Todos nós em algum momento já ouvimos falar a respeito da importância de termos autoestima, ou seja, aquilo que é, basicamente, a estima ou o cuidado conosco mesmo, pontos fundamentais para nos reafirmar como pessoas capazes de cuidar de nós mesmos e, consequentemente, construirmos caminhos para conseguirmos ser verdadeiramente felizes.
Contudo, o que em geral não é compreendido é o fato de não sabermos ao certo o que realmente caracteriza a autoestima. No caso, não se pode entender a autoestima sem a ela ligarmos a autoconfiança e é aqui que normalmente temos falhado muito.
Isso pode parecer bastante lógico num primeiro momento, pois uma pessoa que não confia em seu potencial não tem a mínima afeição por si mesma. O que se pode ter aqui é uma pessoa que sente pena de si mesma, sentindo-se menor que as demais e, desta maneira, as características da autoestima praticamente desaparecem.
A autoconfiança precisa ser trabalhada dentro de nós todos os dias. Não é agir inconsequentemente e nem fazer vistas grossas a setores de nossas vidas que precisam ser cuidados, mas dar-se o direito de, pelo menos, tentar se superar sempre e, ainda que não consiga satisfazer os desejos e as expectativas da maioria, ter a certeza que o melhor de cada um de nós foi doado e é isso o que realmente deve importar a nós.
É comum pensarmos que a pessoa que tem elevada autoestima é geralmente uma pessoa egoísta que não considera o ponto de vista de outro. Entretanto, isso é um engano, pois ter a autoestima bem trabalhada nada tem a ver com sermos egoístas, mas está intimamente ligado ao grau de conhecimento que temos de nós mesmos, ou seja, conhecemo-nos tanto que sabemos que ninguém é melhor sozinho e que se deixar acompanhar pela multiplicidade de visões é a melhor maneira de construirmos nossa própria identidade.
A pessoa que confia em si mesma dificilmente se sentirá sozinha, pois, de uma maneira geral, pode-se dizer que nós somos a melhor companhia para nós mesmos e, além disso, a tendência é que a pessoa que confia em si mesma sempre se verá em companhia de outras pessoas, pois é muito bom estarmos perto de quem transmite, além de confiança, muita autoconfiança a quem estiver por perto
Entretanto, jamais poderemos deixar de refletir sobre a importância de exercitarmos o relacionamento interpessoal, ou seja, o relacionamento entre nós e as demais pessoas, pois nada melhor do que podermos construirmos nossa identidade aprendendo com o outro, uma vez que a aprendizagem de vida é muito semelhante ao que vemos em sala de aula, ou seja, o conhecimento sendo construído em conjunto, em interação.
Muitas são as vezes que a nossa autoconfiança tende a ser abalada por circunstâncias externas, uma vez que o mundo quer que sejamos como os super-heróis, nos quais a força é insuperável. Ora, bem sabemos que a superação deve acontecer dentro de cada um de nós e não sobre outras pessoas e nem ao menos para satisfazer anseios de quem tiver algum tipo de relacionamento conosco.
O autoconhecimento também é um ponto fundamental para continuarmos mesmo depois de uma aparente frustração, ainda que o risco para que esta aconteça diminui-se muito depois de nós termos um relacionamento intrapessoal, ou seja, melhor nos relacionarmos conosco mesmo.
Contudo, se mesmo após o exercício do autoconhecimento vier a frustração, aquele que tiver realmente uma autoestima bem alinhada à autoconfiança saberá que é perfeitamente possível levantar-se, sacudir a poeira e tentar mais uma vez e, se mesmo assim o objetivo não for alcançado, saberá que o melhor de si foi doado e isto certamente servirá de conforto para tal pessoa.
Desta forma, é um convite muito agradável nós aprendermos a cultivar a nossa autoestima e a confiança em nós mesmos, confiança esta que pode se dar também no momento de se contornar o que deu errado ou o que não se deu do jeito que desejávamos, e assim, termos a flexibilidade em todos os momentos de nossas vidas.
Editado por: Adão Maximo Trindade - Graduando em Pedagogia
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