em que condições vivem, os aspectos positivos (atitudes criativas, de solidariedade, de união, etc.) e negativos (violência intrafamiliar, alcoolismo, desemprego, etc.), os momentos de transformação e mudança na família, a relação da família e da comunidade com a escola. Com esse material, pode-se organizar uma apresentação, preparada pelos alunos para os pais, fazendo um grande resgate da história da comunidade e de sua forma de relacionamento com a escola.
FOCO DE ATUAÇÃO: ARTES
• “Festival de Arte”: convide os pais “talentosos” e organize um festival de artes com os alunos, explorando os elementos culturais da localidade – música, artesanato, dança, culinária. Para essa ocasião podem também ser buscados parceiros locais – como, por exemplo, companhia de dança e teatro locais.
-Aproveite a habilidade de alguns pais (aquela mãe que é conhecida por cozinhar bem, o pai que toca violão, a vovó que sabe bordar muito bem), para que eles participem da data, fazendo alguma apresentação e/ou oficina.
FOCO DE ATUAÇÃO: ESPORTES
• Prepare um dia de atividades físicas, com o apoio de parceiros locais – por exemplo clubes e academias –, buscando integrar pais e filhos, com campeonatos de vôlei, basquete, futsal e handebol, ou com oficinas de ginástica e capoeira (essas atividades podem ser desenvolvidas na escola, ou ainda utilizar instalações públicas e/ou clubes da redondeza).
FOCO DE ATUAÇÃO: SAÚDE, QUALIDADE DE VIDA E MEIO AMBIENTE
• Saúde: apresente problemas diagnosticados pela escola e trazer especialistas para debate e/ou palestras (apoio dos núcleos);
• Organize, com o apoio dos voluntários, pais, alunos e de parceiros locais, um pool de prestação de serviços básicos de cidadania e saúde à comunidade (emissão de documentos, orientações e atendimentos médicos, etc.), como forma de valorizar a escola como bem público, como espaço de todos (essas atividades podem servir também como ações educativas complementares. Por exemplo, o professor de física pode aproveitar o serviço de aferição de pressão para explicar o funcionamento do aparelho. Da mesma forma, o professor de química e/ou ciências pode aproveitar a execução dos testes de glicemia para discutir questões ligadas ao conteúdo das disciplinas);
• Convide um nutricionista para fazer uma oficina para os pais e responsáveis, para melhor aproveitamento de verduras e legumes;
• Organize um evento alegre e festivo, com a participação de pais, professores, alunos e pessoas da comunidade, no qual todos são convidados a plantar mudas de árvores nativas nas dependências da escola, caso haja espaço, e/ou também nos seus arredores.
FOCO DE ATUAÇÃO: INCLUSÃO DIGITAL
• Organize, conforme disponibilidade, uma série de oficinas para serem oferecidas à comunidade, com o apoio de professores, voluntários e parceiros locais. Podem ser realizadas oficinas de noções básicas de informática, por exemplo.
FOCO DE ATUAÇÃO: GESTÃO ESCOLAR
• O núcleo pode apoiar as escolas a criarem uma rede de parceiros (meios de comunicação, faculdade, ONG, etc.), não somente estimulando a adoção de uma postura pró-ativa, como também ajudando na identificação e contato com possíveis instituições parceiras. O objetivo dessa ação é conseguir oportunizar ações diversificadas e permanentes, que contribuam para a integração com a comunidade;
• Além das atividades do DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA, organize também palestras para os pais e responsáveis. As temáticas abordadas podem ser relacionadas diretamente à participação da família no cotidiano escolar das crianças, ou ainda discorrer sobre aspectos que, embora não diretamente vinculados, também são importantes para um satisfatório desempenho escolar, como, por exemplo, saúde, hábitos de higiene, relacionamento intrafamiliar, etc. (as palestras poderão ser ministradas por professores da própria escola, ou por voluntários – profissionais da área de saúde, entre outros);
• Crie uma campanha de mobilização para a valorização da escola, com a confecção de cartazes e faixas, pelos alunos e familiares, para serem afixados nos murais e no muro externo da escola. Podem ser produzidos também pequenos folhetos para serem distribuídos aos pais (a culminância dessa campanha pode ser um convite aos pais e responsáveis para que participem das atividades do DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA e possam, dessa forma, conhecer melhor os profissionais e a instituição de ensino de seu filho).
Fonte:
MEC apresenta moldes da prova de professores a Estados
24-03-2011 | |
Desde o dia 18 de março o Ministério da Educação apresenta e debate com os Estados a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente nos fóruns promovidos pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Os encontros estão previstos para ocorrer em todos os estados, mais Distrito Federal, até o mês de abril. |
quarta-feira, 23 de março de 2011
Caminhos para uma inclusão humana Coluna A voz do professor
Pais, educadores e demais profissionais estão se deparando, com um dilema: “Como educar nossos filhos para uma sociedade futura ?”. Nossa preocupação e angústia vêm da natureza de não conhecermos em detalhes os aspectos fundamentais desta futura sociedade! Se concordarmos que a função da Educação é a preparação das pessoas para o seu futuro, neste momento ninguém pode saber com exatidão como será o futuro, nem o futuro mais próximo.
Não sabemos, por exemplo, as conseqüências, das possibilidades da clonagem humana ou dos resultados do Projeto Genoma. Essa incerteza pode nos deixar paralisados, insatisfeitos com a maneira de realizar "uma educação", precisamos ter coragem para desafiar os erros para encontrarmos novas maneiras de “fazer” ou “refazer” a prática pedagógica.
Neste sentido, a Sociedade Contemporânea está passando por uma série de modificações estruturais que nos obrigam a reavaliar aquilo que estamos fazendo em Educação, e tentar alinhar este esforço à realidade que existe fora da instituição acadêmica. Por exemplo, muitas carreiras estão sumindo no cenário nacional e internacional, devido à informática e à globalização; por outro lado, carreiras novas estão surgindo.
Como deverá ser esta escola e este educador nessas condições? Como é preparar um educando num mundo de velocidade, de mudanças na sociedade, para um mundo de valores e de atividades profissionais diferentes das atuais?
Acredito que a meta principal, da Educação, da escola e do educador, tenha que ser investida no preparo do futuro adulto para pensar amorosamente, sistematicamente e ecologicamente. Exatamente o oposto da nossa Educação atual, que apesar de suas modificações através dos Parâmetros Curriculares, ainda está sendo aplicado na prática para formar (colocar na forma) os alunos baseando-se em fatos históricos e científicos potencialmente úteis no futuro, mas aplicáveis apenas no exame vestibular para entrada numa universidade.
A nova meta da Educação tem que ser como pensar e não o que se pensa. Os principais problemas de nosso tempo não podem ser compreendidos isoladamente, mas vistos de forma interconectada e interdependente. A maneira de pensar deverá ser "holística" (vendo o mundo amorosamente como um todo integrado) e "ecológica" (reconhecendo a fundamental interdependência de todos os fenômenos naturais), tanto como indivíduos como sociedade, todos nós estamos inseridos dentro de processo cíclico da natureza.
O holístico também é parcial, pois depende de quem está vendo, em que momento, lugar, situação, de quem se trata, para que... Portanto nunca teremos um controle do todo, mas podemos ter maior chance se nos propusermos a considerar vértices e opiniões diferentes da nossa.
Uma visão holística da inclusão das pessoas com necessidades especiais, significa ver a inclusão como um todo funcional, compreendendo suas inter-relações entre as partes envolvidas. Numa visão ecológica da inclusão, implicaria a percepção de como as inclusões das pessoas com necessidades especiais serão inseridas em seu ambiente natural e social:- De que precisaremos para executar este paradigma, quais as estratégias fundamentais? Por exemplo, à questão do transporte: estamos falando do quanto as pessoas com necessidades especiais e a sociedade estão dispostas a investir em locomoção que está relacionada à velocidade, segurança, conforto, prestígio e seus efeitos de conseqüência no meio-ambiente.
Isto envolverá valores diferentes, dependendo da escolha do transporte, por exemplo: entre carro adaptado, ônibus adaptado, cadeira de rodas. O individuo poderá ser visto como um pobre coitado, alguém de bom senso, respeitável, admirável, o rico que tenta esconder a deficiência, e outras possibilidades.
A metáfora central da ecologia é a rede em oposição à hierarquia (estrutura de poder); é provável que teremos uma mudança na organização social, de hierarquias para redes, em vez de um paradigma baseado em valores antropocêntricos (centrados no ser humano) surgirá um paradigma baseado em valores ecocêntricos (centrados na Terra), reconhecendo o valor inerente de vida não humana. Portanto os valores poderiam estar voltados para o tipo de transporte escolhido pela pessoa com necessidades especiais: se for poluente, se usa material reciclável, se beneficia a saúde da pessoa ou a torna sedentária e dependente, se ocupa muito espaço, etc.
A partir desses conceitos, precisaremos de um novo sistema de ética, diferente do atual, e nossos filhos deverão ser preparados para sobreviver no futuro entendendo os princípios básicos da ecologia: interdependência, reciclagem, parcerias, flexibilidade, preservação, respeito, cultivo e diversidade.
Neste momento a Escola, o educador e todos nós, precisaremos investir na consciência do nosso meta-pensamento, isto é, saber como se resolve um problema. Significa pensar em termos de conexões, relações, contexto, interações entre os elementos de um todo; de ver as coisas em termos de redes e comunidades. Como a cadeia alimentar, a cadeia de predadores que inclui o homem como o único que mata sem ter fome, que destrói sem ter motivos, apenas pela satisfação e onipotência de seu domínio sobre as espécies “inferiores”.
Levar o educando a saber pensar amorosamente e sistematicamente envolve capacitá-lo a ver "processos" em qualquer fenômeno, despertar sua sensibilidade afetiva de ver mudanças (reais ou potenciais), crescimento e desenvolvimento, de compreender coisas através do conceito da gestalt (um todo é maior do que a soma das suas partes); de reconhecer que as nossas percepções são condicionadas pelos nossos métodos de questionamento e que a objetividade em ciência é muito mais uma meta do que um fato.
Ver o mundo em termos de sistemas interconectados envolve conhecimento de cibernética (padrões de controle e comando), e de como lidar com complexidade e com estruturas dinâmicas. As próprias escolas têm que ser convertidas em organizações de auto-desempenho. A sobrevivência tanto nas organizações quanto de indivíduos dependerá mais de sua capacidade de funcionar com auto-desempenho do que de outros fatores, como monopólios, patentes, territórios exclusivos, sigilo ou localização. E as escolas que não se adaptarem a nova realidade serão colocadas à margem do processo. Todos os especialistas em (construção de equipes) trabalham exclusivamente em nível empresarial, uma empresa em si mesma; necessitamos que as escolas acreditem que o trabalho em grupo não é uma coisa tão natural, espontânea, sendo que isto não é um fato, há necessidade do exercício e propostas para se desenvolverem de forma grupal, solidária, cooperativa e acima de tudo humanística, do contrário nada se modificará.
A capacitação dos professores daqui em diante precisará incluir técnicas que incentivem os alunos para cooperação, sendo o "trabalho em grupo" uma estratégia na sala de aula, o papel do professor como mediador dos alunos. O próprio educador precisa se tornar um agente de mudança trabalhando em grupo com seus colegas, com outras pessoas da escola.
As novas tecnologias de comunicação nos permitem individualizar a aprendizagem, deixando cada aluno navegar sobre vastos territórios de informação virtual, imagética e sonora, destacando os assuntos que agradam e isolando os que desagradam, aprofundando-se nas categorias de informação que se afinam com o seu "saber" individual de aprendizagem. Em conseqüência de estarmos vivendo na Era da Informação, um novo espaço de atuação profissional está sendo gerado, colocando de maneira paralela a Comunicação e a Educação.
A sociedade atual exige pessoas detentoras de tipos diferentes de capacitação, com talentos variados, sobrepostos e mutáveis. Sabemos que o novo paradigma está sendo proposto pela Biologia – a Genética (o universo visto como um e muitos organismos, entes auto-reprodutivos, se auto-organizados, levando a examinar as coisas em termos de seus relacionamentos externos, os seus contextos, a sua conectividade, o seu crescimento e evolução). Estas idéias complementam duas outras correntes intelectuais que têm implicações fortes para mudanças em Educação: a inteligência artificial - cibernética (utilizada paraexaminar os processos cognitivos no ser humano e suas possíveis aplicações na construção de máquinas "inteligentes") e a vida artificial (estudo de sistemas criados artificialmente por robôs que exploram e constroem, vírus de software que matam outros vírus). Esse segmento inclui pelo menos algumas das características, ou propriedades, de "vida humana real" (por exemplo, crescimento, reprodução, auto-manutenção, auto-regulamentação, exigência de nutrientes e energia), pressupostos que levam a pensar sobre a evolução e o comportamento humano.
O saber precisa ter sabor, precisa ter gosto, agradar o paladar, degustar, apreciar, despertar desejos de quero mais. De que professor estamos falando? Falamos da passagem do professor para o educador, uma mutação.
Referenciamos também para colaborarem com nosso olhar as grandes contribuições dos psicanalistas. D. Winnicott e W. Bion. O primeiro autor propõe os paradoxos humanos e sua experiência cultural enquanto o segundo refere-se ao ser humano como sendo um tipo de artista latente que precisa ser descoberto. Estas contribuições podem nos ajudar a obter um excelente espectro de tonalidades para atuação. Contudo não consideramos as mesmas como estruturas fechadas, técnicas mágicas e mais uma avalanche de especialistas. Entendemos aqui como um produto de movimentos científicos que se chocaram sem causa aparente, mas tendo resultados, efeitos mutantes e diríamos interessante:- A transformação de riquezas dispares e comuns, cujos fenômenos originários ocuparam um lugar. Parafraseando W. Bion, talvez fossempensamentos que sempre estiveram ali à espera de um pensador! Não temos as respostas, apenas constatações.
A escola da atualidade necessita ser mais flexível, ser inteira e representar a vida, portanto humanizada. Nossas escolas baseiam-se inteiramente em torno da noção de disciplina e comportamento. “O educador das primeiras às quartas séries deixa de ser o ‘professor’ para ser tornar o ‘professor de algo’, depois temos o ‘professor das disciplinas’” das quintas às oitavas séries. Professor de geografia, professor de matemática, quando em última análise, deveria ser professor de gente, não de matérias. A escola corre atrás de resultados quantitativos, e deixa de ser de qualidade perdendo a oportunidade de entender como se chega aos resultados.
Alunos mal comportados, deficientes, lentos, com altas habilidades e criativos são excluídos do sistema, não há lugar para o potencial ou sofrimento humano, pensar a dor, afeto, é algo muito complexo para nossa escola abarrotada de alunos nas classes. Como ouvi-los? como criar espaços suficientemente humanos de intervenção ? Mas temos o jargão democrático para aferir “toda criança na escola”, mas ninguém pergunta: como?, de que maneira está na escola?, qual seu efetivo aproveitamento?, instalação?, qualidade?
Podemos criar várias disciplinas falando de cidadania, honestidade, valores, etc. Os valores têm de ser vividos, vivenciados; a crise na educação não é outra coisa senão a perda de sentido nos remete a idéia da educação ter um sentido coletivo humanizado. Não proponho respostas, mas desenvolver nossa capacidade de pensar o cotidiano, talvez encontremos diversas soluções paulatinas. Reconhecer que podemos promover uma nova forma de aprendizagem, muitas vezes longe do que pretendíamos como objetivo principal; acredito que aí esteja a arte em ser educador.
Ver o que não está no aparente, no pedagógico, no conteúdo programado, no concreto, mas considerar o crescimento humano que a pessoa adquiriu durante aquela experiência. Como educadora considero isso como relevante porque ficará por toda vida!
“Tudo isso é aprender. E aprender é sempre adquirir uma força para outras vitórias, na sucessão interminável da vida”.(Cecília Meireles).
Marina S. Rodrigues Almeida
Consultora do Instituto Inclusão Brasil
Psicóloga, Pedagoga e Psicopedagoga
E-mail: marina@iron.com.br
Referências:
ALMEIDA, Marina S. R. Caminhos para Inclusão Humana. São Paulo: Editora Didática Paulista, 2004.
ARENDT, Hanna. A condição humana. 8 ed. (R. Raposo, Trad.). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.
BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. São Paulo: Elfos, 1995.
BION, Wilfeld. Aprender com a experiência. São Paulo: Imago, 1994.
COSTA, Jurandir Freire. Psicanálise, ciência e cultura. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 1994.
____________________Narcisismo em tempos sombrios. in BIRMAN, Joel (org.) Percursos na história da psicanálise. Rio de Janeiro: Taurus Ed., 1988.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança, Rio Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1970.
________________Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
FREUD,S. Além do Principio do Prazer, 1920. Rio de Janeiro: Ed. Imago,1980, E.S.B. Obras Completas S. Freud, vol. XVIII
HALL, Stuart. Identidade e Cultura na Pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.
LASCH, Christopher. A cultura do Narcisismo. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1975.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1998.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997.
QUADROS, Paulo da Silva. Ciberespaço e Violência Simbólica, Revista Comunicação e Educação, São Paulo: Ed. Segmento (21): 54 a 60 maio/ago.2001.
SOARES, Ismar Oliveira. Educomunicação: Um campo de mediações. Revista Comunicação e Educação, São Paulo: Ed. Segmento (19): 12 a 24 set/dez 2000.
____________________ Sociedade de informação ou da comunicação. São Paulo: Cidade Nova, 1997.
WINNICOTT, Donald W. Textos selecionados: da pediatria a psicanálise. Rio de Janeiro. Ed. Livraria Francisco Alves, 1993
_____________________ O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1985.
Presidente do STF compromete-se a votar ADI 4.167 (PSPN)
22-03-2011 | |
Em reunião com a Frente Parlamentar em Defesa do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério e a CNTE, nesta terça-feira (22), o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, comprometeu-se a pautar o julgamento do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4.167), movida pelos governadores “Traidores da Educação, Inimigos da Escola Pública”, contra a Lei 11.738 para esta semana. A CNTE convoca seus Sindicatos Filiados para acompanharem a votação no plenário do STF. De acordo com o ministro Peluso, a referida ADI deverá – salvo algum grande imprevisto – ser julgada até o dia 31 de março (próxima quinta-feira). Há, inclusive, a possibilidade de o julgamento ocorrer já amanhã (23), o que é muito improvável em razão de estarem pautadas as ações relativas ao Projeto da Ficha Limpa. Outra hipótese (agora com maior probabilidade) é de a ADI 4.167 ser julgada quinta-feira (24). Em razão dessas agendas, a CNTE convoca seus Sindicatos Filiados para estarem presentes em Brasília, no dia 24 – desde que o julgamento não ocorra na véspera –, a fim de acompanharem a votação no plenário do STF. Porém, caso o julgamento não ocorra esta semana, a CNTE informará posteriormente a forma de mobilização para a próxima semana. Lembramos que o traje masculino para acesso ao plenário do STF é, necessariamente, social (terno e gravata), e o feminino é calça social com blazer ou saia com blazer ou vestido com manga. As sessões da Corte começam às 14 horas. CNTE, 22/03/2011 |
quinta-feira, 17 de março de 2011
Piso do Magistério em pauta no STF |
15-03-2011 | |
O Supremo Tribunal Federal deverá votar o mérito da ADI 4.167, que trata da Ação Direta de Inconstitucionalidade movida contra a Lei 11.738, pelos governadores considerados “Inimigos da Educação, Traidores da Escola Pública”, na próxima quinta-feira (17). E desdobramentos importantes ocorrerão a partir de então. |
terça-feira, 15 de março de 2011
MEC regulamenta prova nacional de concurso para professores
03-03-2011 | |
O Ministério da Educação teve de mudar o primeiro formato da Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente. Atendendo pedidos de pesquisadores e entidades ligadas aos professores, ela ganhou novo nome e função também. A preocupação dos especialistas era que a prova fosse utilizada para avaliação de rendimento do professor e elaboração de rankings. Agora, ela será limitada a selecionar candidatos à carreira. A portaria que regulamenta a prova foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União. Para as entidades, essa já é uma função importante e que trará ganhos à profissão. “Uma prova nacional pode abrir caminho para termos uma profissão com parâmetros nacionais, além do piso salarial e as diretrizes nacionais de carreira. Ela é importante também porque começa a democratizar o ingresso à carreira em diferentes municípios e Estados”, afirma Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em maio do ano passado, quando as primeiras propostas vieram à tona, ela era chamada de Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. Foi apelidada de Enem do magistério e seguia os moldes da avaliação do ensino médio. Apesar de a primeira função do exame, desde sua proposta inicial, ser a de ajudar Estados e municípios a fazer uma seleção de profissionais de qualidade, outras possibilidades foram estabelecidas e permanecerão. O documento inicial, colocado em consulta pública à época, dizia que os resultados poderiam servir como auto-avaliação e diagnóstico da formação dos docentes para orientar gestores a definir políticas públicas para a área. Apesar de a ideia estar mantida, as entidades garantem que o modelo não é o mesmo. A primeira edição do concurso nacional só ocorrerá em 2012. Participação social Representantes de entidades de pesquisa ligadas à educação, como a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (Anped), e de associações como a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a CNTE foram convidadas pela nova presidenta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, para participar das discussões do modelo da avaliação. Eles farão parte de um comitê que dará consultoria ao Inep na elaboração da prova. Esse comitê já recebeu a primeira proposta de matriz de competências – que define como o banco de itens da nova prova será elaborado – para analisar. O mesmo documento ficará em consulta pública no site do Inep para receber contribuições da sociedade até março, quando a matriz deve ser definida. Leão lembra que a matriz poderá ser modificada anualmente, o que permite que os cursos de graduação não fiquem presos à proposta de avaliação do concurso nacional. Os Estados e municípios que não quiserem utilizar a prova nacional poderão solicitar, por exemplo, apenas itens ao Inep para montar a própria seleção. “Poderemos contribuir para a qualificação dos concursos, mesmo que as prefeituras não queiram aderir à prova nacional. Faz parte do papel do MEC induzir essa qualidade”, destaca o ministro. Dalila Andrade Oliveira, presidente da Anped, espera que o MEC exija dos municípios que utilizarem a prova contrapartidas, como exigências de boa carreira. “Já que o ministério vai resolver o problema deles na elaboração de concursos, ele pode exigir, por exemplo, o cumprimento de pagamento de piso salarial, por exemplo”, comenta. Para Carlos Sanches, presidente da Undime, o concurso nacional será de extrema importância para os municípios. “Vai facilitar muito o processo de contratação de professores. A maioria absoluta dos municípios de pequeno e médio porte tem dificuldades orçamentárias e estruturais para realizar concursos”, ressalta. Sanches acredita que o nível dos contratados dará um salto de qualidade com a prova. O presidente da Undime ressalta que, com a prova, pagamento do piso e a oferta de um plano de carreira atraente, não haverá territórios para seleção de professores. “Esse tipo de medida demora a impactar na decisão do jovem de optar pela carreira do magistério, mas é um facilitador e logo poderá chegar lá”, acredita. (IG, 03/03/11) |
segunda-feira, 14 de março de 2011
ADI contra o Piso pode ser julgada no dia 17 de março
03-03-2011 | |
A Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.167 (ADI) que contesta alguns pontos da Lei do Piso dos Professores (PSPN) está com julgamento marcado para o dia 17 de março no Supremo Tribunal Federal (STF). A CNTE espera que a Ação seja definitivamente julgada em favor dos professores e que os estados cumpram integralmente o que foi sancionado pelo então presidente Lula, em 2008. "Nós esperamos que o Supremo respeite o desejo do povo que teve o apoio do Congresso Nacional ao votar por unanimidade em favor do Piso", afirmou o presidente da CNTE, Roberto Leão. (CNTE, 03/03/11) |
quinta-feira, 3 de março de 2011
MEC vai liberar R$ 1 bi para prefeituras atingirem piso
03/03/2011 - 11h21
O Ministério da Educação (MEC) tem R$ 1 bilhão para repassar a prefeituras que estourarem as contas depois da aprovação do novo piso salarial dos professores, que chegou a R$ 1.187,97. Mas os candidatos aos recursos terão de comprovar ao governo federal que a falta de dinheiro foi causada exclusivamente pelo reajuste. Em 2010, nenhuma prefeitura conseguiu receber a verba.
A portaria com as normas sai hoje no Diário Oficial. "Para ter direito a essa complementação, a prefeitura tem de provar que foi o aumento do piso que teve impacto na folha e não outras coisas, como novas contratações, construção de escolas, etc.", explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
O ministério também exige que o município comprove que cumpre a determinação de aplicar 25% das receitas municipais na educação e tenha em lei um plano de carreira para o magistério. Além disso, apenas municípios de nove Estados - Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí -, que recebem complementação da União no Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), podem pedir os recursos.
As exigências foram simplificadas neste ano. Em 2010, era preciso que a prefeitura aplicasse 30% das receitas em educação e tivesse a maioria dos alunos na zona rural. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: www.uol.combr
terça-feira, 1 de março de 2011
Educação pode reduzir risco de pressão alta, diz estudo
01/03/2011 - 09h05
Nível educacional de pesquisados influenciou resultados
Uma pesquisa americana sugere que mais tempo de educação pode reduzir a pressão sanguínea.
A pressão alta, ou hipertensão, está ligada a problemas como ataques cardíacos, derrames e falência renal.
O estudo publicado na revista especializada BMC Public Health mostra que a ligação entre educação e redução da pressão sanguínea é mais forte entre mulheres.
Níveis educacionais mais altos já eram relacionados a níveis menores de doenças cardíacas. Os pesquisadores sugerem que a pressão sanguínea pode ser a origem desta relação.
"Mulheres com menos (tempo de) educação têm probabilidade maior de passar por depressão, probabilidade maior de ser mães solteiras, mais probabilidade de viver em áreas empobrecidas e mais probabilidade de viver abaixo da linha de pobreza", disse Eric Loucks, professor que liderou o estudo na Universidade de Brown, no Estado americano de Rhode Island.
O estudo analisou 30 anos de informações recolhidas de 3.890 pessoas, que estavam participando da experiência em um bairro de Massachusetts. Estas pessoas foram divididas em três grupos: baixa educação (12 anos ou menos), educação intermediária (entre 13 e 16 anos) e alto nível de educação (17 anos ou mais).
Os pesquisadores calcularam então a média da pressão arterial sistólica do período de 30 anos.
Predisposição
Mulheres com níveis baixos de educação tinham uma pressão sanguínea 3,26 mmHg (milímetros de mercúrio) mais alta do que aquelas com um nível educacional alto. Entre os homens, a diferença foi de 2,26 mmHg.
"Foi demonstrado que o baixo nível educacional predispõe indivíduos a empregos de maior carga, caracterizados por altos níveis de exigência e baixo nível de controle, que estão associados com a pressão arterial elevada", escreveram os pesquisadorse na revista BMC Public Health.
"Estas descobertas apoiam as provas já existentes a respeito da ligação entre privação sócio-econômica e risco de doenças cardíacas", disse Natasha Stewart, enfermeira especializada em problemas cardíacos na instituição de caridade British Heart Foundation.
"São necessárias medidas em todas as partes da sociedade para dar às crianças o melhor início possível na vida e reduzir as desigualdades na saúde", acrescentou.
Fonte: uoleducacao.com.br